Conto Quatro... Sob o céu da Califórnia♥

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"E se eu nunca soubesse. E se eu nunca tivesse te encontrado. Eu nunca teria esse sentimento em meu coração... Baby, você é o meu destino. Nós estávamos destinados a ser. Como todo o meu coração e minha alma, eu quero te dar o meu amor e te abraçar. E até onde eu possa ver, você estava sempre destinado; meu destino..." ♥♥♥ Jim Brickman & Jordan Hill - My Destiny♥♥♥

         Mia

             Meus pés afundam na areia, enquanto eu corro atrás de Henry, pela extensa praia de Santa Mônica. Ele tem a seu favor, a agilidade que seus três anos e alguns meses lhe dá; mas eu estou quase o alcançando. O seu cabelo, que eu demorei alguns minutos ajeitando, já está bagunçado e perdeu totalmente o charme. O próximo passo é que ele consiga desabotoar a sua camisa branca ¾ e a jogue no mar. De onde veio tanta rebeldia? Não sei se existe uma teoria a respeito disso, mas estou chegando à conclusão, que o terceiro filho é sempre o mais bagunceiro. Será que existem estudos específicos sobre isso? Se não existirem, eu estou apta a escrevê-los agora mesmo. 

 A Chloe é uma princesa, embora ela esteja entrando na adolescência — e as pessoas amem me assustar com esse detalhe —, ela nunca foi nada, além de adorável. Talvez eu esteja jogando um peso injusto sobre os seus ombros, mas eu a considero a filha perfeita. Noah é o típico filho do meio, bagunceiro; mas nem tanto. Um toque de rebeldia, permeado por uma inteligência impar e um ótimo bom humor. Ele se parece fisicamente com Drew, mas herdou a minha personalidade cativante. Um filho carinhoso e obediente, mas que gosta de defender o seu ponto de vista sempre. Eu costumo dizer que ele é o garoto dos porquês. E por fim, Henry. Bem mais jovem que seus irmãos e talvez por isso, ele me enlouqueça um pouco. Achei que por ter herdado meus traços físicos, ele teria a personalidade calma e contemplativa de Drew. Mas acho que ele tem uma personalidade muito própria, que combinada com energia infinita; torna se uma combinação assustadora.

— Te peguei. — eu grito, depois de enlaçá-lo pela cintura e o erguer em meu colo — Já deveria saber que não pode fugir de mim, Henry.

— Vamos fazer mais uma vez, mamãe. — ele pede rindo, tocando o meu rosto — Eu corro e você me pega.

— Nós não viemos aqui para isso. Temos que ficar quietos durante o casamento da vovó.

Ajeito a sua roupa e tento deixar o seu cabelo castanho claro, de lado como eu havia feito no início; antes de colocá-lo no chão outra vez.

— Corra até o seu pai agora. — eu o incentivo, ganhando uma gargalhada em resposta — E seja um bom menino, ficando quieto por alguns minutos e eu te comprarei um sorvete.

— Bem grande? — ele pergunta interessado.

— O maior que eles tiverem, com muita calda.

— Tá bom. — ele aceita a minha proposta, batendo em minha mão, como Noah costuma fazer com ele.

Espero alguns instantes e me certifico de que ele me obedeceu e está indo até onde Drew está com Noah e, ajeito o meu vestido. Sacudo a sua saia fluída, tentando inutilmente deixá-la sem areia — o que é impossível nesse instante —, já que estamos em uma praia. Minhas sandálias sem salto e de tiras, já estão completamente sujas; deixando os meus dedos repletos de areia fina. Eu poderia tirá-las se quisesse e ninguém iria notar. Meu vestido é longo o bastante para esconder os meus pés; mas eu opto por esperar mais um pouco... 

Estamos em um casamento e embora seja o mais despojado de todos os que eu já vi; ainda assim é um casamento. Um casamento que diga se de passagem, demorou uma década completa para acontecer e ao qual eu definitivamente não colocava nenhuma fé. Mas, estamos aqui, nesse lugar incrível; diante de um mar calmo e sob um céu límpido e azul, para celebrarmos esse amor. Silvia e Joel são um casal harmonioso e feliz há muito tempo, ninguém nunca precisou de uma cerimônia para confirmar isso. Mesmo que eu saiba que Drew — como o filho ciumento que é — sempre ansiou por esse dia. Porém, nós somos uma família e meus filhos nunca tiveram outro avô, além de Joel... Eu o agradeço imensamente por desenvolver esse papel, na ausência do meu pai e do pai de Drew. 

Nosso Doce Amor... Contos de Minha Doce MeninaDär berättelser lever. Upptäck nu