Capítulo 10

3.3K 335 6
                                    

Pov. Richard

Eu não podia acreditar no que o Maicon me pediu para fazer e ainda mais eu, que estava pensando seriamente em concordar com todo aquilo

Mais uma coisa ele tinha razão, não saberia o que fazer depois se ele não tivesse chegado bem no momento.

E até que seria ótimo, não ter que deixar meus filhos sozinhas de noite, mas ficar tão perto do Maicon, isto sim seria um desafio, eu não sabia exatamente o que ele queria comigo e sem perceber eu já estava começando a ter sentimentos mais fortes por ele.

Pedir demissão para o chefe, foi fácil, mesmo ele perguntando uma cinco vezes se eu tinha certeza daquilo, depois de confirmar foi pegar minhas coisas no camarote e encontrei algumas garotas e garotos.

- Nossa, ele realmente conseguiu fisgar o ricão - Gi, uma garota chata e que sempre tentava ficar com os clientes mais ricos, disse.

- Agora ele nem vai mais olhar na nossa cara - Ethel, um garoto que sempre andava com ela e que nem não era nenhuma flor que se cheirasse, falou.

Ignorei os dois e os sorrisos debochados das outras pessoas, falando coisas do tipo que não daria certo, que ele estava só me usando e que eu estava sendo só um iludido, ignorei e peguei todas as minhas coisas.

Mas não pode deixar de pensar em tudo que eles falaram, e que talvez pudesse ser verdade.

- Rick... Rick.... - me despertei do meu  transe, e olhei para o Maicon que olhava para mim.

- O que? - perguntei olhando para o lados vendo que estávamos em um estacionamento no subsolo.

- Estou te chamando faz um tempo - falou me olhando.

- Sinto muito - pedi e saí do carro seguindo ele para um elevador que não estava muito longe.

Subimos para o andar mais alto do prédio e uma mulher logo veio para cima da gente.

- Bem vindo senhor Philips - falou meio nervosa, parecia até que ia desmaiar.

- Chame alguém do RH aqui - disse e foi em direção a sala atrás da mesa da mulher.

- Sim, senhor - concordou e saiu quase correndo para o elevador.

Segui o Maicon com o Carlos no colo, a sala que entramos era muito bonita e bem decorada. 

- Pode ser sentar - disse quando me viu ali em pé parado.

- Obrigado - falei envergonhado me sentando em uma cadeira na frente dele.

Vendo aquela sala e ele alí, eu percebi como vivíamos em mundos diferentes.

- Você está bem Rick, está muito pensativo deste que saímos da boate.

- Não é nada - afirmei negando com a cabeça também.

- Papai?! - Carlos disse se apoiando em mim e me olhando com seus olhinhos preocupado.

- Não é nada meu amor - falei pegando ele no colo e nesse momento alguém bateu na porta.

- Pode entrar - o Maicon falou e a pessoa entrou na sala.

- O senhor pediu para me chamar senhor - a mulher que tinha entrado falou, era parecia também nervoso assim como a outro.

- Sim, quero que prepare tudo para ele começar a trabalhar aqui amanhã como meu secretário

- Sim senhor. Poderia me acompanhar para me falar seus dados - disse educadamente.

- Sim, claro - falei me levantando e já ia pegar o Carlos quando o Maicon me impediu.

- Pode deixar que eu fico com ele - concordei e segui a moça para um andar a baixo.

Ela pediu minhas informações básicas, que falei sem problemas e no final me deu um cachê é me informou que horas eu tevia estar aqui e quem iria me orientar. Agradeci e voltei para a sala do Maicon.

Quando entrei na sala, parecia que tinha passado em mini furacão alí e no meio dele estava o Carlos e o Maicon.

Eu queria ir da cara dos dois, pareciam que tinham sido pegos quebrando o vaso favorito de alguém.

- Papai! - Carlos correu para mim todo fofo, ele sabia que eu ia brigar com ele e por isso estava sendo todo fofo agora.

- Não vem mocinho, você está muito encrencado - falei sério e ele logo​ abaixou a cabeça se escondendo no meu pescoço - Sinto muito.

- Tudo bem, eu gosto de ficar com ele e não precisa brigar com ele a culpa também é minha - disse se levantando e chegando perto de mim.

- OK, mas não é mais para fazer isto amor, não estamos em casa - ele concordou com a cabeça e se escondeu de novo no meu pescoço - Nós já vamos, até amanhã Maicon. 

Ele concordou e me levou até o elevador.

- Posso te levar até em casa? - perguntou enquanto eu ia entrar no elevador.

- Não precisa, você tem que trabalhar - falei entrando no elevador - Tchau! 

- Tchauu - o Carlos me imitou tanto tchau para o Maicon.

A porta do elevador se fechou e me senti relaxar, será que daria este eu trabalhando com o Maicon? 

Continua....

Simplesmente te amo (romance gay) Where stories live. Discover now