capítulo 9

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Olá, meus amores!
Resolvi que precisava dar mais ação e não queria deixar tudo tão óbvio. Vejam bem, adicionei uma personagem minha à estória, Suzanne Lancaster. Pensem nela como uma jornalista audaciosa que sempre deu um jeito de conseguir furos, olhos extremamente verdes, cabelos tingidos de preto e curtos na altura dos ombros, média estatura... Imaginem que ela tem uma dívida enorme com nossa nova vilã.

     Suzanne andou apressadamente até o apartamento indicado, já estava ciente que nada bom aconteceria naquele dia nebuloso. Ela só queria dormir, havia tempo que não fazia isso, seus olhos estavam vermelhos e inchados, olheiras escuras marcavam sua pele clara, seu rosto apresentava uma angústia, talvez com uma pitada de arrependimento.
 
  Tocou a campainha algumas vezes e escondeu as mãos no casaco, aquela temperatura não era sua preferida. Esperou um instante e a porta foi aberta. A agente tinha um sorriso amargo estampado no rosto. Talvez fosse o frio, mas um arrepio percorreu seu corpo quando avistou novamente os olhos daquela mulher na qual devia tanto, na qual tanto odiava.

─ Olá, Suzie... Eu estava te esperando... ─ A menor fez menção de entrar, mas foi impedida. ─ Não, não entre. Aqui está o pacote, sabe o que tem que fazer... ─ Falou de forma rígida.

─ Por favor, não... ─ Suplicou, seus olhos já criando lágrimas grossas. ─ Eu não posso... Não tem como dar certo... C-como vou entrar lá? Aquela torre ela... Ela é muito segura.

─ Ah, claro que pode. Você conhece o Stark, ele é extravagante de mais, com certeza irá fazer uma grande festa, talvez hoje mesmo.  Não seja ridícula, sabe que me deve muito pra simplesmente olhar na minha cara e dizer: Não posso. ─ Limpou as lágrimas da Lancaster com seu polegar ─ Você é repórter dará um jeito de entrar. Você vai fazer isso, tem que fazer. Ele tirou muito de mim. Vou tirar dele tudo que ele conseguiu, ou melhor você vai...

  Forçou o pequeno pacote pra dentro do bolso da outra e trancou a porta, deixando-a desesperada. Não tinha noção de quando chegou aquele ponto, todos são capazes de cometer erros, porém num momento de desespero ela assinou sua  sentença sem ao menos perceber. Nunca seria capaz de pagar sua dívida, nem com todo seu dinheiro, se bem que sua condição financeira não estava nada boa, seu salário só dava pra pagar o pequeno apartamento, o básico da alimentação e higiene, sem luxos.

Suspirou novamente e procurou um táxi, não estava em condições de andar, suas pernas tremiam e seu organismo implorava por um boa xícara de café.  Estava tudo muito errado. Praguejou ao vento o dia em que aceitou a ajuda daquela mulher.

 
                     ...

  Ainda era cedo, o clima estava frio, bom, ao menos do lado de fora daquela torre. O quarto estava escuro, Tony estava debruçado sobre Steve, sua mão desliza pelos músculos fortes, sentido-os. Na primeira noite de amor deles foi exatamente assim, Anthony ficou observando seu amado dormir, enquanto decorava detalhadamente seu belo corpo. Amava aquele homem de uma forma inimaginável, esfregou seu corpo no do outro na tentativa de acorda-lo, beijou-lhe todo o rosto, ele queria um pouco mais do que tiveram na noite passada.

─ Steve... ─ Chamou e o capitão abriu seus belos olhos azuis, sorrindo.

─ Bom dia, meu amor... ─ Abraçou Anthony carinhosamente. ─ Que horas são? 


─ Eu não faço idéia. ─ Respondeu ─ sabe no que eu estava pensando, meu noivo? ─ Indagou beijando o maxilar do loiro, Steve murmurou um "Hm?" ─ Olha pra nós, eu sou uma delícia, você é uma delícia, o que acha de fazermos um pouco mais do que fizemos ontem, hum? ─ Riu ao ver a perfeita ereção matinal do loiro.

─ Eu acho uma ótima idéia, você estava incrível ontem!

─ Eu sou incrível, Steve. ─ Retrucou dando como castigo uma forte mordida no ombro do soldado. ─ Sabe de outra?  Sou gostoso também!

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