capítulo 5

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Quando alcancei o campo deixei os sapatos de lado, ela não tinha o direito de falar comigo daquela maneira, muito menos o direito de falar em Lauren, mais a maldita sabia que esse era meu ponto fraco e ela atacou onde mais doía.

Conseguia ouvir a música bem de longe, como um eco, melancólica, foi quando toda a culpa caiu por cima de mim novamente, a mesma dor que havia sentido naquela tarde, impregnada em cada poro do meu corpo e foi por este motivo que me permitir gritar.

Meu grito de raiva e dor fez com que os pássaros saíssem do meio das árvores e voassem a noite escura, gritei até minha garganta não suportar mais, estava ofegante e suada e ali mesmo no meio do campo caio de joelhos, não precisei me virar pra saber que Alfonso estava ali

- O que está fazendo aqui ? - pergunto ainda ofegante e de joelhos.

- Eu sei que esta doendo - se aproxima ficando de pé ao meu lado e olhando pra lua disse - as vezes me da vontade de fazer a mesma coisa - me entregou um refrigerante, me acento e recosto em uma pedra que havia ali - percebi que aquela mulher a fez relembrar - não foi uma pergunta, então apenas acenti

- sim, não nos suportamos  - suguei o líquido até o final depois a descartei pra longe

- posso saber porque ? - ele me olha e meu corpo inteiro treme

- ela quer tudo que é meu - digo no automático presa em seu olhar - na verdade ela é minha prima, quando éramos pequenas sempre quando meus pais compravam algo para mim ela queria igual, não me importava com isso, conforme fui crescendo que percebi, na adolescência todos os garotinhos que eu gostava ela dava um jeito de namora - los , Rouse sempre quis ter tudo que tive. - desvio o olhar do seu e brinco com o salto do meu sapato, ele fica em silêncio um tempo antes de dizer:

- você também não gosta da garota que estava falando comigo - concordei bufando

- tá mais pra se oferecendo pra você ne - rio sem achar graça - ela não é nossa prima, mais e da mesma laia que Rouse - ele ficou em silêncio, que havia começado a me incomodar então virando pra ele pergunto - você me acha insuportável? - teu olhar estava em chamas agora, ele me olha numa intensidade que fico abóbada

- não, eu não acho, mais as vezes seu jeito frio de ser assusta as pessoas  - concordo fitando o chão, esse foi o jeito que arrumei para minha autodefesa - ser desse jeito não vai impedir que alguém faça mal pra você, não precisa disso porque é uma mulher de opinião forte.

- Obrigada alfonso - ele concordou e me estendeu a mão

- vai ficar aí mesmo e deixar ela pensar que conseguiu estragar sua noite ? - Claro que não, não iria deixar barato o que ela fez e sabe como iria me vingar ? Chegando com meu melhor sorriso. Aceitei a mão de alfonso e ele me ergueu, pegou meu sapato e seguimos rumo a pequena floresta.

- não teve medo de chegar aqui ? - perguntou olhando pra cima onde os galhos se emaranhavam um nos outros

- conheço esse lugar como a palma da minha mão - desvio de um galho - pois é meu - ele me ajudou a atravessar algumas pedras antes

- e um lugar bonito - concordei - algum motivo real pra ter comprado ?

- Lauren adorava este lugar - ele clareou a garganta - não me importo em falar nela

- não precisa mentir, eu sei que mecher com a senhora - ele se agachou e tocou meu tornozelo, suas mãos calejadas e quentes me fez erguer um pé, para que colocasse o sapato e logo em seguida o outro, minha boca tava seca como se não bebesse água a dias - vai lá e mostra pra ela como se agita uma festa  - sorrio e entramos.

Pego dois copos de whisky e os viro goela abaixo, passava uma música do David guetta e logo me jogo no meio das pessoas na pista de dança, depois da quarta música seguida eu estava completamente suada e com sede, quando saio pra beber algo vejo Sofia se aprumando em direção a alfonso, que mesmo não lhe mostrando muito interesse, a mesma dava um jeito de sempre está colocando as mãos nele , sorrio perversa, como deixar uma inimiga morrendo de raiva ? Chamar o cara que ela quer dar, pra dançar.

