Capítulo 4

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Julianne Lennox

Arregalei meus olhos com o susto, meu coração acelerou, o calor do seu corpo em baixo do meu, me fez ciente de lugares inexplorados no meu corpo. Eu senti sede dele em cada centímetro do meu corpo. Sua boca estava a centímetros da minha, era só eu baixar a cabeça e nossos lábios iriam se encontrar. Ele continuava parado, como se estivesse esperando que eu o beijasse, eu senti o volume nas suas calças contra minhas pernas. O medo me percorreu por alguns instantes, e fiquei incerta se eu deveria ou não avançar. O que eu tinha a perder? Pensei.

Diminui a distância entre nossos lábios, Sebastian me encarava com intensidade, seu olhar recaiu sobre meus lábios e ele ergueu a cabeça, apenas o suficiente para ser o meu sinal verde. E então avancei, o primeiro toque dos nossos lábios foi como seda contra a pele, macio, sedutor...irresistível. Ele abriu os lábios e tocou meus lábios com a língua, me senti quente mesmo estando encharcada em água gelada, toquei sua língua com a minha.

Porém, tão rápido quanto foi nosso tombo, foi Sebastian erguendo nós dois e interrompendo o beijo. Fiquei encarando-o, molhado e excitado. Assim como eu, ele encarou meu corpo e desviou o olhar rapidamente.

— Olha o que você fez na minha lavanderia! — Rosnou ele.

— Sebastian...

— Se você não sabe usar a máquina deveria ter esperado eu chegar, reze para que ela volte a funcionar, se não teremos que lavar nossas roupas na mão. — É sério que ele iria fingir que nada aconteceu? — Eu vou tomar um banho. — Disse ele e saiu pisando firme.

Fiquei parada encarando a lavanderia, a espuma estava se dissipando e o chão estava se tornando uma grande poça d'agua. Dei um pulo quando escutei a porta do banheiro sendo fechada com violência. Toquei com a ponta dos dedos os meus lábios, ainda podia sentir a sensação dos seus lábios nos meus, seu gosto e o seu desejo que senti em cada toque.

Suspirei. Era um avanço, ele desejou o mesmo que eu. Porque ele parou? Porque ficou tão irritado? Eu iria com ele até o fim se ele prosseguisse. Pensei em entrar no banho com ele, simplesmente invadir o banheiro completamente nua. Mas até mesmo eu não tinha coragem de fazer tal coisa, e se eu fosse rejeitada? Certamente ficara magoada, não suportaria ser rejeitada por Sebastian. O homem que sempre amei.

Peguei um pano e comecei a secar o chão da lavanderia, depois que eu deixei tudo em ordem, notei que a porta do banheiro estava aberta e que Sebastian não estava mais lá. Onde ele teria ido? Escolhi algumas roupas e tomei um banho morno e demorado, lavei minha roupa de baixo no chuveiro e algum tempo depois eu estava na sala, Sebastian estava sentado no sofá e devorava comida de uma caixinha.

— Trouxe comida chinesa. — Ele apontou para as 4 caixinhas em cima da mesa. — Não sabia do que você gostava, então trouxe Yakisoba, Bifum, Yakimeshi com carne e frango xadrez.

— Obrigado, mas nunca comi comida chinesa. — Ele me encarou surpreso, ele estava tão lindo com os cabelos úmidos, a camiseta branca e o jeans desbotado. Sua boca estava tão convidativa quanto antes.

— Você nunca comeu comida chinesa?

— Nunca, na fazenda a Paulina sempre fez comidas caseiras e bem americanas; vez ou outra algo mexicano. Mas chinesa nunca comi.

— Sente-se, todo mundo precisa comer comida chinesa uma vez na vida, é deliciosa. — Ele pegou o macarrão que estava comendo com aqueles palitinhos e devorou. — Humm, sente aqui Julianne...vou te explicar o que é o que.

— Certo. — Sentei-me de frente para ele e ele pegou os palitinhos colocou macarrão com carne e outros temperos e pediu que eu abrisse a boca.

— Abra a boca e prove. — Achei aquele gesto tão íntimo quanto um beijo e o obedeci. Fiz uma careta, era bom, mas era estranho. Era salgado, mas não era salgado. — Esse é o Yakisoba, gosta?

Romance proibido - Série Lennox - Livro 11 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora