Onze

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Minha mãe acabou viajando na noite passada e levou minha paz com ela, já que decidiu que Harry deveria me fazer companhia, ironicamente, ou não.

Ela volta em algumas horas e irá acontecer um jantar para apresentar Harry a alguns amigos e parentes, ou algo asism. E é exatamente ai que a minha paz acaba, eu não estou ofendida por ela estar dando um passo a frente com Harry ou algo parecido, eu realmente espero que ele foque todas as suas energias nesse relacionamento e me deixe em paz.  O que realmente me irrita é o fato de ter sido responsável por ajudá-lo em alguns detalhes. Foi contratado um buffet para a decoração e o mesmo irá cuidar do jnatar, mas ironicamente, Harry pediu um prato alternativo e é ai mesmo que eu entro. As 08:00 hrs  coberta até o o último dedo do pé e tentando não morrer congelada enquanto caminho ao lado de Harry até o carro estacionado em frente a minha casa,  enquanto eu tento colocar alguns de meus pensamentos no lugar.

Depois de nos acomodar-mos em nossos lugares, o  carro finalmente começa a andar pelas ruas de Londres e eu apenas encosto minha cabeça na janela. eu adoraria estar dormindo.

- Você ainda está com raiva de mim? - Eu quase grito quando a voz rouca de Harry quebra o silêncio que havia se tornado no carro. É a primeira vez que ele fala comigo depois do acontecido na noite passada.

- Eu nem sei do que você está falando. - Dou de ombros e volto a me encostar na janela.

- Você sabe exatamente do que eu estou falando.

- Olha, Harry. Eu sei o quão mal acostumado você é sobre achar que o mundo gira em torno do seu umbigo e essas coisas, mas eu não estou nenhum pouco afim de conversar sobre isso a essa hora da manhã.

- Eu só não quero que você fique com raiva de mim...

- E se eu ficar com raiva de você? Não é comigo que você tem que se preocupar, nós não somos absolutamente nada. Você deveria se preocupar com o seu jantar e me deixar em paz. - Digo de uma vez.

- É isso que você quer? - Ele me encara e eu sinto como se ele pudesse queimar a minha pele apenas com esse ato.

- É tudo o que eu mais quero.

Ele solta um suspiro alto e estaciona o carro, eu me sinto aliviada ao ver  que chegamos. Desço do carro e praticamente corro para dentro do enorme supermercado. Eu preciso me manter afastada de Harry.

- Você pode me esperar? - Harry chama por mim e eu apenas ignoro enquanto continuo a andar pelos corredores.

Escolho algumas coisas e seguro e tento segurá-las em uma mão, apenas para não precisar me aproximar de Harry que empurra o  carrinho. Mas, meus braços me traem miseravelmente quando as coisas caem uma a uma, me obrigando a esperar por ele.

- Parece que o universo quer nos aproximar, querida.

- Avise ao universo que ele deve te aproximar de outra pessoa. - Ele apenas ri e eu continuo colocando todas as coisas dentro do carro.

Acabo escolhendo algumas coisas prara mim, desde chocolate até coisas de higiene pessoal. Harry ficou estranhamente calado e eu apenas agradeço a Deus por isso. Nós nos dirigimos a fila do caixa e uma pequena meninha nos olha. Ela tem os cabelos loiros enrolados e os olhos são azuis como o céu. Ela sorri para Harry e ele retribui. A mãe da garotinha sorri para nós dois.

- Ela gostou de vocês. - Ela sorri e a garotinha estende os braços para Harry. Ele pede permissão e a mãe assente. A pequena garota puxa os cachos de Harry e brinca com ele. Ele parece radiante enquanto brinca com a pequena menina. - Vocês tem filhos?

- Nós não-

- Sim. - Harry não me deixa terminar. - Nós estamos tentando, na verdade. - Ele tem um sorriso genuíno no rosto enquanto fala no assunto. Quem vê de fora até poderia acreditar que é verdade, que nós estamos esperançosos em ter uma criança. Mas nós nem ao menos somos um casal.

TruthsWhere stories live. Discover now