Stockholm Syndrome | Cameron Dallas

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Alissa Wolfden

  Cameron tinha me forçado a comer, e quando eu digo forçado é que ele forçou mesmo. Eu até poderia rir da cena, mas não iria dar lugar para a bipolaridade dele. Isso é um problema sério.

C: A sua sorte é que eu estou sendo paciente - Reviro os olhos - E agora, se sente melhor?

Eu: Me sinto irritada, serve?! - Falo um pouco alto e ele ri

C: Serve também. É sinal que está voltando ao normal

    Olho para baixo, tudo para não olhar aqueles olhos lindos. Mas ele parecia querer me encarar de todo o jeito.

C: Alissa, me mostre as suas costas - O olho - Eu não vou fazer nada

  Permaneço quieta e parada. E se ele fosse fazer a mesma coisa que fez antes?

C: Eu não vou...- Diz - Não vou fazer nada com você. Eu só quero ver as suas costas

Eu: Não tem nada aqui - Digo rápida

C: Eu insisto - Diz e se aproxima - Me deixe ver. Eu juro que não vou fazer nada. Eu só preciso... Só preciso ver - Assinto com a cabeça

Cameron anda para trás de mim e levanta a minha blusa. Tocando em minhas costas, com seus dedos gelados.Cada toque, era um arrepio. Eu estranhava ele estar tocando em mim, sem me fazer mal.

C: E-eu...- Ele retira seus dedos das minhas costas e abaixa minha blusa - Bem, é melhor eu te deixar sozinha, você não deve querer olhar pra minha cara - Diz e anda até a porta

Eu: Espera! - Aregalo os olhos. Aquilo saiu da minha boca, involuntariamente

C: O quê? - Ele me olha - Você... Quer que eu fique? - Assinto com a cabeça

Ele volta e se senta em minha frente, ainda me olhando.

Eu: Eu posso...Posso te perguntar uma coisa?

C: Vá em frente

Eu: Por quê você não me matou, naquele dia? - Ele abre a boca, porém nada sai

C: Porque eu preciso de você viva, para que seu pai sofra - Diz

Eu: O que ele...

C: Se você vai fazer essas perguntas, eu vou te deixar sozinha aqui - Diz e eu me calo

  Um silêncio se instala entre nós, enquanto nos encaramos.

C: Obrigado por ter me ajudado - Ele olha os dedos - Mesmo que eu não merecesse por ter...Te feito tanto mal

Eu: Por nada - Murmuro

C: Você tem medo de mim, não é?! - O olho - Responde

Talvez eu tivesse medo dele, mas não ia dizer. Ele poderia se... Irritar(?)

C: É, você tem - Suspira - Mas.. Eu não sou o vilão aqui, Alissa, acredite

Eu: Então por quê você fez aquilo comigo? - Pergunto baixo e ele abaixa a cabeça

C: Eu precisava...Precisava te assustar - Se levanta - Mas, lembre-se que eu não sou o vilão - Diz e sai, do quarto, me deixando pensativa