Capítulo 6

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Quando Louis, finalmente, viu Harry novamente em Química, ficou surpreso. Nenhum comentários ou olhares devastadores foram lançados em sua direção, nem mesmo o mais breve do contato visual foi feito. Se ele soubesse que seria fácil conseguir que Harry parasse, ele teria dito isso no momento em que se conheceram. Mas Louis ainda não entendia por que ele havia parado.

Desde quando Harry respeitava os pedidos de alguém?

No entanto, ele não conseguia tirar o olhar que Harry havia dado a ele de sua cabeça. O primeiro pensamento que teve foi que sua rejeição tinha realmente machucado Harry, mas sinceramente eles estavam brincando de gato e rato desde terça-feira. Quanto mais difícil Louis tornava as coisas, mais obsessivamente Harry o perseguia. Ele honestamente não sabia o que fazer com aquele olhar, mas tinha certeza de que poderia ter recebido seu primeiro pequeno vislumbre do enigma que era Harry Styles.

No meio da aula, Harry acabou, mais uma vez, com a tarefa designada. Sem dizer uma palavra, ele deixou o relatório no colo da Sra. Mentore, ignorou suas exigências para que ele voltasse para seu assento e saiu da sala.

Naquela tarde, a detenção progrediu de forma semelhante. Harry chegou na hora certa, mas estava incrivelmente inconveniente; batendo o lápis, fazendo barulho com seu piercing de língua e golpeando o monitor do tornozelo na perna de sua mesa até que Robertson ameaçou mantê-lo ali até que os zeladores os expulsassem. Depois disso, ele se inclinou para baixo, deixou cair a cabeça sobre a mesa atrás dele e adormeceu até as cinco horas.

Louis não entendia a súbita falta de interesse, ou mais importante, o porque de Harry não se interessar por ele, era tão irritante. Ele odiava Harry e tudo o que ele fazia e dizia, então por que não estava muito feliz por ele finalmente deixá-lo em paz?

Por que ver Harry olhando para outro cara - um cara claramente hétero - na manhã seguinte o fazia odiar o garoto ainda mais, mas ao mesmo tempo querer prensa-lo contra o quadro-negro? Aconteceu novamente em sua classe de história. Embora estivessem sentados um ao lado do outro, os olhos de Harry estavam focados na garota líder de torcida do outro lado, ignorando a existência de Louis.

Foi somente no momento que sentou em sua mesa habitual para o almoço, vendo Harry praticamente despindo a líder de torcida com o olhar, que ele percebeu o que era a sensação quente que estava borbulhando em seu peito.

Ele estava com ciúmes. Querido Deus, ele estava com ciúmes porque Harry já não tinha olhos só para ele– ou nem o olhava mais, pelo que parecia.

A garota estava, praticamente, no colo de Harry agora e puxava de forma brincalhona o cacho em sua testa. Louis franziu o cenho para a comida, olhando a alface. De repente, ele não tinha muito apetite.

Não tinha como ele ficar com ciúmes. O ciúme era apenas uma possibilidade se ele gostasse de Harry, e não havia, de forma alguma, jeito dele poder ter sentimentos por ele. O menino o estava deixando absolutamente louco por quase quatro dias. Não havia nada que ele gostasse nele.

Então e daí, se ele estivesse pegado alguem contra um quadro-negro? Ou estae fazenro o que quer que eles tivessem feito no banheiro. Isso não significava que ele gostava dele. Eles eram garotos adolescentes com hormônios e Harry foi o primeiro cara atraente a ter um interesse por ele. Louis só  tinha aproveitado uma oportunidade para ganhar alguma experiência. Sim, ele decidiu, era tudo o que tinha sido. Não havia nenhuma maneira dele estar desenvolvendo qualquer coisa, exceto odio, por Harry Styles.

No momento em que ele chegou para a detenção naquela tarde, tinha concluído completamente que seu ciúme não era ciúme real. Era só... ele não sabia como chamar. Mas não era ciúme. Não era.

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