29 | maya

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- Fala, dona Morgan. - Minha mãe entrou no quarto, depois de bater na porta.

- Como anda a vida amorosa? - Sentou do meu lado na cama.

- Muito bem. Qual o motivo da pergunta? - Levantei uma sobrancelha, tentando entender.

- Ai filha, você parece estar tão apaixonada pelo Brad. O brilho no seu olhar quando fala dele, o jeito como vocês se entendem. Mas você posta foto com o Jay falando que está com saudades. O que está acontecendo com esse coraçãozinho? - Botou a mão no lado esquerdo do meu peito e meu lábio tremeu para não dar risada da cara dela.

- Você está sob efeito de alguma droga, mãe? - Inevitavelmente, cai na gargalhada e levei um tapa no ombro. - Mamãe, você sabe que eu amo o Brad, mas só como amigo. Desde o começo.

- Okay, já que você insiste. - Levantou e caminhou até a porta. - Ah, hoje eu e a Mila não vamos dormir em casa. Tem uma excursão do restaurante e a gente vai ter que dormir em um hotel.

- E por que eu não vou?

- PORQUE EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ. - Gritou lá de baixo, fazendo eu arregalar meus olhos.

- MÃE, EU SOU SUA FILHA. - Ouvi ela rir, e balancei a cabeça desacreditada.

Comecei a maratonar uma das minhas séries, e acabei nem percebendo o céu escurecer de repente. Só quando um raio percorreu o céu, vi que iria chover muito em breve.

Saí gritando pela minha mãe, mas aparentemente elas já tinham ido para essa tal excursão.

Nem para avisar, credo.

Um clarão entrou pela janela da cozinha, e o estrondo veio logo depois. Olhei para os meus pés que estavam descalços e lembrei de que minha bisavó sempre me avisara: "Quando tem trovoada, nunca ande descalço.". Foi o que fez eu sair correndo para o segundo andar, pular em cima da cama e colocar os pés para cima. 

Sou muito nova pra morrer.

Coisas que tenho medo: Minha mãe, insetos, trovoada, palhaços, altura, trovoada... já disse trovoada?

Não foi preciso nem mais um raio passar pelo céu e eu já estava mandando um áudio para o Brad, pedindo para ir para a casa dele.

Dois minutos (contados nos dedos) depois, Brad me respondeu, fui correndo pegar minhas coisas e trancar a casa. Por mais que a distância entre nossas casas fosse mínima, foi o necessário para me encharcar do pé à cabeça.

- Oi mãe, posso dormir aqui? - Dei o meu melhor sorriso para a mãe de Bradley. Depois de quase morar naquela casa, Anne me fez começar a chamá-la de mãe e eu achei a coisa mais fofa.

- Filha, você tá toda molhada! Entra... - Me puxou para dentro e passou a mão no meu cabelo pingando. - Nat está em casa, por isso o quarto dela não vai estar vago. Você se importa de dormir com o Brad?

- Claro que ela não se importa, né mãe? - Nat gritou do sofá, fazendo eu mostrar a língua para ela.

- Sobe lá no quarto do Bradley e vai tomar uma banho pra se esquentar. - Anne deu um tapa na minha bunda enquanto eu corria para o segundo andar, tentando não escorregar.

- CHEGUEI. - Abri a porta do quarto bem rápido e o meu melhor amigo, só de toalha na cintura, deu um pulo. - Vou tomar banho porque estou MOLHADASSA.

Entrei no banheiro bem correndo e tomei uma ducha rápida, só para tirar a água gelada da chuva da minha pele.

- Tem toalha no armário? - Perguntei vasculhando o banheiro inteiro.

- Não, vou pegar uma para você.

- Aproveita e pega minha bolsa para mim, fazendo um favorzinho.

Comecei a dar uns pulinhos para não ficar com frio, até que ouvi duas batidinhas na porta e destranquei a mesma, pegando as coisas.

Depois de colocar minha roupa íntima, percebi que não tinha trazido meu pijama.

- Brad, você me empresta algo para eu colocar? Esqueci meu pijama. - Botei a cabeça para fora do banheiro.

- Moletom ou camisa?

- Camisa, por favor. - Me entregou uma preta do Arctic Monkey, que vestindo, ficava um pouco acima do meio das coxas. Terminei de me arrumar, sai do banheiro e, simplesmente do nada, uma pessoa pula na minha frente, fazendo eu gritar.

- Seu merda. - Bati no ombro de Brad, que começou a rir descaradamente.

- Vingancinha. - Começou a dançar com os dedos para cima.

- Senti saudade, bebê. - Dei um abraço nele, que me girou no ar.

- Faz quanto tempo que não nos vemos? - Me soltou e olhei em seus olhos, comecei a contar nos dedos e respondi:

- Umas 6 horas. - Começamos a rir e eu pulei na cama, deitando abraçada com um travesseiro em forma de L. - Alguma novidade?

- Sobre a tour? - Sentou na ponta da cama e eu assenti. - Colocamos mais uma música na line up e falta mais uma para completar.

- E vocês ainda não finalizaram a que falta?

- Não, estamos colocando as idéias para jogo. - Sorriu para mim.

- Quero ouvir a última que vocês colocaram. - Abracei forte ainda o travesseiro, levantando minha perna para ficar mais a vontade. Brad levantou, pegou o violão no canto do quarto e voltou a sentar na cama.

- Ela se chama: "Paper Heart" - Sorriu para mim e fechou os olhos dedilhando as cordas do violão.

A música inteira eu fiquei com os olhos fechados, ouvindo-a atentamente. Eu amava a voz de Bradley, com aquele sotaque bem acentuado (que eu sempre tirava sarro da cara dele), tornava tudo muito mais apaixonante.

- É linda! - Sorri e abri os olhos devagar, percebendo que ele estava me olhando.

- Igual você. - Sorriu também e olhou bem no fundo dos meus olhos. Pousou o violão ao seu lado e veio para perto de mim. Começou a acariciar meu rosto, meu lábio inferior, curvatura do meu peito, cintura, quadril, parando na coxa e segurando-a firmemente fazendo com que eu fosse para cima dele.

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vocês estão prontos para um hot #Braya? Porque eu não.

PERGUNTA: CASO eles decidissem prolongar esse momento, querem detalhes ou querem que eu pule? (Vocês sabem EXATAMENTE do que eu estou falando)

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