SUBMISSA

UM

             

                        LUMA
  

Olhava ao espelho da parede branca a imagem da mulher com estatura chegando a um metro e setenta , pele branca, cabelos loiros a baixo dos seios,olhos verdes,corpo cor algumas curvas.

Essa era eu...

Tinha acabado de completar dezoito anos,o que deveria ser uma alegria sem tamanho para qualquer menina que fazia essa idade mas não para mim,não quando eu sabia desde os meus treze anos em que perdi minha família naquele acidente de carro.

Eu agora era oficialmente uma submissa treinada para ter meu dono,queria gritar que estávamos em século XXI,que eu era de maior e mandava em mim e não precisava de um dono como se eu fosse algum animal de estimação.

-Está linda.-Escuto uma voz e não preciso me virar para saber de quem se tratava,era a mesma mulher desconhecida que passar esses anos todos tinha descobrido seu nome e bem mas que isso.

Branca estava em minha frente sorrindo como se fosse um dia feliz mas não era.

Esse dia era o dia em que eu conheceria meu dono e ele me levaria embora para viver junto com o mesmo.

-Fico feliz em lhe agradar senhora.-Falo demonstrando minha tristeza pela pessoa ao qual uma vez depois de tudo confiei.

Branca após a morte da minha família tinha me trazido para essa casa,no início passava ser um orfanato mas estava seriamente enganada,nunca foi um orfanato ou algo do tipo.

Fui treinada por quatro anos para ser a submissa perfeita,fui treinada para obedecer,apenas isso.

-Luma.-Sinto dois braços me abraçando e colocando a cabeça em meu pescoço já que era um pouco menor que eu,Analu fica um tempo abraçada ao meu corpo e não aguento essa forma de carinho e acabo desabando deixando que minha alma seja lavada.

Analu era minha melhor amiga e chegou aqui praticamente na mesma época que eu,ela é tudo que eu nunca fui.

A alegria de viver,mesmo sabendo o destino cruel que foi escolhido para a gente ela ainda tem seu sorriso sapeca de menina que sabe apronta bastante e têm vezes que até com essa carinha consegue fazer com que entre em suas loucuras.

-An...-Falo abraçando forte como se pudesse fazer com que a dor fosse possível ser retirada da minha alma.

-Vai ficar bem Luma.-Sua voz é doce como um sonho bom em que nunca queria acordar para ver o pesadelo em que sei que vivo.

-Estou indo embora An.-Murmurei e afasto do seu pequeno corpo que nunca diria que ela tem dezenove anos.

A um ano atrás o dominador de Analu a veio busca,ela até tentou fugir.

O que me faz lembrar que naquele mesmo dia ela me fez eu seguir seu plano para que fugissimos mas o que acabou foi nós duas indo parar dentro de uma boate e minha melhor amiga perdendo sua virgindade com um homem que ela tinha conhecido após uns copos de bebida alcoólica.

A filha da mãe fez o homem desconhecido nos levar para um hotel e ainda por cima pagar mais um quarto que era para eu passar a noite.

-Eu sei Luma.-Ela sabe mas é diferente.

-Eu não aguentarei essa vida An!-Mexo em meus cabelos.

A vida nem sempre era justa e eu sabia disso muito para afirma essas palavras sem medo algum de está cometendo algum erro na minha fala,essa era a verdade a vida ela machuca mas do que pensamos e destrói a pureza de uma pessoa levando a pó quando se percebe o quanto é ruim.

Analu não só tinha transado com um homem desconhecido na noite em que fugimos por ela ter completado dezoito anos e a partir daquele momento seria oficialmente dada a um dono na qual já era escolhido a muito tempo caso que eu nunca soube como era feita essa escolha.

Lembro que eu dormir a primeira vez  em um hotel graças a louca da minha amiga que exigiu do homem isso para que ela se entregasse a ele.

Mais o que ficou marcado não foi em Analu ter entregado sua virgindade pensando que com isso ela não precisasse ser uma submissa já que a regra clara desde que comecei o treinamento sobre os conhecimentos do BDSM foi que o nossos donos exigiam "pureza" ou seja virgindade completa,mas foi que ao acordar  e descobrimos que até então o desconhecido era na verdade seu "dono".

-Você é mas forte que pensa.-Ela falar e eu queria acreditar em suas palavras,mas não tinha como ,quando muitas vezes lágrimas de solidão e de que tudo poderia ser diferente caso minha família estivesse viva já que era meus únicos parentes que conhecia e depois ninguém nunca me procurou,mostrava o qual fraca eu era.

-Vamos Luma!-Chama Branca a mulher que um dia eu cheguei a confiar.-O motorista chegou que veio lhe buscar.

Essa era a hora...

Não restava alternativa.

Olho a última vez para An que me olha com um misto de emoções em que consigo notar
tristeza,compaixão.

-Ainda nos encontraremos Lu.-Se despede An agora ao lado de Stephen seu louco namorado porque era assim que ela rotulada seu dono o mesmo desconhecido da perda da virgindade enquanto ele falava que ela era sua esposa.

-Você terá muitas surpresas Loirinha.-Fala Stephen beijando minha testa de um jeito carinhoso.

Quais supresas?

Minha cabeça começou a roda tentando capita o que significava essas supresas mas nada vinha a minha cabeça a não ser que eu agora estava indo mora definitivamente com um estranho que era meu dono e que já estava vendo o quanto eu seria espancada.

-Beijos.-Falo com meu coração na mão e a raiva reinando dentro de mim por essa injustiça.

Sigo para fora da casa em que fui treinada durante quatro anos para isso, e olho em frente encontrando um homem de meia idade com a porta aberta de trás olhando eu caminha.

Cheguei perto e nem dei um" bom dia",um "oi" ou alguma coisa parecida eu não estava feliz e não tinha porque demostrar isso.

Olhei para frente analisando o veículo e eu sabia que custava muito dinheiro esse carro,virei para trás e vi Branca olhando junto a Analu e Stephen que parecia querer dizer alguma coisa mas nada saia da boca de nenhum dos três.

Eu apenas entrei dentro do carro sabendo que agora era essa minha vida.

Servir de escrava sexual.