"11"

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Reviro pela sétima vez sobre a cama, desde que cheguei com o Calleb e depois a briga com os pais me tirou todo o sono.

Primeiro porque fiquei pensado sobre o que aconteceu no chalé e da briga intensa dele com os pais.

Mesmo de longe, consegui sentir a dor em suas palavras, tanto que fui em seu quarto para ver o seu estado, mais o encontrei dormindo com a Bianca e sem querer atrapalhar voltei para o meu quarto.

Encaro o teto por uns segundos e acabo decidindo tomar um ar fresco, retiro as cobertas passando os meus pés para a extremidade da cama e me sento tocando o soalho com as pontas dos dedos.

Pego o robe e a visto, fico em pé dando um laço no robe e saio do quarto.

Desço as escadas com cuidado para não acordar ninguém, visto que todos têm uma audição apurada.

Vou em direcção a cozinha já que a porta que dá acesso ao jardim fica lá.

Assim que estou perto da cozinha começo a ouvir fungos de alguém, uma mulher.

Assim que me aproximo vejo o corpo de Carla debruçado sobre a bancada, ela me nota e ergue a cabeça me encarando com aqueles olhos idênticos aos da Bianca

-Desculpe, não quis incomodar_ digo olhando para as minhas mãos _ Eu só ia ao jardim-me explico

-Cintia, não é? _ limpa as lágrimas com as costas das mãos.

-Sim senhora.

-Tire o senhora, só Carla_ tenta sorrir, mas não consegue_ Me desculpe ser tão directa, mais qual é a sua relação com o meu filho?

Bem directa, bom o que eu digo? A verdade, ou deixo que o Calleb responda?

Mais bem que a relação entre eles não está boa, e pelo pouco que o conheço ele não vai dizer nada, até que o perguntem.

-Somos companheiros.

Ela me encara espantada como se o que disse fosse mentira, mas ela sabe mais do que ninguém que é verdade.

Os seus olhos se enchem de lágrimas e ela engole em seco me encarando com lágrimas nos olhos.

-Eu sou um desastre como mãe, eu nem sei sobre o que acontece com ele_ soluça entre as lágrimas derramadas.

Me aproximo dela e toco o seu ombro a fazendo me encarar.

-Calleb me contou sobre a vossa relação e se a senhora está arrependida de verdade, tente o reconquistar, mas com calma sem que ele se sinta ameaçado e eu irei falar com ele sobre isso.

-Farias isso por mim?, mas eu acabo de a conhecer_ os seus olhos brilham com esperança

-Não estou fazendo pela senhora e sim por ele que está sofrendo tanto, e se a senhora me permite, vá descansar, amanhã é um novo dia.

-Obrigada_ sussurra passando por mim.

Passo pela porta que dá acesso ao jardim e o vento me recebe chicoteando o meu rosto.

Ando pelo jardim me encantando com a beleza do lugar, sento em um dos bancos disponíveis e fico pensando nas saudades que tenho da minha menina.

Será que ela está bem?, só nos falamos uma vez e não posso ligar toda hora por causa dos seus horários, mas espero vê lá logo.

-Sem sono?

Solto um grito assustado e me viro em direcção da voz.

Encontro às íris castanhas em mim e um sorriso de canto pela forma que me assustou, o seu peito exposto, a sua barriga trincada o caminho V até ao paraíso que está infelizmente coberto por umas calças de moletom.

-humhum_coço a garganta tentando me concentrar_ Sim, não consigo dormir.

Calleb se aproxima sentando ao meu lado

-Sem sono também? _ pergunto encarando o lago mais a frente

-Sim, problemas _ resmunga encarando o céu.

-E se eu te fizer esquecer eles só por alguns minutos?.

A minha proposta o surpreendente fazendo ele se virar e me encarar, estreitando os seus olhos para mim.

-Esquecer, soa bem_ abri um sorriso para mim, assim que me vê colocar a minha cabeça no seu colo

-O jogo é simples_ assim que ouve as primeiras palavras faz uma careta_ vais gostar, eu pergunto e você responde, depois sou eu, assim sucessivamente entendeu?

-Entendi, primeiro as damas querida _ diz começando a mecher o meu cabelo.

-A sua comida favorita?.

-Deixei de ter uma depois dos dez anos, A sua cor favorita?

-Eu amo a cor preta, Data do seu aniversário?

-Dez de Novembro, O número do seu sutiã?_

-Que pergunta estranha _ exclamo, e ouço a sua risada- vinte seis, o que mais gostas em uma mulher?

-Das outras não sei, mais em ti com certeza são os seus olhos, eles são tão vivos que parecem que me enxergam a alma_ coloco os meus joelhos em cada lado do seu corpo e acaricio a sua face o vendo fechar os olhos com o meu toque. Depois de um tempo as suas íris castanhas me encaram como se quisesse gravar cada detalhe meu.

-O que farias se eu mandasse o jogo se foder e te beijaste?.

Antes que eu responda algo, os seus lábios já estão sobre os meus, me lembrando a quem pertenço.









Antes que eu responda algo, os seus lábios já estão sobre os meus, me lembrando a quem pertenço

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Futura Suprema-[Triologia Irmãos Winchester]Onde histórias criam vida. Descubra agora