Black Jeans • Zayn Malik

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Pov Zayn

Praticamente arrastava o meu corpo de um lado para o outro. Estava impaciente, e isso provavelmente se devia ao facto da minha miúda estar lá em cima e ter sido praticamente expulso do meu próprio quarto pelo meu médico.

"A continuar assim, fazes um buraco no chão Zayn. Acalma-te." Liam pedia-me.

"E se ela não puder andar?" Eu digo nervoso. Era uma possibilidade.

"Senta-te aqui e relaxa por uns minutos. Se faz favor." O meu amigo pede-me e eu sento-me no sofá.

"Só faço merda." Falo com os meus pensamentos.

"Fizeste o que tinhas a fazer, não ficarias de consciência tranquila se a tivesses deixado naquele carro."

"Tenho a certeza que era o Flick. Mas duvido que ele soubesse que ela estava comigo naquele carro."

"O Louis conseguiu aceder às câmaras do túnel. Agora é esperar e ter paciência."

"Tudo coisas que eu não tenho." Eu suspirei alto e senti a mão do meu amigo bater-me nas costas. "O filho da mãe tirou o chip do meu carro."

"Eu realmente acho que ele sabia exatamente onde estavas e com quem estavas."

O pensamento de que Flick nos tivesse seguido até ao restaurante e tivesse esperado que o abandonássemos passava agora na minha cabeça a mil à hora.

"Achas?" Eu questionei-o.

Antes que Payne pudesse responder-me, Andrew descia a escadas vagarosamente.

"Agora sim podes subir." Ele disse e eu abandonei o sofá rapidamente. "A perna está bem, mas os movimentos devem ser poucos agora."

"E os analgésicos?"

"Prescrevi uns quantos, está tudo junto da mesa de cabeceira." Ele disse sereno. "Tens que ser mais paciente."

"Já me conheces à anos, sabes que nunca serei um homem paciente."

"Ela parece ter modificado bastantes coisas em ti. Seria apenas mais uma." Ele atirou e deixou-me surpreendido, fazendo Liam tossir.

"Falaram sobre o pai?" Perguntei, pois Andrew tinha sido o médico encarregado pelo tratamento dele.

"Não, ela está bastante adormecida ainda." Ele disse. "O teu braço precisa de ser ligado, fico à tua espera."

Assenti-lhe e subi as escadas. Ainda não tinha sido tratado, queria que ela fosse vista o quanto antes.

Abri a porta do meu quarto e o seu pequeno corpo estava embrulhado nos meus lençóis. Vários curativos estavam distribuídos pelo seu corpo, o que me queimava a alma.

"Zayn?" A voz baixinha dela soou e eu aproximo-me dela.

"Estou aqui." Peguei-lhe na mão e ela virou-se com alguma dificuldade.

"Estamos bem?" Ela perguntou franzindo os olhos em dor.

"Sim, estamos bem." Eu sorri e passei as mãos pelos seus cabelos, fazendo-a fechar os olhos.