Capítulo 7

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Depois do almoço me tranco em meu escritório. Preciso de um tempo e dar um tempo também a ela depois do que vivemos na academia.

Também preciso rever alguns e-mails, responder alguns e planejar a viagem que terei que fazer para San Francisco, vai haver uma conferência sobre Games e minha empresa além de investir na área de celulares, é uma das lideres na área de Games e Aplicativos, preciso me inteirar do que vamos expor e no que os concorrentes vão estar de olho, não se pode vacilar nessa etapa, algum Hacker pode invadir nosso sistema e trabalho de anos vão por água abaixo.

Dou um suspiro pesado em pensar em como as pessoas jogam baixo para chegar ao topo. Posso não ser perfeito, mas sou justo, sempre trabalhei honesto e sei reconhecer quem é fiel a mim e trabalha com afinco para minha empresa crescer.

Passo alguns minutos mergulhado no trabalho, mas meus olhos se desviam para a pasta marrom ao lado do meu Notebook. A pego e abro, meus olhos vão direto para o olhar da Senhorita sorrindo, imagino que poderia ser para mim, irônico que não vi esse sorriso em seu rosto nas ultimas horas, realmente assusto a moça.

Tenho esperanças que depois do nosso momento de manhã, isso mude.

Fui para academia disposto a usar a vara e o chicote nela, mas não consegui, ela me deixou tão excitado, meu pau doía tanto dentro de minha calça, parecia que clamava por estar dentro dela, tive que deixar o chicote para outro dia, talvez amanhã, quem sabe.

Lembro-me de seu olhar ansioso, seu corpo entregue a cada investida e me sinto excitado de novo, ela realmente é uma submissa nata, está na essência dela, só preciso trabalhar para que ela perca o medo e relaxe perto de mim.

Fecho a pasta e volto para meu trabalho, só paro para ligar para Taylor vir me buscar, tenho um jantar beneficente a noite e preciso comprar algo que tenho em mente para Anastásia.

— Anastásia.- falo e gosto do som do nome dela em minha boca.

Ligo para Taylor que me atende de primeira:

— Senhor.

— Venha me buscar as dezoito, preciso passar em uma joalheria e depois vamos para o jantar.

— Sim , Senhor até mais.

Desligo o celular e resolvo me arrumar, saio do escritório e nem um sinal dela, penso que deve estar em seu quarto.

Subo as escadas e passo por ele, mas a porta está fechada, diabos, eu mandei deixar aberta. Tem que manter a porta aberta para que eu possa saber o que faz lá dentro, não a quero se tocando e muito menos com ligações suspeitas, sou um amo e deixei bem claro no contrato que não a compartilho com ninguém, nem em pensamento. A abro em um impulso de já a punir por isso, mas a encontro tão relaxada, dormindo como uma criança. Isso me desarma.

Me aproximo da cama, com cuidado para não acorda-la, seus cabelos estão sobre seu rosto, e ela parece ainda mais angelical, olho ao lado e uma foto repousa perto de sua mão, olho mais de perto e é de um homem, meu primeiro impulso é de raiva, mas olho direito e vejo que é um homem de quase a minha idade, seu pai, é o que me vem na mente.

Ela sente falta dele, meu coração se aperta com isso e próximo ao travesseiro, um urso de pelúcia, já gasto pelo tempo, penso que essa é a uma recordação dele também.

Olho novamente para ela, tão linda e tão jovem, resisto a vontade de acariciar seu rosto, seus cabelos, de apagar toda a tristeza que ela carrega no olhar.

Acho melhor me afastar, isso já está indo muito longe, até demais do que devia.

Ela se mexe um pouco e me afasto, saio do quarto, mas deixo a porta aberta. Penso que já estou sendo muito concessivo, deixando passar muita coisa, se fosse em outra época, ela já estaria presa ao meu banco de castigos. Tenho que ser mais enérgico.

Meu pensamento vai para quinze anos atrás, me lembro de uma menina chorando, pedindo pelo seu pai e meu peito dói, penso que a dor das duas é igual, balanço a cabeça e sigo para meu quarto, tentando afastar essas lembranças.

50 Tons- Segunda ChanceWhere stories live. Discover now