Prólogo.

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Dois anos antes...

Enfim o tão sonhado dia chegou.

Adam não havia conseguido dormir praticamente nada na noite anterior, cada vez que seus olhos fechavam-se milhares de pensamentos preenchiam a sua mente frenética. Ele pensava em tudo e em nada.

Em como seria a sua vida com Kate de hoje em diante, se ele realmente havia feito a escolha certa e outras coisas. Mas a verdade era uma só, que amava Kate com todo o seu coração e portanto estava pronto para o seu futuro ao lado dela.

Eles tinham tantos planos e sonhos por realizar. Adam realmente não via a hora de enfiar o anel no dedo dela e torná-la esposa dele. A ansiedade que ele sentia era imensa, a ponto de ser responsável pela sua falta de sono às vésperas do casamento.

O evento tão esperado, quer seja por si, quer seja por Kate e suas famílias. Afinal eles namoravam há uns 2 anos e ficaram noivos por um ano; Adam sorriu para o seu reflexo no espelho,  enquanto escovava os dentes e uma emoção infinita tomava conta de si.

— É hoje... – Ele disse para si mesmo, antes de cuspir a espuma branca e abrir a torneira para enxaguar a boca.

Logo após ele foi tomar um longo e relaxante banho, enquanto sua mente era preenchida com os projetos que ele e Kate realizariam. Três anos juntos e ele ainda sentia o seu coração bater ao pensar nela, o seu coração se derretia só de lembrar do sorriso dela.

O casamento estava marcado para as dez horas e seria primeiro realizado no civil e, depois a festa seria em um salão de festas requintado no coração de Manhattan. Mal posso esperar... Ele suspirou com alegria, enquanto repetia alguns passos da primeira valsa do casal na casa de banho mesmo.

De volta ao seu quarto, Adam se vestiu com lentidão e embora quisesse se preparar desde já com os trajes do casamento, ele não o fez pois ainda eram sete horas e vinte minutos. Ele encarou o seu terno azul escuro em um cabide e sorriu ao lembrar mais uma vez nas palavras de Kate.

“— Acho o terno azul melhor, ainda mais o escuro. – Kate dissera, ela olhou para o seu noivo. — Ainda mais esse tom, combina com os teus olhos quando olhas para mim.

Adam apenas sorriu diante da sugestão.

— Tu podes escolher a cor do meu terno e não posso sequer ver o teu vestido, por quê?

— Ah, Adam, dá azar ver o vestido antes da hora. E não quero que nada estrague o nosso dia. Mas leva essa cor, gostei muito e vai combinar com minhas flores.

— Diante de tanta insistência, está bem. Tu mandas! – Ele brincou apenas ver o sorriso tímido dela, mas logo após beijou-a. ”

Terminado de vestir-se Adam se encaminhou para a sala, onde a mesa estava posta com a diversa variedade de bolos, alguns pães, acompanhantes, iogurtes e frutas. Onde os pais já estavam a tomar o pequeno almoço, o dia começava sempre cedo para os Elliot.

— Bom dia. – Saudou.

— Noivo do dia. Como dormiste? – Perguntou o seu pai, sem tirar o olhar do tablet onde lia as notícias do dia.

Christine Elliot, mãe dele apenas olhou para o filho sem fazer muito caso.

— O pouco que dormi foi bom. – Disse. — E pai e mãe como dormiram?

— Tive uma noite revigorante. – Respondeu a sua mãe.

— E eu também.

Adam escolheu uma fatia de pão e nela passou a manteiga. Um pensamento aleatório passou por sua mente e era referente algo que não se lembrava da última vez que tinha visto: as alianças.

Uma hora após perdido entre as diversas gavetas espalhadas no seu quarto, nas roupas espalhadas pela sua cama e o armário revirado, Adam se apercebeu de algo: que as alianças não estavam com ele. O pensamento trouxe uma onda de desespero ao seu peito.

Onde ele teria guardado as alianças? Teria esquecido na empresa? No salão de dança ou simplesmente... Foi então que algo aconteceu, que uma luz iluminou os seus pensamentos. Kate, a querida Kate. Era lá que ele havia esquecido, há um dia.

Na sua despedida de solteiro com a sua noiva. Ele pegou nas chaves do seu carro e disparou alucinado pelas ruas movimentadas de Manhattan. Seu coração descompassou, ansioso e temeroso. E se não encontrasse Kate em casa? Ela provavelmente estaria nessas coisas de dia da noiva e imersa em mil mimos.

Adam sorriu ao estacionar em frente ao prédio dela. Ainda eram oito horas e alguns minutos, ele passou apressado pela entrada e cumprimentou o guarda com um rápido aceno, subiu as escadas mais apressado ainda.

Respirou ofegante ao chegar no quinto andar, retirou as chaves do bolso e abriu a porta. Definitivamente ele não esperava ter a visão que tinha naquele momento. Seria algum filme pornográfico? De terror? De um apocalipse reverso?

Ele entrou sem se importar em fechar a porta, ele mal podia crer no que seus olhos viam. Sua Kate estava nos braços de um outro homem, ambos estavam nus e no meio de uma relação sexual. Nenhum dos dois se apercebera da presença do telespectador.

Adam não sabia o certo o que sentia. Suas emoções oscilavam entre descrença, raiva, decepção, desprezo e nojo. Ele queria gritar, bater em alguém, mas ele não conseguia fazer nada além de estar estático e encarar o miserável cenário. Até que ele suspirou e os olhos de Kate se arregalaram de susto.

Ela olhou para ele. O que será que esse idiota faz aqui? Como raios ele foi parar ali? Ela pensou... E agiu rápido ao empurrar o seu parceiro, que acabou por cair no chão um tanto atordoado.

— Adam! – Exclamou ela, assustada. — Não é nada disso que estás a pensar.

— Por favor, Katherine. Ele não é burro, ele está a ver. – Disse o outro homem.

Adam riu, enojado e odioso.

— Cala-te, tu! – Berrou Kate, Adam olhou de um para o outro sem saber o que falar. – Adam... Ouve, foi uma falha. Ele me forçou.

— Eu vi como foi estavas a ser obrigada, não te preocupes. – Disse Adam, com todo desprezo dentro de si. — Tu és uma vadia, Katherine. Amaldiçôo o dia que te conheci. Não vales nem o ar que respiras, sabes o que mais: quero que tu e teu amante vão para o inferno.



                               

Meu Chefe Irresistivelmente Estúpido - DEGUSTAÇÃO!  Where stories live. Discover now