Capítulo 17

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Depois de cinco horas de viagem até São Francisco, Nick aluga um carro para irmos à Paso Robles. Eu dormi quase o caminho inteiro. Ele não estava brincando quando disse que cobraria hoje pelo sexo que não fizemos ontem. Estou exausta. Como ele ainda pode dirigir por mais algumas horas até o rancho onde eu morava? Faz meses desde que eu saí de lá e pra ser bem honesta, estou bastante nervosa em voltar. Será que o Nick sentiu isso quando teve que voltar à Nova Iorque?

Estico bem o corpo, tentando mandar a preguiça pra longe. Nick está todo relaxado no seu banco, com uma mão no volante e a outra dentro da calça. O observo por um tempo, sem que ele perceba que eu já acordei, mas não consigo segurar o riso por muito tempo.

— O que foi? — ele pergunta meio desconfiado.

— Por que está com a mão dentro da calça?

— O que? — ele olha pra baixo como se não soubesse que sua mão está lá e então a tira como se levasse um choque — Eu... nem tinha percebido.

— Não precisa tirar se não quiser. É só que eu nunca tinha visto.

— Coisa de homem... eu acho.

Seu sorriso sai meio envergonhado, já a minha gargalhada não é nada sutil.

— Sabe, a minha mão está coçando e a minha boca está seca. — digo, olhando-o com o canto do olho — O que acha de eu me ocupar?

— Por que? Está mal intencionada?

— Depende. — minha língua sai para lamber meus lábios — Você está duro?

Tiro o cinto e rapidamente o toco por cima da calça. Ele não estava duro ainda, mas com o meu toque, ele tem uma ereção quase instantânea.

— Ellen, eu... caralho. — ele sibila o ar entre os dentes quando eu enfio a mão dentro da sua calça e o pego, quente e liso.

— Humm, mete o pé aí, Nick. Eu vou me ocupar aqui até chegarmos.

Quando estacionamos na frente da minha antiga casa, eu estou relaxada e com os lábios inchados de tanto chupar o pau grosso do Nick. O mínimo traço de tensão que poderia haver nele, desapareceu depois de duas gozadas violentas, sendo a última há dez minutos.

Uma ansiedade invade meu corpo de repente, na hora em que nos preparamos para sair do carro. Não sabia que me sentiria assim quando concordei em vir pra cá tão prontamente. Parece que faz séculos desde que eu vi esse lugar pela última vez. Como se fosse outra vida.

A noite começa a cair, fazendo os postes e casas mais distantes parecerem pequenas luzes cintilantes de Natal. Sem uma rampa como na casa do Nick, ele primeiro coloca a minha cadeira acima dos degraus que levam à varanda, e só depois volta para me buscar. A luz é ligada na hora em que pisamos na madeira polida, como se soubessem que estamos aqui. Por via das dúvidas, bato na porta e espero. Nick, ao meu lado, segura minha mão, me dando um sorriso confortador.

Ouvimos barulho do outro lado e então a silhueta de alguém aparece entre as cortinas da porta. Uma mulher alta e atraente, de cabelos negros e olhos marrons nos recebe.

— Posso aju... dar?— ela pergunta com um sorriso no rosto que logo torna-se branco como se visse um fantasma.

— Boa noite. Você deve ser Victoria. — digo séria. Ela pisca pra mim, ficando calada por um segundo ou dois enquanto tenta encontrar as palavras.

— Boa noite. E você deve ser a Ellen. E... Nicholas, não é? — ela indaga ao meu namorado. Na hora enrugo a testa, mas lembro-me de que ele já veio aqui uma vez e eles se conheceram.

Recomeço (SR #2)Where stories live. Discover now