Capítulo 1 - Sentimentos confusos

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Desde o começo deste ano muitos questionamentos começaram a surgir na minha mente, principalmente depois que conheci um garoto chamado Carlos, o aluno novo, me tornei amigo dele e a principio apenas achei que era amizade, mas as coisas começaram a mudar, ficamos muito apegados e o jeito que ele age comigo me deixa muito confuso.

Carlos em toda oportunidade passa a mão em mim, seus toques me deixam louco, nunca achei que poderia sentir isso por um garoto, afinal apenas senti atração por garotas até então, mas ele é muito diferente, seu jeito misterioso me fascina.

Venho tentando me afastar dele, não quero ter esse tipo de pensamento com um homem, não quero me apaixonar por ele, porém ele sempre dá um jeito de ir ao meu encontro e me tocar, pegando minha mão, passando a mão em minha nuca, isso me deixa sem rumo, eu tento pedir para ele parar com isso, mas é uma sensação tão boa, que honestamente eu quero mais é que ele continue mesmo.

Recentemente passei a sentir muito ciúmes dele, tanto com mulheres que ele diz que já ficou, quanto com os seus amigos homens, eu não tenho certeza de sua sexualidade, esse é um medo que ronda minha mente e se eu estiver interpretando seus toques de uma forma errada? Esse pode ser apenas seu jeito sem segundas intenções, mas agora já era tarde, não conseguia mais parar de pensar nele.

Mesmo sabendo que eu deveria me afastar dele, meus sentimentos são mais fortes, então passei a lhe dar mais atenção, começamos a sair mais vezes, sempre que nós saímos ele fica com uma garota diferente, isso me irrita profundamente e também diminui minhas esperanças em ter algo a mais com Carlos.

Em uma dessas noites ele percebeu o meu ciúme e veio me questionar, já era tarde da noite e estávamos em uma roda de amigos bebendo e fumando, Carlos começou a conversar com uma garota, que pouco tempo depois já estava querendo beijá-lo e tudo aconteceu bem próximo a mim, encarava aquilo com ódio e tesão ao mesmo tempo, Carlos tinha uma pegada incrível, dava beijos intensos na garota, passava a mão por toda a extensão de seu corpo, enquanto puxava seus cabelos e em alguns momentos apertava com vontade a bunda dela, naquele momento comecei a desejar que eu estivesse no lugar daquela menina.

Eu não parava de encará-los, Carlos percebeu isso e parou o beijo por alguns segundos e me olhou com um olhar de questionamento, eu envergonhado sai dali e fui para fora da casa, estava bem frio o que ajudou a diminuir o calor que eu estava sentindo após a vergonha que tinha passado.

Pouco tempo depois Carlos começou a me procurar, até que me encontrou lá fora:
- Leoni o que está fazendo aqui fora?

-Nada, lá dentro estava muito quente, vim aqui fora pra ver se me refrescava um pouco.

-Agora parece estar com frio, seu corpo está todo arrepiado. – Chegou por trás de mim passando a mão pela extensão dos meus braços, fazendo eu me arrepiar ainda mais.

-Sim, agora está frio, vou entrar – Falei isso com as bochechas coradas, tentando sair de seu contato.

Soltei-me de seus braços que no momento estavam em volta da minha cintura e segui caminho até a entrada da casa, até que Carlos me puxou pelo pulso e me perguntou:

- Por que estava me encarando tanto enquanto eu beijava aquela garota?

- E-eu não estava lhe encarando – Tentei omitir, porém já estava extremamente nervoso e gaguejava

- Porque está gaguejando? Estava com ciúmes? – Perguntou Carlos já me pressionado contra a parede

- Claro que não, eu só estava olhando, mas nem estava prestando atenção – Não acreditava que tinha dado essa desculpa, corei novamente.

- Porra Leoni sabe nem mentir – Carlos falou rindo e cada vez mais minha bochecha corava.

– Aposto que viu muito bem o que eu estava fazendo, os momentos que eu passava as mãos pelo corpo dela – Ele disse isso demonstrando em mim, seu toque estava me deixando excitado

- Pare com isso Carlos – Falei com a voz quase falhando

- Porque eu deveria parar? – Ao dizer isso passou a mão na minha nuca e puxou minha cabeça para trás deixando meu pescoço mais exposto, meu membro começou a ficar ereto, não conseguia resistir a seus toques.

- Ca-Carlos – Falei gaguejando, ao ver que ele estava vindo em direção a meu pescoço meu pau começou a ficar cada vez mais duro, então o empurrei e sai em passos rápidos daquela casa, e fui embora.

- Leoni eu estava apenas brincando, eu não ia continuar – Gritou Carlos quando sai rapidamente da casa.

Depois dessa frase eu não sabia o que sentir, não sabia se ficava aliviado ou triste, será mesmo que era uma brincadeira e ele estava fazendo aquilo apenas para me deixar constrangido? Meus sentimentos agora estavam ainda mais bagunçados, eu não queria ter o deixado, mas a vergonha foi maior, é tudo muito novo pra mim e agora que ele disse que tudo era uma brincadeira fiquei mais confuso ainda, não sei como vou olhar pra cara dele amanhã na escola, vou tentar agir naturalmente como se nada tivesse acontecido e esperar que ninguém tenha percebido minha ereção...

Carloni - O Principe e o VagabundoWhere stories live. Discover now