Laura

Capitulo

Três meses depois
-Um Anjo do céu que trouxe pra mim, é a mais bonita a joia perfeita- Canto para minha pequena que está encostada em minha barriga enorme.
Em três semanas nosso lindo e tão esperado garotão chega ao mundo, onde pais ansiosos e uma linda e amorosa irmã o esperam.

Acordo minha menina que adormeceu agarrada em minha barriga
-Mamãe vou levar minha boneca nova- diz empolgada
Larissa vai passar o dia e dormir na casa de Nayara, ela é apaixonada pela priminha e depois de muito pedir convenceu Richard deixar ela dormir fora.
Richard ainda se sente culpado pelo atropelamento da nossa pequena, por sorte nossa garotinha acordou e não lembrava de nada. Os médicos disseram que foi a uma amnésia traumática e talvez algum dia Larissa lembre.
Meu marido teve que viajar a trabalho, investigações confirmaram o paradeiro do assassino de Katty,Richard nos deixou com o melhor  e mais babão babá do mundo, meu pai que vive nos mimando e que não larga do meu pé. Papai pensa que tenho a mesma idade que Larissa.
-Pequenina você tem que comer- diz
-Eu já comi vovô
-Eu vi minha princesa- beija a cabeça de Larissa- Vovô está falando da sua mamãe teimosa.
-Pai não estou com fome
-Laura! Será que vou ter que te deixar de castigo?
-Ish mamãe o vovô briga igual o papai, mas você não é criança.
-Seu avô é maluco filha- digo- Papai não estou com fome, alias seu neto esta na minha costela e mal consigo respirar. E você pequena pegue suas coisas pois o tio Trevor esta esperando.
-Te amo mamãe, te amo irmaozinho- beija minha barriga
-Amamos você filhota- beijo sua bochecha- Obedeça seus tios
-E o vovô? Você ama?
-Muito vovô- diz e sai agarrada com meu pai
Sorrio ao lembrar quando eu e minhas irmãs éramos crianças e papai se desdobrava para dar atenção e amor a todas, quando adolescentes papai contou sobre seu passado e até hoje não consigo imagina-lo com aversão contra crianças. Sempre tão perfeito conosco e agora um avô babão que faz tudo pelos netos.
-Voltei- diz- Trouxe seu leite com chocolate beba pelo menos isso filha
-Pai não estou com fome
-Beba o leite Laura!
-Laura- Detinha diz- Richard ao telefone
Ela me entrega o telefone que deixei carregando na sala, a foto do meu esposo aparece no visor aumentando ainda mais a saudade.
-Oi meu amor- digo
_Bom Dia amor- diz- Como passaram a noite?
-Bem, apesar da falta que sinto de você e do nosso garotão não me deixar dormir direito- digo
Meu pai toma o celular da minha mão e antes que possa fazer alguma coisa, papai ja esta relatando detalhes ao meu marido.
-Ela consegue ser mais teimosa que uma criança- diz- Não sei quem essa menina puxou
-Tem certeza papai? Nem Ogro rabugento que chamo de papai? Me da o celular
-Amor coma! Obedeça seu pai querida- diz- A tempestade esta acabando e logo estarei ai eu amo vocês.
-Amamos você- digo- Não se preocupe vou comer
Desligo o telefone e aceito o leite que papai trouxe e descemos juntos para sala, assistimos Game Of Thrones a serie favorita do papai. Mesmo cheia de almofadas sinto dores nas costas, mas não falo nada para não deixar meu pai preocupado.
-Laura vou ao mercado- Dete diz
-Leve o motorista e por favor compre jujubas
-As da Lari acabaram mesmo- diz
-Eu comi todas- digo- E os marshmallows também
-Compre frutas e verduras- papai diz- Essas meninas vivem comendo porcaria
-Pai!
-E traga por favor leite por favor
-Esta anotado Senhor Mackenzie
Dete sai e sinto dores mais fortes, mas tento me controlar para não preocupar o já maníaco do meu pai que mal pisca com a serie. Recebo uma mensagem do meu marido dizendo que em três horas chegara em casa.
-Pai vou tomar um banho- digo
-Qualquer coisa me chama- diz
------ RICHARD------
Ensaboei-me para lavar a camada de suor que cobria meu corpo quando acordei. Alguns minutos depois, voltei para o quarto e vesti uma calça de moletom antes de ir para o escritório da agência aqui em Detroit. Ainda não eram nem seis da manhã, porem não consegui dormir, não sei se foi a falta do corpo da minha esposa ao meu lado que quando acaricio sua barriga nosso garoto me saúda. Falta da tagarelice e do carinho da minha princesinha.
Tudo isso misturado ao fato de matar com minhas próprias mãos o assassino de Katty, descobrir que Fernanda esteve envolvida e foi capaz de entregar a própria irmã para ser morta. Uma maldita tempestade nos impede de embarcar imediatamente à Nova Iorque, mas o que me deixa um pouco mais tranquilo é meu sogro cuidando das minhas garotas.
O jato de água fria atingiu minha pele quente, e o ardor afastou os últimos vestígios de uma noite de pesadelo a qual queria esquecer por inteiro. Fechei os olhos e entrei de vez debaixo do chuveiro, desejando que o medo e a náusea que tinham sobrado escorressem pelo ralo. Estremeci, então meus pensamentos se voltaram para Katty e a forma terrível que sua vida foi tirada, o perigo que Larissa correu. Meu anjo, que salvou minha filha e hoje é minha esposa e a Mãe dos nossos filhos.
Todos esses anos na policia nunca submeti nenhum bandido a tortura, sempre atirei para matar sem deixar chance para viver. Mas essa noite foi diferente eu fiz questão de faze-lo sofrer ate seu ultimo suspiro, matei aquele crápula com minhas próprias mãos e o fiz confessar toda verdade.
Quando o dia enfim amanhece e tenho certeza que Laura esta acordada, aproveito para ligar para casa.
O cuidado até excessivo do meu sogro é o que me deixa calmo, ele praticamente se mudou para casa nesses três dias. Acho que o fato do avô de Laura estar hospedado na casa do meu sogro também contribuiu para isso.
Quando enfim a tempestade passa retorno para casa
......
LAURA
Entro no banheiro e tomo um banho para aliviar o calor que sinto, passo um tempo a mais acariciando minha barriga e sonhando acordada com o momento mágico em que meu filho chegará ao mundo.
Eu já o amo tanto mesmo não olhando, ensaboo minha barriga e meu menino chuta.
-Você está com saudades do papai? Por isso está chutando a mamãe meu amor?
Visto uma calça de pijama e a camiseta da agência que peguei na gaveta do meu marido. Abro o cofre acaricio meu distintivo e minha arma, meu coldre e meu colete à prova de balas. Pode parecer loucura fazer isso quase todos os dias, mas sinto saudades da minha rotina na polícia.
-Filha?
-Você me assustou papai- digo
-Por que está mexendo nessa arama? É perigoso minha estrelinha.
-Pai eu sou policial- digo- Estou acostumada a manusear até armas militares.
-Mas meu neto não estava na sua barriga- diz-Deixa que eu guardo isso
-Pai!
-Seu avô me ensinou a usar arma- diz - Não estou gravido e vá beber o suco que eu fiz.
-Pai sou uma mulher adulta é casada
-Sou teu pai! Me obedeça ou ligo para o seu marido.
Desço as escadas e vou até a cozinha um copo de suco de suco de morango e torradas estão sob a mesa.
-Enfim sós
-O que você faz aqui?
-Isso- Fernanda aponta uma arma para mim