Capítulo 12: Uma noite incomum

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O final do ano se aproximava, finalmente estava concluindo o primeiro ano, tinha impressão de ter passado muito rápido o tempo, talvez fosse pela correria da vida de universitária, permeada por provas, trabalhos acadêmicos, preparação de apresentações, estágio e relatórios.

Era quinta-feira dia 11 de novembro por volta das 20h30minh da noite, estava Agatha na sala 202, assistindo aula de psicologia social, aprendendo sobre o comportamento humano, quando a professora Lisie parou a explicação e disse: - É muito simples compreender o sentimento de empatia, basta ver uma pessoa bocejando que automaticamente você boceja também. – Nossa verdade isso – cochichou Deise para Caroline. – Agora, se eu conseguir fazer todos vocês rirem nesse momento, sem contar nenhuma piada, vocês entenderão como funciona a empatia. Então a professora começou a gargalhar sem parar, logo em seguida ouviu-se uma gargalhada nas primeiras fileiras da sala e depois todo mundo estava rindo, sem saber o motivo. – Eu não consigo parar de rir – disse Isadora, - Nossa, eu também não, nem sei o porquê... falou Lívia. A cena era muito engraçada, pois uns olhavam para os outros, erguendo os ombros, com olhar de "como isso é possível?!". Depois de uns bons minutos, a professora parou de rir e ficou quieta esperando acalmar o alvoroço do pessoal, demorou um pouco até perceber que a professora estava esperando todo mundo ficar quieto, houve alguns cutucões e algumas frases, como: "cala boca que a professora vai continuar". Então prosseguiu com a explicação sobre o tema, dando outros exemplos e acrescentando outros tópicos.

Essa matéria era a favorita de Agatha, pois adorava estudar sobre o comportamento humano, e, como compreender o ser humano era uma tarefa complexa isso a instigava, inclusive já tinha pensado antes de entrar na faculdade em fazer Psicologia, mas o curso tinha um tempo maior e era bem mais caro.

A aula estava chegando ao final, quando de repente tudo ficou escuro. –Agatha não to vendo nada, falou Caroline – e agora, como vamos embora? – Sei lá, respondeu. – Tomara que volte a luz, senão vamos usar os celulares e ir pelo breu até o ponto de ônibus. A turma ficou agitada com o ocorrido, tinha gente fazendo piada com o apagão, - Isso é consequência da aula de hoje professora, ouviam-se os risos no canto da sala. A professora pediu que todos ficassem calmos e saíssem sem pressa. Quando saíram da sala, estava todo mundo do lado de fora, muitos alunos de vários cursos, com certeza tinha gente feliz porque a aula acabou alguns minutos mais cedo, e também tinha os que estavam indagando o que teria acontecido, Agatha era uma das que estavam indagando e Caroline estava feliz por ir embora mais cedo.

Nossa nunca tinha visto tanta gente saindo da UAP no mesmo horário, ficou tumultuada a saída, o ponto de ônibus estava lotado e dentro do ônibus não tinha espaço nem para se mexer direito, ainda bem que algumas garotas sentadas ofereceram para segurar o material de Caroline e Agatha.

Quem diria que mesmo com a pressão das provas, trabalhos e questionamentos da profissão, poderia ter experiências bizarras, histórias engraçadas para recordar, com certeza aquela aula e a diversão foram uma recompensa para a vida corrida de uma universitária.

Depois desse episódio, no dia seguinte ficaram sabendo que houve um apagão em toda a região vizinha da faculdade pela companhia de energia, que estava fazendo algum reparo de rede. As semanas correram, as provas aconteceram e os trabalhos já estavam concluídos, o natal se aproximava e a despedida de mais um ano chegava. A turma de Ciências Sociais do primeiro ano encerraria suas atividades com uma festa, organizada pela professora Bete.

A vida de uma universitáriaWhere stories live. Discover now