Prólogo

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A noite me acolhia como uma mãe.

Eu corria com um revólver em mãos. Haviam três assassinos atrás de mim, já havia feito um análise de suas armas: O mais alto tinha duas adagas, o barbudo um revólver como o meu e o que mais me preocupava; o baixinho, que não tinha nada mais que um bastão de ferro.

Ele parecia ser o mais inofensivo dos três, mas eu sabia o quanto as coisas não são o que parecem por aqui.

A agilidade do mais baixo era surpreendente, comparando-o aos outros. Eu deixava muitos obstáculos para trás, os outros dois passavam com dificuldade ao passo que ele os pulava graciosamente.

Minha vontade era de tirar sua vida naquele mesmíssimo instante... Mas ainda não podia.

De repente espinhos surgem do bastão do baixinho. Conhecia muito bem aquele mecanismo, ele havia roubado aquilo de algum guarda ou mesmo comprado no mercado das sombras.

Era um bastão de um mago. Um mago encantador.

Um dos espinhos voa em minha direção, desvio segundos antes de atingir minha pele. Senti aquela sensação me invadir, tomar conta do meu corpo, aquela sensação que sempre me vinha junto da adrenalina, como se houvesse alguém ao meu lado, me ajudando.

Mas eu sempre estive sozinha, era assim que trabalhava.

Outro espinho voa e sai rasgando parte da minha capa, por pouco não me atingindo. Eu ainda estava muito longe da minha zona da cidade, não daria tempo de chegar lá, teria de acabar com os três ali mesmo.

Sem problemas, afinal eles ainda não haviam visto meu rosto. Mesmo se sobrevivessem, não saberiam onde e como me encontrar.

Puxo duas adagas das minhas botas, como as adagas do mais alto, mas as minhas tinham modificações que as dele não tinham. Enquanto os três vinham correndo atrás de mim, pulei.

Simplesmente pulei.

E és aqui a diferença das minhas adagas: Elas foram encantadas, assim como o bastão do baixinho. Minhas adagas conseguiam me impulsionar para cima quase em pleno voo.

Quando aterrissei, foi nos ombros do mais alto. A adaga deslizou para seu pescoço, sem sequer da-lo tempo de gritar.

Ponho as adagas no solo e meu corpo salta outra vez, caindo em direção do barbudo. Ele foi mais inteligente e tentou atirar em mim, mas eu estava a muito tempo acostumada ao semi voo que as adagas proporcionavam, e obviamente, fora treinada para desviar durante ele. Uma bala não poderia me parar.

Meu corpo gira ainda no ar, desviando da bala perdida. Sabendo que não alcançaria o barbudo lanço uma de minhas duas adagas, apontando para suas pernas. Se aquilo não o matasse, ele ficaria incapacitado.

Aterrisso e um espinho já vinha em minha direção. Minha única opção fora recuar para trás do corpo do cadáver de um deles, usando-o como escudo humano. O escudo sangrou, sujando minha novíssima capa...

Tinha gastado muitas moedas prateadas nela.

Não que eu tivesse tempo de lamentar pela capa, mais um espinho voava ao meu encontro. Levei a adaga restante de encontro a terra e ela me impulsionou para cima mais uma vez, levando meus fios negros para todos os lados, espalhafatosamente.

Meu corpo já estava indo em direção ao chão, a capa enfeitiçada para absorver o impacto. Mas antes de alcançar o chão, lancei minha última adaga na direção do baixinho e ainda lhe dei um tiro com o revólver que tinha guardado no local que antes estavam as adagas. Ele desviou da adaga, mas não da bala, e morreu com um tiro em seu órgão vital. Um coração destruído.

Enquanto meu corpo voava para um encontro delicioso com o chão, deixei um sorriso vitorioso me consumir.

Missão cumprida.

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O que acharam do prólogo?

Simplesmente amei escrever este mini-capítulo/prólogo, é uma pequena prévia da ação que a história terá, espero que gostem. Como toda boa história deste gênero, prometo um romance também.

Postarei pelo menos mais quatro capítulos até o fim do mês, afim de poder participar dos wattys deste ano! O próximo sairá dia 22, às 15:00 também.

Enfim, espero que gostem dos próximos capítulos, okay? Okay.

Beijão, até o próximo!

A Garota SombriaWhere stories live. Discover now