Capítulo I

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Natália

Aquele jovem tão bonito sentado na esquina como os amigos bebendo e usando droga mesmo sem saber mexia comigo olhava para ele e mesmo sem entender sentia muito mais do que devia sentir por alguém que não servia a Deus e levava "a vida errada" como diria meus pais.

Passava por ele e tentava ao máximo esconder meu coração o que nem precisava, pois ele nunca saberia que ele estava batendo como uma bateria de escola de samba entrando na Sapucaí.

Sou a filha mais nova do seu Paulo e dona Sueli entre os três filhos Levi, Raquel e eu Natália. Meu pai é pastor e minha mãe uma aplicada esposa de pastor e nós somos os filhos "perfeitos" do pastor. Eu sempre levei isso a sério me comportava e agia da melhor forma possível para não envergonhar meus pais, pois o que diria um membro da igreja do meu pai vendo a própria filha dele fazendo coisas ruins por ai? Não ficaria bem para o meu pai e assim eu vivi até os 15 anos, quando de fato eu entendi que não podia viver a minha vida para agradar os meus pais, mas para agradar a Deus.

Meus irmãos são bem diferentes de mim a Raka (Raquel) e o Levi são bem extrovertidos e carismáticos tem amizade com igreja inteira, são extremamente competente no que fazem louvam e tocam, a Raka toca violão e canta e o Levi toca bateria, guitarra, violão... e muitos outros instrumentos. Eu sempre fui mais reservada e tímida talvez ter que levar nas costar a responsabilidade de ser filha de pastor me fez retrair um pouco.

Aos 20 anos estava cursando o quarto período de nutrição e dividia meu tempo entre a faculdade e a igreja, pois dançava e louvava no coral tudo que eu conseguia fazer com a vergonha e timidez que tinha.

Amigos nunca tive muitos, mas o que tenho sem dúvidas são os melhores, a Maísa, a Lara, o Gabriel e o Andy sempre estiveram presentes na minha vida e sou o que sou também por causa deles.

***

Voltei para casa depois da aula e resolvi ir direto para o ensaio da dança, pois eu não teria coragem para voltar se fosse para casa.

-Nah você vem para o ensaio?

-estou no ônibus ainda, você vai?

-Claro que sim, mas liguei para te contar quem apareceu lá em casa hoje?

-Quem?

-O Victor!

-Victor ? O que ele foi fazer na sua casa Mai?

-Pedir para voltar disse que estava arrependido e blá blá blá...

-E o que você disse?

-Que não, que Deus era minha prioridade e que se ele não aceitava isso que eu não queria.

-E?

-E ele foi embora "Né"? Ele não quer conta com Deus muito mesmo com igreja.

A Maísa era minha melhor amiga desde que nossas mães se conheceram num encontro de mulheres quando tínhamos 4 anos e desde então nos tornamos inseparáveis, ela andou errado por algum tempo, mas voltou depressa quando percebeu o abismo em que estava entrando.

-E o Gabriel?

-Que tem ele?

-Como estão vocês?

-Eu estou bem ele não sei, não íamos dar certo e eu sei que ele é lindo, inteligente, filho de pastor, cristão e tudo mais, mas eu não consigo vê-lo como nada a mais que um amigo.

Desci no ponto de ônibus próximo a igreja fui andando e a rua estava deserta com exceção um grupo de garotos na esquina da rua. Fui andando e orando, pois sabia que alguns deles já tinham assediado algumas meninas da igreja. Segurei a bolsa e caminhei de cabeça baixa até que um deles veio na minha direção e segurou meu braço.

Vencendo com amorNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