Sete

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Então, querida,
Dizem que a vida é mesmo uma vadia
Sem escrúpulos, sem ânimo
Toda manhã assim me encontro
Um lanche qualquer, café com leite frio, pérfido e espiritualmente vazio.

Sou eufórica, mas podemos mudar,
Não temos muita história,
Mas posso ajudar,
Sei que ainda posso.

Estou sempre escondida no breu,
E no breu minha luz não se sobressai, se é que a tenho, se é que não és ilusão,
E não me pareço muito com que disseste,
Sinto muito então.

Minha alma gira entorno do caos,
Sou um caos,
O suficiente pra deixar-te magoada,
Para deixar tua luz devastada,
E eu sinto muito.

Sou fraca,
Pequena,
Nanica,
Tua baixinha.
Amo te, mas sou dente de leão,
O vento sopra,
Mas ele sopra contra mim.

E lá se vai tudo que sou,
E lá estou eu despida e jogada ao chão,
Por um jovem que partiu meu coração,
Tu tem grama a me segurar,
Tu és solo firme sempre querendo minha quebra evitar,
Mas sou uma planta sem escrúpulos,
Já eras de se esperar.
Ou melhor, poderias tu me esperar?

VerbatimWo Geschichten leben. Entdecke jetzt