Cap.31 Me Perdoa?...

2.5K 205 27
                                    

Narrado pela autora:

-Se ele ficar revidando, um dia ele pode amanhecer morto. Ele não é melhor que eu em nada.- disse Cristian bravo.

-Olha Cris, vocês, os jovens em geral hoje em dia, vocês tem que tentar se comunicarem. Qualquer coisa hoje é motivo pra brigar.- falou Adriano.

-Seu nome é Adriano certo?- perguntou o rapaz e recebeu uma confirmação do homem.- Adriano eu não quero falar disso.- disse Cris por fim.

-Tudo bem. Vamos lá pra fora?- perguntou o homem.

-Adriano, eu só quero ir embora. Eu me sinto envergonhado. Eu não nasci pra isso. Eu não suporto pessoas assim como vocês. Eu não consigo tolerar. Eu estou me sentindo deslocado assim dizendo.- falou o rapaz.

-Você tolera sim pessoas como eu. Você parece ter assim, um amigo imaginário que te orienta a fazer o certo e logo depois o errado. Estamos dialogando a mais de uns vinte minutos e... Você não me ofendeu, está me respeitando. E por mais que você se diga homofóbico, você conseguiu me passar sinceridade no olhar.- confessou Adriano.

-Eu não tenho amigo imaginário. Minha consciência conversa comigo. Apesar que você seja gay, você não me demonstrou isso. Os viados são escrotos. E esse é mais um do meus motivos para odiar eles.- falava o rapaz.

-Bom tirando disso. Tem gays que são diferentes um dos outros. Tipo alguns quando mais novinhos alguns são mais animadinhos... Entende?- perguntou o homem e cris balançou a cabeça pra cima e pra baixo em confirmação. E Adriano continuou:- Outros já são bem discretos, a ponto de, se ele não falar ninguém nem sabe. Ou ficam discretos depois de iniciarem relacionamentos e tudo mais.- explicou o homem e disse:- Assim no meu ponto de vista.-

- Tanto faz.- falou Cris.

-Anda vamos lá pra fora.- disse Adriano se levantando.

-Eu tenho que pegar uma blusa. Mas minhas coisa está no quarto daquele otário.- falou o rapaz com raiva lembrando de Pietro.

-Eu vou ver se eu consigo pegar as suas coisas.- disse Adriano saindo de onde estava e indo em direção ao quarto.

Nisso Miguel aparece entrando na cozinha. E avista o filho com curitivos e alguns hematomas no corpo.

-Meu filho? O que aconteceu com você? Estava brigando?- o homem começou a fazer várias perguntas.


No quarto de Pietro...

-Pietro?- chamou Adriano. Chamou mais várias vezes. E pegou na maçaneta da porta, viu que estava aberta e abriu.

Pietro estava deitado de bruços em sua cama. Seu corpo se mexia em pequenas contrações. Parecia que estava chorando.

-Pietro?- chamou Adriano, olhando para o jovem na cama.

O jovem respondeu com uma voz chorosa:

-Oi Dri. O que você quer?-

-O que aconteceu? Por que aquela explosão?- perguntou o homem se sentando na cama do jovem.

- Eu não sei... Eu fui um idiota. Eu fui muito mais que um idiota. É por isso que eu não sou ninguém. E nem tenho ninguém. Eu machuquei ele?- perguntou o rapaz.

-Machucou o rosto, deixou algumas manchas vermelhas, quebrou o celular, e parece ter abalado um pouco a confiança dele.- confessou Adriano.

-Ele nunca mais vai conversa comigo. Foi tudo culpa minha. Eu sei que eu errei. Eu perdi o controle.- disse Pietro e novas lágrimas caíram de seus olhos.

-Espera passar um tempinho, porque ele queria ir embora e eu o convenci a ficar aqui. Deixa ele interagir um pouco com o pai dele. E depois você pedi perdão a ele. Apesar dele não demonstrar, dá pra se notar que o coração dele é bom.- falou Adriano e se levantou da cama do Pietro.

-Ok. Eu não vou descer. Só mais tarde.- disse o rapaz.

- Tá bom. Essa bolsa é a dele?- perguntou Adriano ao rapaz e Pietro respondeu com um "Sim". - Vou pegar ela pra ele, e vou deixar em um quarto de hóspedes.- explicou o homem.

- Tudo bem. Agora eu só quero ficar sozinho.- o jovem disse.

-Tchau.- se despediu Adriano.

Pietro respondeu e Adriano saiu do seu quarto.

Na cozinha...

- Eu não briguei pai.- disse Cris respondeu a Miguel. E continou.- Eu escorreguei e caí da escada, saindo do quarto do Pietro só isso. Não me faça mais perguntas.- completou.

Miguel olhou maravilhado pro filho. E perguntou:

-Você me chamou de pai?-

-Chamei. Por quê?- respondeu o rapaz com outra pergunta.

- Eu fico feliz. Muito feliz vendo você me chamar de pai. E você está sentindo muita dor?- perguntou o homem.

-Não estou.- mentiu o jovem.

Adriano chega com a bolsa,Cris pega uma blusa e vesti. Adriano guarda a bolsa. E todos vão pra fora da casa.

Cristian tirou muitas fotos com Pierre, com seus irmãos e com o seu pai. Comeram o almoço. Cristian não nadou. Apenas jogou baralho com os homens que estava presentes. Aquele dia passou rápido. Mas apesar de tudo valeu a pena. Tirando a surra que Cristian levou de Pietro.

Mais a noite, Cristian estava arrumando suas coisa para ir embora. Pietro ainda não tinha dado as caras. Rubens, Miguel e todos os outros pediam que Cristian dormisse lá com Pierre. Ele dizia que não iria dar.

Deu banho no Pierre e deixou ele conversando com os tios e o avô. Foi para a suíte que Adriano tinha colocado as coisas dele. Tomou banho, enxugou e vestiu suas roupas. Estava vendo em seu celular com a tela trincada as fotos que havia tirado com o pai e o filho dele.

Alguém bateu na porta da suíte. Ele abriu e era o Pietro.

-Posso entrar.- perguntou Pietro.

-Eu já estou de saída.- falou Cris.

- Me perdoa?- fez Pietro mais uma pergunta.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Postei graças à Deus🙌❤😘...
Espero que gostem, votem e comentem. Se Deus quiser próximos capítulos em breve...

Obrigada por tudo💞.

O Homofóbico (romance gay) ORIGINAL.Where stories live. Discover now