De todos os defeitos que eu imaginei que o Bernardo teria, não ter modo de dormir não estava na minha lista.
- O que você estar fazendo no chão? - Perguntou ele ainda esfregando os olhos.
- Eu cai dá cama.
- Então levantar e volta dormir. - Falou ele é imediatamente.
- Mais você não era pra dormir no quarto ao lado? Por que está aqui?
- E uma longa história, deita e dormir. - Falou ele se cobrindo e deitando novamente na cama.
- A queda me deixou sem sono, posso ouvir toda a história.
Ele levantou e depois de me encara com aqueles olhos miúdos ele levantou e eu imediatamente o seguir.
Antes de abrir a porta ele segurou a maçaneta e por alguns minutos ele parecia nervoso e disse algumas palavras.
- O que você vai ver, Apenas o Vinícius já viu.
- Eu sei guardar segredo.
No início parecia ser apenas um quarto, mais quando as luzes se acenderam, vir um quarto cujo as paredes eram pitadas em rosa e branco, o quarto brilhava como se ouvesse sido limpo a alguns minutos atrás.
Uma cama bagunçada, com vestimentas feminina é um guarda roupa aberto com mais roupas femininas, vários quadros de pintura, e latas de tinta espalhada pelo quarto, e sem falar nos enumeros tipos de pincéis é uma instante com livros, conhece reconhecer alguns do Nicholas Sparks.
Eu não entendia o que de errado tinha das pessoas conhecer aquele quarto, até ver um enorme quadro pintado onde havia dois homens e uma mulher e a legenda família feliz, mais o feliz estava com um x enorme.
- Esse e o quarto dá. - iria falar mais ele continuou.
- E o quarto de lazer dá minha mãe, passo maior parte do meu tempo aqui.
- Ela se foi a quanto tempo? - pergunto com a voz falha.
- Há quatro anos. Um maluco bateu no nosso carro e ela foi arremessada pela janela e não resistiu ao ferimentos. - Doía muito em me ver ele daquela forma, vulnerável e triste eu queria me aproximar e o abraçar, mais não sei se era coisa certa a se fazer.
- Quem ver você assim amigo, estudioso, brincalhão, nem imagina que. - Eu nunca fui bom com as palavras então desisto de falar antes que eu fale algo errado, mais ele deu seguimento.
- Nem imagina que perdeu a mamãe a pouco tempo e que não aceita a morte dela?
- Eu não quis dizer isso.
- Tudo bem, mais é assim mesmo, o problema é que as pessoas tem mania de querer ler o conteúdo de um livro pelo lado de fora, julgando apenas pela capa.
Eu não tinha mais nada o que dizer eu estava envergonhado de me mesmo, as vezes agente sorrir para não chorar, mais não percebi que os outros podem tá passando pela mesma situação.
- Vamos dormi, amanhã tem aula.
Caminho de volta a porta e avisto uma placa de carro jogada no chão cujo a placa EAJ 5991, eu pego a placa na mão e como seu conhecesse ou tivesse visto essa placa alguma vez.
- Essa era a placa do carro dela? - Pergunto e recebo um aceno positivo de cabeça.
Voltamos para o quarto em silêncio e assim deitamos. Eu não conseguia pregar os olhos, eu não conseguia imaginar o quanto ele estava triste por dentro, o quanto ele tem se esforçado para sorrir e ninguém percebe a verdade.
Lembro de quatro anos atrás ele faltou mais de um mês de aula, mais boatos que havia no corredor era que a família tinha tirado um mês de férias.
Um suco de manga foi a única coisa que tomei antes de ir para aula, primeiro tive que enfrentar a ida com o Bernardo e seu pai no volante. Ele não parava de me olhar pelo retrovisor, enquanto o Bernardo estava entretido no seu celular, nem parecia o Bernardo triste de horas atrás.
Na entrada dá escola o Carlos estava sentado na calçada me esperando.
- Licença você pode me devolver meu amigo. - Falou ele encarando o Bernardo e me puxando pelo braço.
- Pode levar, mais saiba que é na minha cama que ele dormi a noite. - Gritou ele e vejo as pessoas nos corredores olhar para ele e uma parte de me se excito com essa mentira, por que com aqueles péssimo modo de dormir que ele tem, e impossível dormir.
- E verdade que ele falou? Ele é gay? Vocês estão namorado? Como você pode me deixar de fora dessas notícias?
- Calma Carlos uma pergunta de cada vez. - Respondo sorrindo a caminho dá sala.
- Mais ele é Gay? Vocês tão namorado?
- Não Carlos. Eu vou ficar na casa dele por um tempo, mais somos só amigos e ele não é gay.
- Pena, eu ia pedir para você e ele me ajudar com o Vinícius. - Sentir um leve desânimo em sua voz.
- Mais o Vinícius não é Gay. - Rebato.
- Tem um garoto no Grinder e eu tenho certeza que é ele.
- Você não cansar de ficar nesses aplicativo de pegação não? - Pergunto revirando os olhos.
- Cansar eu até canso, mais estou sempre aberto para o que a vida tem para me oferecer inclusive os boys.
A pior parte do dia eras aula, só nessas horas eu sentia falta do meu celular. Sento como de costume no final dá sala e vejo o Bernardo e seus amigos entrarem, ao contrário das outras vezes ele sorriu para me e eu praticamente me sentir uma geleia tão mole de felicidade.
- Ele tá caidinho na sua. - Falou Carlos me dando uma cotovelada.
- Não está não. - Respondo devolvendo a cotovelada.
- Tá sim é você está perdendo tempo deveria se declarar. - Falou ele me dando outra cotovelada.
- O que é que você quer que eu diga? Sou péssimo em me declarar, sou péssimo em cantada.
- Tenho uma infalível vir hoje na internet. - Falou ele é logo vir sua afeição mudar, que até me deu medo de perguntar.
- Diga logo, sei que você está doido pra falar.
- Já que vocês estão com certa intimidade você vai e pedir o Instagram dele e se ele perguntar para que, você diz que seus pais sempre o aconselhou a você seguir seu sonho. - Carlos ele colocou a mão na boca controlando o riso, mais eu apenas o encarava como se ele fosse uma equação do terceiro grau.
- Se é para isso que você pagar sua internet eu acho melhor você cortar. - Digo abrindo o caderno e começando a fazer a tarefa que eu estava ganhando mais.
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Em Busca De Abrigo (Romance Gay)
RomanceEveraldo resolve deixar de lado o amor por Bernado e fazer uma carta para enterrar esse amor, mais o que ele não esperava e que essa carta fosse para na mão do seu pai. Expulso de sua própria casa por uma noite, ele precisa se virar até o dia amanhe...