Ser

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Sou nó que desata sem se ver
Sou faca que corta sem doer
Sou chuva que molha sem molhar
Sou ferida que arde sem arder

Sou terra firme segura no chão
Sou poesia, de alma e coração
Sou farsa, ferocidade e reação
Sou começo, meio e conclusão

Sou rimas, escritas na parede
Sou água pura, que mata toda a sede
Sou sonho, verdade e luz
Sou estrela cadente, que mata e conduz

No fim, continuo sendo tudo
Inteira e vazia, não mudo
Me afogo na água de desnudo
Me mantenho só, ilesa, em meu próprio mundo.

gritos e sussurros internosWhere stories live. Discover now