Acordei com o rosto vermelho por conta do tapa. Já imaginava as expressões das pessoas olhando curiosas e indignadas para mim. Como eu iria trabalhar com o rosto daquele jeito? Ontem Peter foi embora depois de muito me bater. Meu corpo estava todo dolorido. E meus olhos estavam inchados de tanto chorar.
Levantei da cama com muita dificuldade, cambaleando fui até o banheiro lavar meu rosto. Quando me olhei para o espelho desabei em choro. Gritei de raiva, chorei de desespero e ódio. Quem era ele para fazer algo assim comigo? Quem era ele?
Enxaguei meu rosto e lavei todas as marcas pretas da maquiagem que manchavam meu rosto.
•••
A empresa estava organizada assim como no dia anterior. E como já era de se esperar todos me olhavam curiosos.
Abaixei minha cabeça e fui até minha mesa me sentar. Eu só queria poder me esconder e chorar.
Resolvi ir ao banheiro, adentrei a porta e comecei a chorar novamente.
Eu pensava que estava sozinha, pensava.
Cinco minutos depois eu estava limpando o rosto de novo, até que a porta de um dos banheiros de abre e quem saiu de lá não foi um simples empregado. Era o chefe. Logo me recompus e sequei o rosto.
Ele se aproximou e com o dedo indicador tocou o vergao em meu rosto. " olá Eliza, o que aconteceu com você? " " desculpa chefe isso não irá mais se repetir" peguei minhas coisas para me retirar.
" hey espere, está tudo bem. Só preciso saber o que lhe aconteceu"
" não foi nada está tudo bem... não se preocupe"
" não por favor...alguém te agrediu?"
Respirei fundo. Tomei coragem e sai do banheiro o mais rápido que pude. Peguei um copo de café e me dirigi até a mesa.
Meia hora depois da minha vergonhosa fugida do banheiro, recebi um chamado do meu chefe para ir até sua sala.
Fui com muito desdém até a sala dele. E dessa vez ele percebeu minha entrada.
Lá estava ele com o olhar preocupado.
" por favor sente-se quero conversar com você sobre o acontecido"
