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Boa leitura.

* * * *


Pov Dinah~

Cheguei na casa dos Cabello com os olhos vermelhos; e depois de alguns minutos conversando com Nick, Sinuhe se despediu dele e veio conversar comigo.

- O que houve minha filha? - Disse Sinuhe.

- Acho que não deveria gostar tanto de alguém... é isso. - Suspirei.

- Vou te dizer uma coisa... Você não deve mudar o que é por causa dos outros. Deve apenas respeitar seus sentimentos. - Ela dizia como se fosse fácil...

- Respeitar meus sentimentos? Como assim? - Realmente não entendi a última parte.

- Significa que deve aprender a se desapegar e a aceitar quando algo não dá certo. Se alguém não te ama, aprenda a aceitar e a seguir. Nunca se martirize por um relacionamento mal-sucedido. - Deitei a cabeça em seu colo e senti suas mão acariciarem meus cabelos.

- Desde pequena, lembro do seu jeitinho. A mais protetora, brincalhona e amorosa... Não deixe que isso morra em ti, é difícil encontrar pessoas assim. - Ela tinha razão... Não seria infiel á quem eu era.   

- Mãe, a senhora acha que eu devo esquecê-la? - Olhei em seus olhos  e ela sorriu.

- Não... Preserve esse amor. Eu acredito que Normani goste de você, só prefere fingir que não sente nada. Mas, vai com calma... Precisa cuidar da sua mente. Descansa.

Depois daquelas palavras, foi como dormir com os anjos. Peguei no sono e nem vi as horas passarem. Acordei quando senti um cheiro divino: A famosa torta de banana da mama Sinuhe. 

- MAMA? - Gritei esperando uma resposta, mas ela não respondeu.

Fui caminhando lentamente até a cozinha e a mama estava lá, fazendo algum tipo de recheio.

- Mãe, por que não me respondeu? Pensei que tinha saído. - Dei um abraço rápido.

- Awn, ela chama a tia Sinuhe de mãe. - Olhei para cima... Camila e Normani estavam sentadas à mesa me olhando com um sorriso. Não sei te dizer qual minha expressão naquele momento, mas não era o mais normal.

- Já me conformei em ter outra irmã por aqui... - Camila se levantou me dando um abraço. - Se sente melhor? - Perguntou em um sussurro. Assenti. 

- Vamos comer, minha linda. O café já está na mesa, quer suco ou prefere um chá gelado? 

- Sabe que eu gosto de chocolate gelado mama, mas não estou com fome agora. - Para minha contradição, meu estômago roncou bruscamente; todas riram de mim. Abaixei a cabeça, olhando para minha barriga. - Seu traíra!

- Come, filha... Não é bom ficar de barriga vazia. Já fiz seu chocolate. - Sentei no banco do balcão e peguei o chocolate.

- Dinah... Senta aqui com a gente. - Camila chamou, mas neguei com a cabeça. Nem sequer olhei para Normani.

Eu não tinha ideia do que pensar, mas não conseguia encará-la diretamente... Qual motivo eu tinha para sentir ciumes dela? Nem tínhamos nada, eu estava confusa em relação aos meus sentimentos. Terminei minha torta e virei meu chocolate em um gole. Olhei para Camila e ela sorria simples, eu não podia sorrir, estava com as bochechas cheias; engoli tudo e sorri. Normani soltou uma risada fofa, arqueei as sobrancelhas. 

- Vem cá filha, vou te ajudar com isso. - Fui até a mama, sem entender. Ela pegou um papel e limpou minha boca. Eu estava com bigode de chocolate... Droga!

- Com licença, vou assistir TV. - Estava saindo, mas parei quando senti uma mão segurar meu pulso.

- Podemos conversar? - Era ela... O que ainda queria conversar? Não tinha "cabeça" para conversas do tipo: "Sou sua amiga, não quero mais nada além disso".

- Não dá Normani... Deixa para outro dia. - Sequer olhei para trás. Senti sua mão afrouxar e continuei andando.

- Dinah Jane, olhe para mim quando falar com você! - Normani aumentou a voz para mim? Com que diabos de autoridade ela estava  fazendo aquilo? Me virei irritada.

- Me trata mal por tanto tempo, diz que começaríamos de uma forma diferente; De repente, sai por aí beijando qualquer cara sem nem ao menos conhecê-lo e ainda grita comigo?! Eu não sou seus empregados, não acato as tuas ordens! Não precisa ser nada minha, somente me respeite, dê um tempo para a droga de amor que sinto por você! - Soltei aquelas palavras todas e vi seus olhos arregalados... 

Talvez eu tivesse exagerado, talvez tivesse estragado tudo de uma vez... Talvez ela não olhasse nunca mais na minha cara... Mas já era tarde demais para reaver aquelas palavras... Merda!

- No começo pensei que ficava irritada com suas implicâncias pelo simples fato de que ninguém jamais tratou à mim daquela forma... Você nunca se importou com meu sobrenome, nunca me viu como alguém diferente por causa de dinheiro. O tempo passou, comecei a reparar mais no seu jeito de ser; passei a não me irritar tanto com suas piadas, já tinha até me acostumado... - Ela sorriu com os olhos brilhantes. - Mas, no dia em que te vi tocar... Percebi que não era apenas um sentimento de amiga. - Normani só poderia estar brincando com minha cara... Não era possível. Ela estava ciente de que eu tinha um coração? Eu já sentia-o bater na boca.

- Sabe, tentei por muito tempo esconder aquilo que sentia quando te via sorrir; quando te via cantar... Até mesmo quando falava comigo. Mais cedo na praia, te vi com um cara e ele estava passando a mão em você! Fiquei muito brava contigo e foi só por isso que beijei aquele moleque do quiosque... Fui idiota? Sim. Eu sei que fui... Você pode me perdoar?

Depois que ela terminou, tentei digerir cada palavra, - O que não foi fácil - Ela gostava de mim! Meu Jesus Cristinho! Ela tinha ciumes de mim... Deus! 

- Fala alguma coisa, tapada! - Ouvi o grito da Camila e logo um estralo de tapa; em seguida um "Ai mãe!". Normani riu e me olhou de um jeito simples. - Pode me dar uma chance novamente? - Foi impossível não sorrir!

- Te dar uma chance? Você consegue se ouvir, garota? Eu te daria o mundo, se pudesse! - Foi instintivo, não me contive e puxei sua cintura; selando nossos lábios. Ela correspondeu com perfeição. Foi o melhor beijo que já dei na vida! 


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AAAAAEEEEEEEEE! BEIJO NORMINAH!!!!! OMG! 

O que esperam para o próximo cap?

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⏰ Última atualização: May 19, 2017 ⏰

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