Marcho como uma verdadeira deusa em direção a eles, no meio do caminho meu olhar encontra o dele , depois tudo se torna em câmera lenta, sacudo os cabelos os jogando pra trás sorrindo , ele pareceu esquecer de Sofia do seu lado pois não tirou os olhos de mim em nenhum instante, eles pareciam mais verdes quase... pretos, oh oh , meu Deus, já estava começando a ficar quente novamente

- Olá Sofia - a cumprimentei sem a olhar, me debruço sobre alfonso colocando minhas mãos em suas pernas e sussurro em seu ouvido

- dança comigo, vou adorar ver a cara dessa desgraçada quando me ver com você - me ergo novamente e Sofia me olha com ódio - Vamos dançar senhor Herrera ?  - falei com um sorrisinho e ele se levanta com todo seu tamanho e pega minha mão

- perdão Sofia, mais vou dançar com a senhora Portilla, mais obrigado pelo convite - sorrio debochada pra ela e mesma bufa cruzando os braços, Alfonso e eu demos as costas e fomos pra pista

- vamos alfonso, me mostre o que sabe - ele sorriu me mostrando a fileira de dentes perfeitos e me puxou, me fazendo colar nele

- se vamos fazer isso, que fassemos direito - uma música que eu não conhecia começou começou a tocar, ela tinha batida o que me fez sorrir , eu adorava aquele tipo de música.

Me afastei de alfonso e coloquei a ponta do meu dedo em seu peito rijo, comecei a dar voltas a seu redor sem deixar se olha - lo, ele sorriu e me girou quando o refrão da música a soou,  minhas costas bateu em seu corpo duro, gemi baixinho, Jesus Cristo! Ele seguro com firmeza minha cintura e dançou comigo como se fossemos apenas um, rio quando vejo Sofia quase explodir de raiva do outro lado do salão, resolvi faze - lá  perder a cabeça de vez.

- Dance comigo como se tivesse querendo mesmo me comer - digo e ele faz me vira de frente para enfiar o rosto em meu pescoço, eu iria ter um orgasmos, isso eu tinha certeza, mordo os lábios pra não gritar como aquilo era bom , suas grandes mãos que estavam na minha cintura, foram parar uma na minha coxa e a outra um pouco a baixo da minha bunda, me balançando conforme o ritmo da música, eu podia sentir seu pau esfregar no meu umbigo, e eu desejava muito toca - lo, sinto seus lábios quentes traçar um linha no meu pescoço até chegar a minha orelha e ele dizer

- licença...senhora - fecho os olhos com força, com suas mãos ainda no mesmo lugar jogo as minhaa pra cima e começo a rebolar na sua frente, vez o outra dando uma volta e me esfregando nele, onde sentia seu membro cada vez mais duro, e seu olhar ainda mais escuro. Quando a música acabou ele grudou nossos rostos, com meu nariz a milímetros do seu e em seu rosto um sorriso cafajeste que eu sempre soube que estava ali. Olho pro lado a fim de não perder a cabeça e encontro Sofia, com o rosto vermelho e com os punhos cerrados, e com passos largos deixar o salão.

- uh, ela esta brava - comenta alfonso quando saimos da pista e nos sentamos no sofá  que estava ali

- dois martinis - peço o garçon - tinha que ver quando você colocou as mãos nas minhas pernas - gargalho pegando os dois copos que o garçon colocou a nossa frente - um brinde a isso - tocamos nossos copos e o viramos de uma vez, fizemos uma careta quando a bebida desceu queimando  - não sabia que dançava tão bem - levantei a mão pedindo mais dois copos

- minha irmã fazia aulas de dança, então nós fazia de cobaia quando éramos pequenos - deu de ombros

- você disse nós, pensei que só tivesse uma irmã - ele voltou dar de ombros e virou o líquido goela abaixo, abro a boca mais lisa começa a falar no microfone e deixo o assunto lá pra.

Algumas horas mais tarde resolvermos ir embora, resolvemos não, alfonso resolveu , eu estava completamente bêbada, alfonso estava sério ao que parece a bebida não havia o mesmo efeito nele

- Senhora vamos ! - ele tentava me guiar até o carro, gargalhei jogando a cabeça pra trás

- deveríamos sair mais vezes juntos, você não ficou com cara rabugenta hoje garotão, aliás está delicioso nesse smoking - ele revirou os olhos e me colocou dentro do carro - mais continua chato como sempre - resmungo quando ele entra junto comigo - eu não quero ir agora - pego a alavanca pra abrir a porta mais alfonso se debruça sobre mim segurando a mesma

- Senhora temos que ir, já é quase quatro da manhã e tenho certeza que mais tarde vai me agradecer por isso - se ajeitou no assento e arrancou com o carro

- eu vou despedir você por isso - resmunguei encostando a cabeça no vidro, havia me batido um sono parecia que tinha dois pesos puxando minhas pálpebras pra baixo, eu não queria dormir, queria continuar me divertindo com alfonso mais o peso nos meus olhos se tornaram insuportáveis, não consegui segurar e sou puxada para a escuridão.

Meu Segurança Gato - AyAWhere stories live. Discover now