Capítulo 15

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Noite Especial...

Eu com Iago, corremos do quarto dele na fazenda da família Gonzallez. Dito por ele, sabia de um lugar que eu iria adorar para fazermos amor. Seria nossa primeira vez, eu aprenderia com ele e ele comigo o ato sexual no sexo gay. Estava escuro, céu limpo e estrelado o que fazia cada estrela brilhar ainda mais. Olhando-as pareciam refletir nelas nossa imagem correndo de mãos dadas pelos campos floridos. Nós corríamos rindo como crianças felizes.

Iago carregava embaixo do braço esquerdo um cobertor para nos deitarmos. Paramos admirando os céus de esplendor naquela noite de lua cheia e estrelada. Me puxando pela mão, Iago adentrou em um campo aonde havia um pequeno riacho com uma queda d'água de uns dois metros de altura. Ao redor por grande extensão do riacho, recobrindo a relva serenada, centenas de miúdas flores do campo — Iago, que lugar mágico é esse, amei.

Peguei o cobertor o estendendo a beira do riacho, nos sentamos nele um ao lado do outro, Iago olhou-me sorrindo — Eu disse que você ia gostar daqui. Vamos brincar de cego?

— Não gosto da ideia de brincar de cego, Iago.

Iago se ajoelhou no cobertor — Quero que me descreva o lugar aqui e eu fecho os olhos, depois é a sua vez, que tal?

— Iago, preste muita atenção — Ajoelhei de frente para ele o segurando pelos ombros — Não viemos aqui para brincar, viemos?

Ele riu — É que eu... bem, eu estou com medo. Li.

Abaixou sua cabeça demonstrando nervosismo e vergonha, agarrei seu rosto com minhas mãos o beijando — Eu também estou com medo Go, depois, não precisamos fazer nada se você está com medo.

— E você não está com medo, Li?

Silenciei o olhando na alma. Sorri relembrando as palavras do Iago na arena em Múrcia...

"Toureiro, se você tem medo de encarar outro toureiro, você não vai se dar bem perante um touro na arena"

Fiz as palavras dele, as minhas — Toureiro Iago, se tem medo de encarar a outro toureiro, você não vai se dar bem perante um touro na arena, e nesse caso, Go, eu sou o touro!

Rimos, ele me abraçou demorado, suspirou seus medos e receios — Como faremos, Li?

Gesticulei negativo comprimindo meus lábios, afinal, nenhum de nós sabíamos o que fazer ou como fazer sexo com o mesmo sexo. Obviamente teríamos de relaxar e deixar acontecer — Vem cá Go, vamos namorando e deixamos acontecer naturalmente o sexo entre nós.

Anuiu levantando as sobrancelhas dele num gesto engraçado, nos beijamos por tempos. Nos beijando entre carícias e carinhos no rosto e cabelos, olhos nos olhos olhando na alma um do outro. Movimentos lentos sem ter pressa ou medo que nos espiassem ou ainda pior, sermos surpreendidos por bandidos e sequestrados como acontecera.

Eu e Iago descobríamos sensações boas de prazer, por nos amarmos. O sol quase escondido atrás da montanha como se não quisesse ser testemunha do nosso ato sexual de amor entre dois rapazes. Deitei lentamente o Iago no cobertor, sempre mantendo olhos nos olhos, lento fui tirando sua camiseta e ele sem perder tempo tirou a minha. Agora meu corpo já tinha massa muscular, eu não era mais o Toureiro magricelo, seco, que na primeira tourada alguns me apelidaram de magricelo, meu corpo se devia a ter mais músculos graças aos exercícios físicos que eu fazia já há um tempo com Iago e Tiago Juan.

Achei necessário eu tentar conduzir a nossa primeira vez, já que o Iago me pediu por que estava muito nervoso e com medo mais do que eu. Lento e com carinho eu deitei-o no cobertor, nossos olhos se encontraram num misto de deduzir o que um queria dizer ao outro sem nada dizermos. Naquela noite mágica e inesquecível, a lua refletindo nas águas do riacho, refletia seu reflexo no rosto e olhos do Iago, lindo ele sorriu. Víamos a mesma coisa — Seus olhos Li, que lindos.

Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro - Livro 01 -Where stories live. Discover now