Lua de Mel (Bônus)

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Ofereço esse pequeno conto aos solitários amados e românticos(as) (tarados(as)) e aos namorados.

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Por Marçal...

Outro dia, eu e o Liseu nos mudamos aqui pra essa casa. Eu tô tão feliz com esse cara que dá o maior medo de acordar e descobrir que ele foi embora ou terminou comigo porque eu não era o que ele queria que fosse. Ainda bem que isso é só um medo bobo.

Toda manhã a coisa mais difícil é largar seu corpo gostoso e quente. Beijo a bochecha fofa e fico olhando como ele é bonito. Liseu é bobo e inseguro demais com a aparência e não me entra na cabeça o porquê dele ter esses complexos. É um bobo mesmo.

Gosto tanto desse cara e mais ainda de conversar com ele. Fico encantado quando escuto como se posiciona com os assuntos que passam nos noticiários. Por mais que ele fique puto com uma porção de questões e diga um monte de palavrões que me matam de tanto rir, Liseu é inteligente demais e sempre me explica o porque das coisas sem me chamar de burro quando entendo errado.

Ele deve ser assim porque é professor e tá acostumado a ter paciência. Cara, eu morro de vergonha de ser lesado assim.

— Cadê aquela coisa grande e gostosa que acorda de pau duro?

Porra que voz gostosa de ouvir de manhã. Já abro um sorriso pra ele.

— É que eu já levantei e fiz um café. Sentiu que cheiro bom.

— Aham... — Ele olha com malícia pro meu short e dá um sorriso daqueles lindos que mostram seus dentes tão perfeitos. Caramba aqueles cantinhos da boca dele são viradinhos pra cima e isso é sexy. — Puta que pariu, tô quase mijando... sai viado!

Liseu passa por mim quase me atropelando e me faz cair na risada. Depois a gente toma café, eu sigo de moto pro batalhão e ele de carro no colégio do outro bairro.

É pouquinho tempo pra gente falar de rotina e essas coisas. Até andei conversando com o Chicão e ele falou que a rotina é uma coisa boa quando a pessoa que tá com a gente é a pessoa certa. Tudo é mais agradável, tudo é mais gostoso e rotina é necessária, segundo o meu amigo.

Chicão e sua família são nossos vizinhos e nos vemos mais seguidamente por termos apenas uma casa de distância entre as nossas. E só não nos visitamos mais porque é tudo corrido e minha relação com o Liseu tá no começo, então a gente quer curtir e fazer coisas juntos.

Nesse final de semana a gente tá de folga e alugamos chalé pra passar frio em Urupema. Liseu tava muito misterioso com uma caixa que colocou no porta malas. Até perguntei o que era, mas ele disse que só saberia quando chegasse no destino. Isso é a pior coisa, instigar a curiosidade e depois não responder.

Ao acomodar a caixa ele passou por mim e encheu minha bunda de tapas.

— Calma meu gostoso, são uns livros que tô levando pra ler.

— Vai ficar lendo em vez da gente namorar. Queria passear nos lugares frios e tirar fotos.

— Ai, nem pensar que vou ficar sassaricando no frio. Espero que tenha lareira e aquecedor, chocolate quente, vinho, aquele sistema de calefação. Sabe que sou um gordo friorento.

Eu fico um pouquinho chateado, mas não vou falar nada porque o Liseu deve estar certo.

Que ideia a minha de escolher um lugar frio pra passar o dia dos namorados!

Tomara que não chova. Fiquei todo errado agora. Se chover ou não, ele gosta de ficar lendo. Ele tá certo, porque o final de semana é pra isso: fazer o que gosta.

O PROFi E O POLiCiALWhere stories live. Discover now