Narrado pela autora:
-Se ele ficar revidando, um dia ele pode amanhecer morto. Ele não é melhor que eu em nada.- disse Cristian bravo.
-Olha Cris, vocês, os jovens em geral hoje em dia, vocês tem que tentar se comunicarem. Qualquer coisa hoje é motivo pra brigar.- falou Adriano.
-Seu nome é Adriano certo?- perguntou o rapaz e recebeu uma confirmação do homem.- Adriano eu não quero falar disso.- disse Cris por fim.
-Tudo bem. Vamos lá pra fora?- perguntou o homem.
-Adriano, eu só quero ir embora. Eu me sinto envergonhado. Eu não nasci pra isso. Eu não suporto pessoas assim como vocês. Eu não consigo tolerar. Eu estou me sentindo deslocado assim dizendo.- falou o rapaz.
-Você tolera sim pessoas como eu. Você parece ter assim, um amigo imaginário que te orienta a fazer o certo e logo depois o errado. Estamos dialogando a mais de uns vinte minutos e... Você não me ofendeu, está me respeitando. E por mais que você se diga homofóbico, você conseguiu me passar sinceridade no olhar.- confessou Adriano.
-Eu não tenho amigo imaginário. Minha consciência conversa comigo. Apesar que você seja gay, você não me demonstrou isso. Os viados são escrotos. E esse é mais um do meus motivos para odiar eles.- falava o rapaz.
-Bom tirando disso. Tem gays que são diferentes um dos outros. Tipo alguns quando mais novinhos alguns são mais animadinhos... Entende?- perguntou o homem e cris balançou a cabeça pra cima e pra baixo em confirmação. E Adriano continuou:- Outros já são bem discretos, a ponto de, se ele não falar ninguém nem sabe. Ou ficam discretos depois de iniciarem relacionamentos e tudo mais.- explicou o homem e disse:- Assim no meu ponto de vista.-
- Tanto faz.- falou Cris.
-Anda vamos lá pra fora.- disse Adriano se levantando.
-Eu tenho que pegar uma blusa. Mas minhas coisa está no quarto daquele otário.- falou o rapaz com raiva lembrando de Pietro.
-Eu vou ver se eu consigo pegar as suas coisas.- disse Adriano saindo de onde estava e indo em direção ao quarto.
Nisso Miguel aparece entrando na cozinha. E avista o filho com curitivos e alguns hematomas no corpo.
-Meu filho? O que aconteceu com você? Estava brigando?- o homem começou a fazer várias perguntas.
No quarto de Pietro...
-Pietro?- chamou Adriano. Chamou mais várias vezes. E pegou na maçaneta da porta, viu que estava aberta e abriu.
Pietro estava deitado de bruços em sua cama. Seu corpo se mexia em pequenas contrações. Parecia que estava chorando.
-Pietro?- chamou Adriano, olhando para o jovem na cama.
O jovem respondeu com uma voz chorosa:
-Oi Dri. O que você quer?-
-O que aconteceu? Por que aquela explosão?- perguntou o homem se sentando na cama do jovem.
- Eu não sei... Eu fui um idiota. Eu fui muito mais que um idiota. É por isso que eu não sou ninguém. E nem tenho ninguém. Eu machuquei ele?- perguntou o rapaz.
-Machucou o rosto, deixou algumas manchas vermelhas, quebrou o celular, e parece ter abalado um pouco a confiança dele.- confessou Adriano.
-Ele nunca mais vai conversa comigo. Foi tudo culpa minha. Eu sei que eu errei. Eu perdi o controle.- disse Pietro e novas lágrimas caíram de seus olhos.
-Espera passar um tempinho, porque ele queria ir embora e eu o convenci a ficar aqui. Deixa ele interagir um pouco com o pai dele. E depois você pedi perdão a ele. Apesar dele não demonstrar, dá pra se notar que o coração dele é bom.- falou Adriano e se levantou da cama do Pietro.
-Ok. Eu não vou descer. Só mais tarde.- disse o rapaz.
- Tá bom. Essa bolsa é a dele?- perguntou Adriano ao rapaz e Pietro respondeu com um "Sim". - Vou pegar ela pra ele, e vou deixar em um quarto de hóspedes.- explicou o homem.
- Tudo bem. Agora eu só quero ficar sozinho.- o jovem disse.
-Tchau.- se despediu Adriano.
Pietro respondeu e Adriano saiu do seu quarto.
Na cozinha...
- Eu não briguei pai.- disse Cris respondeu a Miguel. E continou.- Eu escorreguei e caí da escada, saindo do quarto do Pietro só isso. Não me faça mais perguntas.- completou.
Miguel olhou maravilhado pro filho. E perguntou:
-Você me chamou de pai?-
-Chamei. Por quê?- respondeu o rapaz com outra pergunta.
- Eu fico feliz. Muito feliz vendo você me chamar de pai. E você está sentindo muita dor?- perguntou o homem.
-Não estou.- mentiu o jovem.
Adriano chega com a bolsa,Cris pega uma blusa e vesti. Adriano guarda a bolsa. E todos vão pra fora da casa.
Cristian tirou muitas fotos com Pierre, com seus irmãos e com o seu pai. Comeram o almoço. Cristian não nadou. Apenas jogou baralho com os homens que estava presentes. Aquele dia passou rápido. Mas apesar de tudo valeu a pena. Tirando a surra que Cristian levou de Pietro.
Mais a noite, Cristian estava arrumando suas coisa para ir embora. Pietro ainda não tinha dado as caras. Rubens, Miguel e todos os outros pediam que Cristian dormisse lá com Pierre. Ele dizia que não iria dar.
Deu banho no Pierre e deixou ele conversando com os tios e o avô. Foi para a suíte que Adriano tinha colocado as coisas dele. Tomou banho, enxugou e vestiu suas roupas. Estava vendo em seu celular com a tela trincada as fotos que havia tirado com o pai e o filho dele.
Alguém bateu na porta da suíte. Ele abriu e era o Pietro.
-Posso entrar.- perguntou Pietro.
-Eu já estou de saída.- falou Cris.
- Me perdoa?- fez Pietro mais uma pergunta.
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Postei graças à Deus🙌❤😘...
Espero que gostem, votem e comentem. Se Deus quiser próximos capítulos em breve...Obrigada por tudo💞.
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O Homofóbico (romance gay) ORIGINAL.
RomanceCristian é um jovem rapaz de família "humilde",pois mora apenas com sua mãe. E teve uma horrível imagem do pai contada pela mãe. Homofóbico assumido. Odeia os gays, lésbicas e demais pessoas do dito "LGBT" a ponto de ser bem macabro. Sua vida foi...