CAPITULO 1 - MARIANA

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- Dona Carmem, não tem mesmo outro jeito? -- pergunto impaciente seguindo até o estacionamento --

- Nao Querida, eu lamento  -- se vira para mim -- Você sempre foi uma otima funcionária, mas vamos ter que fechar, as coisas estão difíceis -- balança a cabeça negativamente entrando em seu carro e dando partida no mesmo --

Isso foi a oito meses atrás pois nesse momento estou tomando café sentada no banco de Central Park de New York olhando senhores da terceira idade alimentando os pombos.

Vou explicar minha História.

Sete anos atrás eu sai de Los Angeles para vir a New York trabalhar em uma entidade que cuida de crianças carentes, eu sou formada em Pedagogia e amo Crianças, gosto do que faço, até então eu estava trabalhando nesse local, so que não era sustentado por nenhum órgão público, apenas por doações de empresas privadas, mas as empresas romperam o contrato e infelizmente tivemos que fechar o local, as crianças foram passaram para responsabilidade do governo e nós funcionários despejados, daí fiquei igual louca atrás de emprego que está absurdamente difícil, se não fosse as minhas contas desse antigo emprego, já estaria na rua, minha família não é rica e não quero preocupar minha mãe com nada, ela já é uma senhora, e o falecimento do meu pai mexeu bastante com ela, tentei convencer de vir morar comigo, mas ela disse não que não queria ficar longe das lembranças dele.. Eu como filha única fico com o coração apertado, mas sem ter o que fazer...

-Sai pombo ridículo daqui -- espantei a criatura ridícula que queria comer minhas rosquinhas confeitadas --

Mas tente imaginar, uma mão tem o celular, a bolsa, e o café, a outra mão, o notebook, rosquinhas e um sobretudo, e para completar pombos encima de mim...

-Agrh, por que vocês estão aqui, saíam, saíam -- tentei espantar, mas quase derrubei meu lanche, senti algo parar em mim, quando virei tinha um pombo bem no meu ombro -- Não sai daqui -- tentativa inútil, pois vi meu lanche cair, choraminguei quando vi rosquinhas e café espalhados pelo parque junto do meu Notebook, sobretudo e celular, uns riam, outros me olhava confuso pela minha burrice e outros so me olhavam mesmo -- Isso e culpa de vocês, todas de vocês -- sussurei para os pombos que me olhava com aquele jeito curioso ---

-Tenho a impressão de que eles não te intende -- uma garota loira com um bebê nos braços falou ao meu lado --

Guardei o notebook, vesti meu sobretudo e limpei me celular.
.. olhei novamente para ela, aparentava ter uns dezessete anos, olhos verdes e grandes, cabemos loiros e sedosos e pele alva, um pouquinho magrinha também...
Reparei no bebê que era muito lindo, tinha olhos azuis e era branquinho com poucos fios loiros escuros na cabeça, era gordinho e lindo...

-Viu Anthony, nunca espante um pombo com mãos cheias de coisas -- ohou para a criança e sorriu, depois me olhou -- Mellany Cortez -- estendeu a mão --

Suspirei fundo e apertei a mão dela

-Mariana Stewart -- sorri -- E você gordinho? -- fiz cosquinhas nele que gargalhou -- Qual é o nome dele?

-Anthony -- cheirou o pescocinho dele --

-Seu Filho?  -- a olhei --

Ela fez uma careta estranho e gargalhou...

-Quantos anos acha que eu tenho? -- pergunta ainda sorrindo --

-Gravidez na adolescência é cada vez mais normal, então né.. -- Dei de ombros --

-Sei --Sorriu -- ele é meu sobrinho, o pai dele e meu irmão.

-Há, eu posso pegar ele? --pergunto enquanto mordo o lábio receosa, eu amo Crianças e ele era tão lindinho --

Ela acenou e me entregou ele com cuidado, posicionei uma mão na sua cabeça, e a outra na suas costas, ele me olhou revelando um sorriso banguelinha..

-Que sorrisinho mais lindo -- alisei seu rosto -- Quantos meses ele tem? --pergunto ainda o olhando --

-Ele tem... -- a garota vai se pronunciar mais e impedida por uma voz grossa e irritante --

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A BABÁ DO MEU FILHO   (Livro 1)Where stories live. Discover now