5. ATUALMENTE

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Quando acordei no outro dia, arrumei minha mala e fiz careta pra cama desarrumada.

Inveja dessas pessoas que dormem e nem se mexem, eu deito e acordo em outro país.

Arrumei a cama e penteei os cabelos. Coloquei um moletom branco, jeans claros e tênis branco. Arrastei meu corpo até a porta e puxei minha mala.

Quando cheguei no salão do hotel vi o pessoal e fui falar com eles.

- Prontos para voltarem? - resmunguei.

- Pronto, pronto a gente não tá né?! Mas nem sempre as coisas são como a gente quer. - Pk respondeu.

- Sim, acho um absurdo isso.

[...]

Meu pai tinha comprado um apartamento pra mim e para o Alex antes da minha viagem. Até hoje, só o Alex morava lá. Até hoje.

Incrivelmente o pessoal também tinha saído das casas dos pais, e como nosso prédio tem três apartamentos por andar, eles pareceram satisfeitos em se unir a gente.

As meninas tinham um apartamento só pra si, que era o da direita. Os meninos o da esquerda. O nosso, o do meio. E ao que parece onde todo mundo se reúne já que as malas estão todas jogadas no meio da sala.

- Vocês já ouviram falar em "casa"? - resmunguei enquanto tirava o tênis.

- Não seja chata, até parece que não sentiu nossa falta. - Gabs respondeu jogando as pernas no colo do namorado.

Fui para o meu quarto guardar minhas coisas e sorri com a nova decoração. Tinha sentido falta dos meus pôsteres, certeza que minha mãe tinha passado aqui, Alex não sabe nada de decoração além do próprio quarto.

Maethe bateu na porta e entrou sentando na cama.

- Você tá bem? - sorriu meiga.

- Deus me deu o dom de fingir que nada está acontecendo enquanto minha vida tá um desastre. - soquei as roupas nas gavetas.

Peguei meu celular e sai do quarto indo pra cozinha com Maethe me seguindo.

- Quer conversar? - fiz que não com a cabeça e três minutos depois eu estava expondo minha vida pra ela.

Abri a geladeira e peguei uma garrafa com água.

- Você sabe que eu sou uma pessoa super organizada. - comecei.

- Você guarda o celular na geladeira? - ela ria.

Abri a geladeira novamente e peguei meu celular colocando no meu bolso.

Bufei voltando pra sala e não encontrando ninguém.

- O pessoal foi descansar, eles voltam mais tarde. - ela segurou meu ombro e me guiou até o sofá. - Sabe que pode confiar em mim.

Sorri pra ela e comecei a falar enquanto mexia na minha bolsa procurando as chaves.

- O Rafa me beijou na noite passada. - soltei - Ele só foi até o meu quarto e me beijou. Por que ele faria isso se no dia seguinte ele nem olha mais na minha cara? - Maethe encarava minha bolsa.

Stay || CellbitWhere stories live. Discover now