Capiturada Por Gancho

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Narrado em Terceira Pessoa.
Versão do Narrador.

   Pouco sabendo como usar suas nova calda e suas barbatanas, Ellie não exitou em posicionar-se em sua essência através da magia que além de direcionar seu caminho até a Califónia, pode obter velocidades sobrenaturais ao fundo do oceano

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   Pouco sabendo como usar suas nova calda e suas barbatanas, Ellie não exitou em posicionar-se em sua essência através da magia que além de direcionar seu caminho até a Califónia, pode obter velocidades sobrenaturais ao fundo do oceano.
   Obteve sucesso em sua jornada explorando um novo mundo através das águas, podendo fitar tão próximo os incríveis animais marinhos que habitavam tal profundeza. O som da baleia sintonizava-se consigo em uma antena. Era incrível manter-se embaixo d'água sem a necessidade de respirar tão profundo introduzindo água em seus pulmões, pois em seu pescoço havia branqueas que possobilitavam-lhe a passagem de oxigênio que aquele lugar obtinha.
A sereia passou seguindo os pequeninos pontos brilhantes alaranjados em meio à escuridão azul do oceano acompanhando uma interminável trilha até Daytona Beach, Miami.

   A sereia novata ao chegar em seu destino avistava diverdos banhistas que provavelmente a deixaria constrangida por sua peculiaridade, passando a tirar fotos e querendo explorar-la de maneira científica, o que tornava pensativa neste instante

