Capítulo 98 - Conversas no salão.

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- Isso não esta acontecendo comigo! - penso enquanto o encarava.

- Hum? Não precise ter medo de mim... Vamos, fale comigo - disse Dragor enquanto se levantava lentamente. - Me diga seu nome...

- Por quê? - falo dando um passo para trás. - Por que quer saber o meu nome?

- Bem, o motivo é bem simples... Sempre inicie uma conversa se apresentando para a pessoa que não conhece. E pela delicadeza de sua voz eu presumo que seja uma garota, uma senhorita se me permite dizer - disse Dragor enquanto andava pelo salão. Ele tinha uma boa postura, vestia um longo casaco vermelho fazendo seus olhos realçarem ainda mais. Toda vez que ele pisava no chão, um eco irradiava por todo o lugar.

- Sim... eu sou uma garota - falo afirmando.

- Hum, então... não vai me dizer o seu nome, senhorita misteriosa? - disse Dragor colocando as mãos para trás.

- Não, eu não vejo um motivo para dizer o meu nome a você - falo confiante.

- Está bem, não irei força-la a dizer seu nome... - disse Dragor apos se aproximar do piano e deslizar sua mão sobre ele. - Então... como você conseguiu invadir meu castelo?

- Eu adoraria responder a sua pergunta, mas não sei como eu vim parar aqui - falo o observando.

- Interessante... - disse Dragor apos jogar uma mexa de seu cabelo comprido para trás. - Não sabe como veio parar aqui, então você simplesmente apareceu?

- Isso - falo afirmando.

- Muito interessante... - disse Dragor indo em direção a janela. - Algo a puxou para este lugar, talvez seja isso, não acha?

- Bem, talvez - falo chegando perto do piano. - Mas hoje foi você que me puxou, não foi? Como fez isso?

- Bem observado, senhorita misteriosa - disse Dragor ficando de costas para a janela. - Sim! Hoje fui eu que a... "puxei", queria conhece-la.

- Como fez isso? - pergunto.

- Hum... me diga o seu nome e eu lhe direi como - disse Dragor sorrindo.

Dou uma risada curta e sarcástica e falo - Eu não vou cair no seu truque, e você disse que não ia me forçar.

- Mas eu não a estou forçando, apenas tentei um "truque" como você disse - disse Dragor indo em direção a cadeira e volta a ficar sentando. - Eu... hum... chamei alguém que conseguia fazer tal coisa, trazer sua... alma para mim.

- Mas como? - pergunto.

Dragor tira algo do bolso de seu casaco e fala - Uma pulseira, ela é sua, certo?

Apos a reconhecer, noto que ela tinha sumido - Mas como... como é possível?

- Bem, ela acabou ficando no meu castelo - disse Dragor enquanto a olhava. - Ela parece ter um valor extremo para você.

- Sim, ela tem - falo.

- Quer ela de volta? - pergunta Dragor enquanto rodava a pulseira em seu dedo.

- Que-quero, por favor - falo.

- Aqui, venha a pegar - disse Dragor a estendendo. - Não se preocupe, não vou fazer absolutamente nada, pegue-a e você poderá ir embora.

Respirei fundo e fui me aproximando devagar, eu precisa pegar a minha pulseira de volta. Era um presente da minha avó, ela era dela mas acabou a me dando de presente de aniversário. Mas o motivo de a querer de volta era para que ele não conseguisse mais me puxar a este lugar sombrio e vazio.

Parei em sua frente e meu coração estava acelerado, seus olhos estavam fixos em minha direção, eu não sabia se ele estava me vendo ou não mas a sensação era de que ele realmente estava. Vê-lo de perto me fez pensar que sua idade, era aproximadamente 30 á 40 anos, mas se olhasse demais ela só diminuiria. Ele era muito bonito, mas me assustava. 

Movi minha mão na direção da pulseira e a peguei, quando a puxei Dragor não soltou, ele sorriu e falou - Ai está você... 

- Pode me ver? - falo me sentindo paralisada.

- Agora posso - disse Dragor. - Mas fique calma, só quero que me ouça uma ultima vez. Está bem?

- O-Okay - falo ainda paralisada.

- Ótimo! - disse Dragor enquanto se levantava. - Entre!

Um homem de terno entrou no salão segurando uma bandeja com uma rosa vermelha em cima dela.

- Quero entregue essa rosa para uma pessoa e diga que eu mandei lembranças - disse Dragor pegando a rosa e colocando ela na minha mão. - Diga também que o verei assim que for possível, ele deve estar com saudades.

- Q-Que pessoa? - pergunto.

Dragor sorri e fala - Magnus... Magnus Vollaty.

Dragor larga a pulseira e começo a ver tudo escuro, tudo que eu me lembro de ver pela ultima vez é seu sorriso frio e encantador. 

Abri meus olhos e me ergui devagar, vejo que estou no meu quarto e olho as horas no relógio que estava em cima da minha mesa, ele marcava uma hora da manhã. Sinto uma pequena dor de cabeça e noto que a pulseira e a rosa vermelha estavam na minha mão. Olho para o lado e vejo a Aisha dormindo em sua cama. Me levanto apressada e vou até ela.

- Aisha! Ei, acorda Aisha! - falo a sacudindo. 

- Hã... o que? Diana! - disse Aisha se erguendo rápido. - Você... você está bem?

- Não, quero dizer... sim, ah! Não importa agora, tenho que te con...

- Como não importa? Você ficou inconsciente por horas! - disse Aisha me interrompendo.

- Eu notei isso mas eu realmente preciso te contar...

- Mas você está bem mesmo? Está sentindo algo? Esperei... o que é isso na sua mão? - disse Aisha.

- É sobre isso que eu estou tentando te contar! Essa rosa... foi... foi o Dragor que meu ela - falo mostrando-a.

- O Dragor te deu ela? - disse Aisha alterando a voz. - Mas como? Não! Você não vai me dizer que foi no seu sonho? Vai?

- Foi! Ele me mandou dar um recado e essa rosa para o diretor - falo.

- Nossa... para tudo, isso está acontecendo mesmo ou eu estou sonhando - disse Aisha.

- Não, você não está sonhando - falo.

- Está bem, me conte tudo o que aconteceu - disse Aisha.

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Notas da Autora: Olá leitores e escritores, gostou do capítulo? Se gostou deixe seu voto e comente o que você está achando da história. Beijos e até mais.

Castelo Minori: A Escola Para Jovens Especiais(Em Revisão)Where stories live. Discover now