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Ji-Yong encarava-se no espelho. Nunca esteve tão feliz em sua vida.

Seus cabelos pretos levemente bagunçados, estava de terno mesmo que sempre tenha odiado usar, a gravata apertada demais, sapatos extremamente desconfortáveis, mas nada daquilo fazia com que o sorriso saísse do seu rosto.

Finalmente iria ter Lee Chae-Rin como sua, como diria ele mesmo, da forma mais clichê possível "até que a morte os separe".

- Ok, Ji-yong, você já está lindo. - reclamou Daesung, que estava sentado numa cadeira dura a uns bons 10 minutos enquanto o outro se olhava. - Inclusive, se não fosse seu casamento, eu te beijava. - Jinhwan riu, do outro lado da sala. - Mas nós precisamos ir. Tenho certeza que a Chae-Rin não vai gostar de chegar antes do noivo.

Ji-Yong revirou os olhos, ainda sem tirar o sorriso dos lábios.

- Ele tem razão. - Jinhwan levantou. - Temos que ir agora, Romeu.

- Ok, ok. - Ji-Yong sorriu mais uma vez pra si mesmo no espelho. - Vamos.

Os três seguiram até o carro de Jinhwan, já que Ji-Yong não precisaria voltar para lugar nenhum. O plano era, depois do casamento, ir para Miami sem olhar pra trás. Seria a fuga deles da vida monótona de sempre, nem que apenas por alguns dias.

Ji-Yong torcia pra que sua mãe não tivesse esquecido de por as malas no carro - ele não queria passar duas semanas com aquela roupa, afinal.

- Hyung, acho que nunca te vi com um sorriso tão grande como o de hoje. - Daesung comentou, aleatório.

- Eu acho que nunca estive tão nervoso. - admitiu, rindo nervosamente quando o carro começou a andar

Lembrou-se de como conheceu a garota. Na faculdade, quando ela estava procurando por sua sala e ambos se esbarraram.

Ji-Yong diria com certeza que foi amor a primeira vista. Ela era tão linda que fez seu coração bater automaticamente mais forte.

Era engraçado como naquele momento nenhuma das inúmeras brigas era registrada por sua mente. A personalidade forte dela que sempre batia de frente com ele. O ciúme que eles tinham um pelo outro. Nem mesmo a opinião de que "o casamento era uma instituição falida, criada pra dar errado" que ela tinha, e Ji-Yong a fez mudar de ideia ao longo do relacionamento.

Quando chegou no local e viu como estava lotado seu nervosismo duplicou. Suas mãos não paravam quietas e ele nem podia passa-las por seu cabelo que estava impecável.

A decoração era delicada. As flores escolhidas criaravam uma áurea elegante. Sem roubar o foco da estrela do dia, a noiva.

- São tulipas. - Daesung sussurrou ao seu lado. - Significam amor verdadeiro e duradouro. Eu acho bom vocês prestarem atenção nisso porque tenho a forte sensação de que o próximo no altar serei eu mesmo. - Daesung brincou, piscando para um dos convidados.

Jinhwan retrucou que ele terminaria sendo o tio rico e solitário que só aparece no natal é Ji-Yong riu, mesmo com o nervosismo.

Ji-Yong estava ansioso para finalmente ver sua amada no vestido de noiva. Mesmo tendo sido obrigado a participar dos preparativos da cerimônia, o vestido foi guardado a sete chaves por aquela superstição estúpida.

Aos poucos os convidados lotaram o local - e para uma cerimônia considerada intima haviam rostos desconhecidos demais.

Chegava a hora de Chae-Rin e Ji-Yong darem inicio ao resto de suas vidas.

Só faltava uma pessoa.

Chae-Rin.

i do ✿ kjy+lshOnde histórias criam vida. Descubra agora