#TudoOuNada - Capítulo 26

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- Olá Ana! - o sorriso de lado surgiu em seus lábios. - Ou devo dizer Victória?

Ana a analisou, portava em sua mão esquerda uma bengala que a fazia se manter de pé, o olhar sombrio numa vestimenta de cor negra, era ela, era o seu pior pesadelo ou ela poderia dizer uma morta viva que tinha voltado no justo momento em que a vida dela estava se arrumando. Ana chorou e sabia que a partir daquele momento sua felicidade tinha escorrido por seus dedos.

- Victória... - foi o único que ela disse. - Como... - ela se afastou um pouco da grade.

- Achou mesmo que conseguiria se livrar de tudo que fez contra mim e ainda roubar a minha família? - falou entre dentes para não gritar.

- Do que está falando? Eu não roubei nada e muito menos a sua família! - Victória bateu na grade com raiva.

- Você me perseguiu durante anos e tentou me matar duas vezes, duas e é por isso que eu tenho que usar essa maldita bengala ainda! Tudo isso pra ficar com meu marido? Quero ver o que ele vai dizer de você quando descobrir o tipo de mulher que você é e o que faz! - Ana soluçou não era verdade nada daquilo que ela dizia.

Ana sentia seu coração pulsar de dor, aquela mulher a sua frente dizia coisas que não era, via em sua frente uma mulher cheia de amargura e ressentimento disposta a qualquer coisa para prejudicar e destruir a todos que ficassem em seu caminho.

- Eu nem te conhecia até meses atrás, nunca nem te vi pessoalmente até esse momento! E tudo que me acusa é mentira, eu só ouvi falar de você por revista e televisão. - conteve as lagrimas.

Victória sorriu sem alegria.

- Você comprou até um rosto para ser parecida a mim e aposto que usa de seus encantos para seduzir até a meus filhos, mas sua máscara vai cair Ana... - a chamou com desdém.

- Pare de me acusar! Para! - secou suas lágrimas. - Eu não fiz o que diz e muito menos quero me parecer com uma mulher como você! Eu sou Ana Victória Brandão, sempre fui e sempre vou ser, não preciso do seu rosto e nem de quem você é pra ser alguém na vida, não roubei nada do que é teu afinal você estava morta.

Victória sentiu vontade de entrar ali e socar a cara dela, se perguntava como ela podia ser tão dissimulada e negar tudo de tal forma que parecia que para ela aquela era a sua verdade e não a verdade que Victória conhecia.

- O que está fazendo aqui ainda? Porque todo esse circo armado? Porque simplesmente não chegou em sua família primeiro Victória? Porque está fazendo isso comigo? Eu de verdade não sei o que te aconteceu e sinto pena por você querer ferir e pisar em alguém que nunca te fez nada, mas não adianta eu dizer nada a você, porque sua verdade é maior que a minha! - se aproximou. - Vá ver seus filhos, abrace eles, de o amor que eles sempre quiseram de uma mãe e não tiveram e veja neles se eu fiz tudo isso que você diz que eu fiz! - Ana virou dando as costas a ela e sentou na pequena cama que ali tinha e esperou ela ir.

Victória a olhou e nem pensou saiu dali rapidamente, sabia que ao cruzar aquela porta teria que enfrentar a seus dois filhos e Heriberto. Ela fechou os olhos e respirou fundo saindo pela porta.

Heriberto entrou por uma outra porta e andou em direção a cela de Ana e a chamou...

- Amor... Ana... - segurou a grade com suas duas mãos.

O coração dela pulou no peito e ela o olhou, não levantou, ter ele ali somente a fez chorar mais e mais sabia que quando ele visse Victória iria ficar confuso e ela não iria suportar ver que o seu amor voltava a estaca zero de quando a conheceu.

- Amor vem aqui! - estendeu a mão a ela. - O advogado já está aqui e vai te tirar rápido desse lugar! - ela juntou suas forças e foi até ele. - Não chora amor, olha eu te trouxe sua aliança. - pegou a mão dela e colocou a aliança em seu dedo.

Ana tocou o rosto dele e se aproximou ainda mais dele, o beijou nos lábios, beijou como pode as grades não permitiam tanto contato. Ela chorou queria abraçá-lo mais não conseguiu e se afastou.

- Você vai me deixar! - não era uma pergunta era uma afirmação.

- Amor, eu não vou te deixar, você é meu amor! - tocou o rosto dela. - Alguém fez isso de má fé e eu vou descobrir quem é!

Ela soluçou e se afastou dele.

- Não esquece nunca que eu te amo! - se afastou e voltou a sentar na cama.

- Ana... - estava preocupado com o jeito dela.

- Só me tira daqui, por favor! - ela não queria mais chorar, só que era difícil não fazer e estava tão sensível que deixava as lagrimas rolarem.

Heriberto ficou ali por mais alguns minutos somente olhando para ela que chorava sentindo e se sentiu quebrar por dentro, sabia que tinha algo errado e precisava descobrir o que estava errado.

Ele saiu dali e foi direto a sala do delegado e quando bateu na porta, o advogado saiu e Heriberto o questionou de cara...

- Porque prenderam a minha mulher? - o homem passou as mãos no cabelo e o trouxe para um canto.

- Ana está sendo acusada de usurpação de identidade, eles vão leva-lá para prestar esclarecimentos e depois disso ela terá uma acareação com a pessoa que a acusou. - se limitou a dizer o nome de Victória.

- Eu quero estar lá com a minha mulher! - estava nervoso.

- Você não pode, mas também vai depor assim como seus filhos e na hora certa! Eu vou falar com Ana e logo voltamos a nos falar! - ele saiu e Heriberto foi ate os filhos que queriam ver Ana de qualquer maneira.

[...]

Foi uma hora ali sentado esperando enquanto Ana prestava esclarecimento e contava ao delegado como conheceu a família Rios Bernal, contou tudo sem deixar passar nada.

Depois Victória foi chamada e as duas ficaram novamente frente a frente e agora sem as grades para impedir qualquer ato de agressão entre as duas. Ana a olhava com ressentimento e tristeza aquilo não precisava estar acontecendo, mas ela podia ver nos olhos de Victória que ela queria vingança.

A cada pergunta do delegado Victória respondia com uma acusação para cima de Ana que a respondia a altura...

- Isso é mentira, não é porque eu fui presa uma vez que eu sou assassina! - Ana respondeu com calma. - Foram três anos perdido por causa do meu ex-marido Osvaldo e já foi o suficiente, desta vez eu não vou pagar por uma coisa que eu não fiz!

Victória a olhava nos olhos e quando ouviu o nome de Osvaldo seu coração saltou, que verdade era aquela que ela desconhecia? Como assim ela era ex de Osvaldo. Ana tinha o rosto pálido e sentia o estômago revirar.

- Se eu já respondi a todas as perguntas, eu posso voltar para a minha cela até que resolva o que vão fazer comigo? Eu estou enjoada e não posso mais me alterar!

Ana levantou e Victoria a seguiu com o olhar, estava nervosa tudo que contaram a ela era mentira ou ela era esperta de mais para não se deixar cair. Por outro lado Ana já não queria mais ficar frente a ela e correr o risco de chorar novamente, não gostava do jeito que ela a mirava com "nojo" e como se de fato ela fosse a assassina que elas tava plantada dentro de sua cabeça, era uma verdade só dela.

- Você está grávida do meu marido? - Victória a questionou e Ana apenas a olhou e a deixou ali sem uma resposta.

TUDO OU NADA - TDAOù les histoires vivent. Découvrez maintenant