Conversa de Travesseiro entre Braz e Túlio - Parte 01

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Dedico este capítulo a Lolaharik ... Lola, tem mais Jude Law pra você, quando procuro uma mídia dele lembro de ti, hehe... Digo Túlio.

Escrevi com muito carinho, pensando em Nara__M que me emocionou muito durante a semana com uma dedicatória. 

Claro que meu carinho é imenso e por todos que acompanharam-me desde a CDC. Por aqueles, também que me acolheram aqui sempre me tratando com tanta gentileza e respeito. Abraços a todos e chega de blá blá Jota K.. kkk

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Por Túlio...

Já são 7 anos com esse cara me aturando e sei que não sou lá muito fácil. 

Por isso me alegro quando ele, sem mais sem menos, apenas me aperta e seus braços. Ali fico perdido, sentindo o calor de seu corpo, seu cheiro e seu carinho. Ciúmes bobos acontecem, mas não como antes e nem mesmo brigamos por isso. Apenas ficamos bicudos por alguns minutos onde até eu aprendi a ceder.

Braz é de touro, eu não acredito nessas coisas de horóscopo, mas soube que é o signo mais ciumento de todos e jamais provocaria algo para irritar meu homem. Não acho necessário isso, até porque eu ia odiar se ele brincasse comigo.

O tempo é fundamental na nossa maturação e esses anos eu cansei de ter provas do amor dele, algo que me acalma.

Nem sempre.

Dia desses eu estive na casa da Ira pra buscar meu filho e o João, marido dela, me chamou de lado.

— Opa, Túlio. Você sabe que não me meto e muito menos julgo você e o Braz, porque no fim de tudo somos meio uma família só, entende?

— Sei... — Falo desconfiado.

— Não é sobre isso que eu quero conversar. É... sim, é isso também, mas é também sobre o Edu. Na minha opinião de pai, acho muito necessário que ele passe mais tempo com você. Não só aquelas visitas estipuladas, mas em dias aleatórios. Tipo na quarta à noite, cara, seu moleque é louco por futebol e conversamos muito sobre isso. Acho bacana você curtir isso com ele.

Porra. Eu sempre fui um pai presente e muito atencioso, mas nunca me liguei nesse detalhe. Não encarei o conselho do João de forma negativa e gostei da ideia de ficar mais tempo com meu filho, visto que a Rafa e a Isadora, filha do João tendo a mesma idade tornaram-se companheiras e irmãs. 

Mas e o meu filho que tem quase nove anos? Ele realmente ficou meio sozinho no meio de tudo.

Eu pago as aulas de violão pra ele, mas nunca o ouvi tocando. Achei que ele ia gostar de ganhar um violão (ou cavaquinho) ou uma camisa do seu time e não ficar enchendo-o com materiais escolares dos Vingadores, somente levando ele no cinema nas estreias de filmes de super-heróis.

Pais falham às vezes e podemos consertar a tempo, mas isso depende de nossa vontade. Eu quero a amizade do meu filho e somente a proximidade e atenção me proporcionaria isso.

— Braz, vou dar uma saída pra comprar um violão pro Edu.

— Ah que bacana. Deixa eu te ajudar...

Braz pega a carteira dele e não consigo impedir que ele me dê o valor para a compra do violão do meu filho. Braz perdeu o seu filho no passado e sente-se muito próximo dos meus. Isso faz bem a ele.

— Não precisa, amor. Eu digo que você ajudou de qualquer forma.

— Larga mão de ser chato, Túlio. Pega isso e compra a chuteira nova dele. Edu disse que estava guardando um pouco da mesada por mês pra isso.

Ativo e Passivo - Momentos não contabilizadosOnde histórias criam vida. Descubra agora