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   A sereia novata ao chegar em seu destino avistava diverdos banhistas que provavelmente a deixaria constrangida por sua peculiaridade, passando a tirar fotos e querendo explorar-la de maneira científica, o que tornava pensativa neste instante. Meio corpo ainda mantinha-se dentro da água, fazendo-a acompanhar as ondas que lhe traziam com força porém leveza até a orla. Com um gesto da mão como se contornasse toda a volta da praia, passou a encantá-los tornando os banhistas congelados, menos quem Ellie estava a procura.
   Elizabeth assustada com a reação de todos ao paralizarem sutilmente passou a levantar-se da areia e com passos leves direcionava-se ao mar.
- Beth? - Soo uma voz aguda e suave quando os pés da garota tocaram as águas.
- Lembra de mim? - Deu continuidade à sua fala ao surgir em frente à jovem de cabelos chocolates e olhos de mel.
- Ellie? - Seus olhos imensamente estalavam em sua face, desacredita por estar vendo sua melhor amiga em sua frente, após tantos meses distantes. A ruiva passou a esboçar um enorme sorriso nos lábios ao jogar-se sentada à beira da praia.
- Você é uma sereia agora? Só pode ser mais uma de suas pegadinha. - A morena indagava desconsertada, mas no fundo sabia que era real, podia sentir fortemente a vibração mística que emanava da ruiva. Em breves fumaças em tom coral ao rodear de seu corpo, retornou com suas pernas em pequenos instantes.
- Eu não consigo acreditar! É magia! Você tinha razão, Ellie! Agora pode me provar. - Sua boca mantinha-se cemi-aberta ao afirmar essas sinceras palavras passando uma sensação de alegria no local.
- Você não viu nada ainda. Sou capaz de muito mais coisas. - A ruiva respondeu ao levantar-se da areia, passando a limpar sua veste coral.
- Então foi você que magicamente parou os banhistas? - Ellie assentiu, deixando Beth confusa por agir tão normalmente com aquela situação.
   Não contendo mais a saudades que ambas tinham uma pela outra, resultou em um abraço apertado seguido de lágrimas que banhavam suas faces.
- Eu senti tanta sua falta! - Disseram no mesmo instante ao formar um pequeno dueto.
- Ainda me falta fazer uma coisa... - Sussurrou a ruiva ao novamente estender sua mão ao deslizar panorâmicamente aos banhistas, que retornavam a agir como antes.
- Eles não podem saber o que és, não é? - Beth sussurrou à Ellie.
- É, não podem. Mas você pode pois sabes o quanto eu confio em você!
- Você é minha irmã, Ellie. Sabes que podes guardar todos os seus segredos comigo. Eu me sinto uma tola por nunca ter acredito que você era capaz de obter magia.
- Você é o tipo de garota que só acredita vendo. - Cruzou seus braços num suspiro fundo ao responder Elizabeth. Algo lhe causavam uma imensa dor em seu coração. Podia sentir as vibrações do sofrimento de Felix, afinal a frase que acabara de ditar pertencia ao mesmo. Sua memória percorria quilômetros em buscas de lembranças do seu amado loiro, que à faziam segurar as lágrimas insistentes.
- Aconteceu alguma coisa, Ellie? Eu posso te ajudar? - Conhecia Ellie mais do que nunca, talvez não como Pan e Felix, mas conhecia o suficiente para saber que algo lhe feria sentimentalmente, afinal era sua melhor amiga à dois anos e meio.
- Não há como ajudar. Mas preciso que me escute. Por mais que ache loucura, eu preciso muito desabafar. - Não exitou permitindo que as lágrimas ardentes e salgadas definitivamente a banhasse.
- Depois do que eu acabei de ver, não duvido de mais nada. - Beth a respondeu segurando a mão da ruiva que se mantinha fria levemente enrugada pelo tempo que passou na água, principalmente trêmula.
- Vamos para o meu apartamento. - Elas então seguiam em direção ao carro, logo adentrando no mesmo.
- Não irá me achar uma louca? - Ellie ainda não estava confortável para desabafar, porém precisava. Era a única pessoa que tinha confiante para que pudesse expor seus sentimentos e revelar suas memórias.
- Mon Cherri, já lhe disse que não. Você conseguiu me fazer mudar de ideia em instantes. Não existe explicação científica para o que eu vi na praia. Anda, me conta logo. - Seu sotaque francês no diálogo inglês americano soava mais fraco desde a última vez que conversaram.
- Eu moro em Neverland agora. - Ellie sussurrou.
- Quê? Peter Pan realmente existe? - Beth a questinou ao dar uma freiada brusca por desviar sua atenção do caminhão que acabara de ultrapassá-la.
- Ele é mesmo uma criança?
- Não Beth, ele é adolescente. Deve ter nossa idade. Não me lembre dele por favor. Infelizmente o mesmo não é como nos contos de fada, um menino doce que resgata crianças perdidas para não ficarem só. É um maniaco sexual que aprisionam crianças na tentativa de formar um exército.
- Você quer mesmo que eu acredite nisso?
- Ué, você disse que acreditaria.
- Não, é que você está destruindo a minha infância.
- A minha também foi destruída quando passei a morar lá, porém eu vivi, agora você apenas está  ouvindo os verdadeiros relatos.
- Quer dizer então que você está sofrendo na mão desse cretino?
- Digamos que sim.
- Você disse que ele era um maniaco sexual... Ele estuprou você?
- Bem, digamos que sim, afinal a ilha é completamente feita por magia, ele quem comanda. Se ele não permitir que os meus poderes se manifestem, não se manifestará, então não tenho como defender-me de seus assédios.
- Que horror! Mas consigo enxergar em você que lá existe um alguém que você ame. Aquela sensação de perda que você teve na praia havia algum significado.
- Daniel e Felix.
- Hmmm... a pegadora tem dois garotos perdidos à sua espera.
- Não! Daniel é meu filho...
- Com Peter?! - A interrompeu assustada.
- Eu o adotei sentimentalmente quando Pan o levou para lá por ter sido abandonado pela tia no momento em que sua avó ficou doente.
- Que mundo estamos! E Felix?
- É um garoto incrível, uma cicatriz no rosto que esconde uma grande tristeza carregada em seu coração. Eu sou sua única esperança naquela ilha. É o braço direito de Peter Pan.
- Uau! - Os olhos de Beth retornaram a se arregalar com tanta informação, que no fundo conseguia sentir que era real. Essa sensação era transmitida pelo olhar cansado de Ellie.
- Bem, chegamos. - Sussurrou a morena ao estacionar o carro na garagem do prédio que obtinha seu apartamento luxuoso.
- Você poderá me contar melhor tudo o que lhe aconteceu. E se puder, queria que passasse um tempo comigo, sinto muito a sua falta, mon amour. - Ellie sorriu e assentiu aceitando o seu convite de imediato. Já havia retornado ao mundo real o que tanto sonhava, apenas queria lhe dar um tempo para pensar se voltaria ou não. Se seu sentimento por Felix era tão verdadeiro ou não.
- Posso ficar em torno de quinze dias. Mas logo precisarei voltar. Mas acredito que Pan venha me buscar antes.
- Por que ele faria isso? - A questinou ao descer do carro, fitando a ruiva acompanhar suas ações, agora pegavam o elevador.
- Por que sou sua salvação. Quando chegarmos lá em cima explicarei à você cada detalhe. Como consegui adentrar na ilha, as pessoas que habitam o local, os ocorrido e os motivos pelo qual Pan precisa de mim. Não lhe esconderei nada, eu prometo! - Beth assentiu depois de apertar os botões do elevador que levavam-nas para o apartamento. O som passou a apitar e logo sua porta se abria, deixando que as garotas pudessem passar. De sua bolsa a morena retirava um molho de chaves, tentando lembrar qual era a ideal para destrancar a porta de seu apartamento. Ellie sem paciência avistou o local na esperança de não obter ninguém. Com um gesto de sua mão direita passou a destrancá-la.
- Você me surpreende cada vez! - As palavras de Beth ecoaram em sua mente fazendo-a lembrar que essa mesma já havia dito ao doce e pequeno Dani.
- Terra chamando! - Disse Beth com um estralo de dedos ao ouvido de Ellie para que acordasse do transe que suas memórias traziam.
   Passaram longas horas conversando, a ruiva explicou-lhe tudo o que havia lhe acontencido, e o que lhe supreendia mais, era Beth realmente acreditar em suas palavras. Sempre houve esperança naquela morena, por mais que não fosse muito de demonstrar. Ela precisava apenas de alguém que pudesse provar-lhe, assim podendo sentir-se satisfeita consigo mesma.
   Os dias passaram lentamente aos olhos de Ellie que tentava manter-se ocupada para não deixar que seus pensamentos a machucassem durante seus banhos, o qual necessitava deixar o braço para fora da banheira na tentativa de não ativar as contáveis horas do bracelete de prata enfeitado por pérolas. O que foi bem sucedido. As reflexões durante a noite que causavam-lhe insonias fizeram tomar-lhe a decisão de retornar para Neverland. Afinal, era fato que seu sentimento por Felix jamais acabaria em um piscar de olhos.
   Era uma noite fria quando discretamente Ellie se levantou da cama esforçando-se para não deixar soar nenhum ruído na intenção de não acordar a sua melhor amiga. Sentada à cadeira da mesa da cozinha do apartamente da morena, passou a escrever uma carta ao obter em suas mãos um papel e uma caneta.

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