Capítulo Dois

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Passei horas lendo um caso, horas perdidas tentando fazer um bendito relatório detalhado de um crime onde o filho tinha matado o pai com graves lesões a faca.
Meu amado chefe era o Advogado de Acusação não era legítima defesa, queria aquele moleque atrás das grades pois, já se passaram dois anos desde que tudo aconteceu e ele continuava frio e calculista em cada uma das audiências nenhum arrependimento por parte do meliante, os advogados queriam agora a sentença.
Suspirei cansada terminando de digitar alguns fatos que achei j interessante já se passavam das 19 horas e eu não tinha terminado nenhum deles. Fechei os olhos quando a porta do Porto se abriu, o escritório estava deserto apenas minha mesa continha uma luz fraca acesa, que iluminava os documentos em minha frente, já deveria estar em casa se não fosse por culpa dele.
Uma dor de cabeça pulsava fazendo a dor insuportável aumentar, passei as mãos por minhas têmporas sabendo o que vinha a seguir, ele andou vagorasamente em direção a minha mesa. Como um gato que procura sua presa, parou na quina da mesma, me olhando por sobre os óculos de grau, que o deixavam restritamemte sexy, puta que pariu, me praguejei mentalmente eu nunca deveria pensar assim em hipótese alguma, mas ele realmente chega ser a perdição. Puta que pariu, balancei a cabeça tentando ordenar os pensamentos, gemendo em seguida ao sentir a dor pulsante.

- O que devo fazer com você? - Perguntou tirando os óculos, mostrando um brilho diferente em seus grandes olhos azuis.

- Carlo por favor, desculpa vai.- Suspirei cansada e rendida. Estava esgotada, pode dizer que na beira de um desespero porque se estivesse sã de tudo nunca daria meu braço a torcer.

- Desculpas não ajudam em nada. - Suspirou, um sorriso Cretino brincando em seus lábios carnudos, modiscando levemente o mesmo, me provocando.

- O que você quer por minha falha? Diga sem rodeios, estou sem paciência para gracinhas. - Revirei os olhos.

- Você e sua boca que nunca se cala garota, sempre tem que reclamar Arantes, eu que mando aqui entendeu? Nao esqueça que eu sou o seu chefe.- Bati rude na mesa, seus olhos se arregalaram.

- Há bastantes meios de calar a mesma.- Sorri irônica eu não ia ficar com medo.- Cão que ladra não morde Porto.

- Com certeza o jeito que irei sugerir seria o mais proveitoso e menos doloroso para nós dois. - Chegou perto o bastante, já sentia seus lábios fazerem um carinho rápido em minha bochecha.- E com certeza eu mordo.- Piscou pra mim. - Mas sou muito bom no que faço.

- Não me provoca Porto. - Eu não iria ceder, pensei, eu não posso ceder, mas estava gostando do jogo.

- Isso com certeza não é uma provocacão.- Mordeu meu pescoco. Fiquei parada como uma besta, na esperança de que acontecesse algo.

- Não irei te beijar gata.- Sussurrou em meu ouvido.- Você irá ter que implorar primeiro.

- Que droga.- Levantei-me.- O que você quer? Não consegui terminar os relatórios, me diga qual será a minha punição.- Ele apenas gargalhou.

- Acho que punição não seria o nome certo a dar a proposta que tenho para te fazer, mas o nome não importa. - Disse ríspido, qualquer traço de humor já visto em seus olhos desapareceu em questão de segundos dando lugar a um Porto que eu via poucas vezes. - A festa anual da Advocacias Porto está chegando.

- Eu sei nosso calendário sou sua secretária...

- Cala a porra da boca Beatriz. - Suspirei ao proferir a frase, estava irritado, mas deveria manter a calma, não iria conseguir nada assim, olhei para ela e a mesma voltou a sentar em sua mesa, assentindo e cruzando as penas em seguida, a maldita estava com uma saia lápis na altura do seu joelho que agora mostravam bem mais do que eu queria ver ou do que eu poderia ver no ambiente de trabalho, não tinha reparado na sua roupa, mas de onde estava suas pernas eram bem vistas por mim. Pigarriei tentando manter o controle. - Preciso de você na festa. Preciso de uma acompanhante para fugir de uma noiva arranjada pelo meu pai. - Suspirei cansado lembrando de nossa conversa por telefone.

- Eu não faço esse tipo de trabalho, não seja idiota.

- Arantes.- Suspirei praguejando o que tinha pra dizer.- Pela primeira vez, eu realmente preciso de você.

O Cretino do meu CHEFE #Watts2019Where stories live. Discover now