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André estava sentado no sofá da sala de Júlio trajando apenas sua cueca. Comia um sanduiche com maionese, queijo branco e peito de peru, e tomava suco industrializado de uva. Júlio comprava apenas coisas que eram rápidas de preparar, pois detestava cozinhar. Em geral, comia fora todos os dias, com exceção de quando passava trancado no apartamento, trabalhando, ou quando os amigos apareciam para uma cessão de conversas descontraídas e maratonas de filmes e seriados.

Haviam trocado poucas palavras desde o momento que terminaram a transa, no chuveiro. Júlio saiu de lá com marcas nos braços e no pescoço, porém também marcara o outro no quadril e arranhara seus braços musculosos.

Depois que saíram, tratou de ir limpar o forro do sofá, onde havia gozado. O cheiro do produto aromatizou todo o cômodo, levando para longe o aroma do sexo.

Júlio estava sentado ao lado dele, o prato com o sanduiche intocado em seu colo, seus ombros se tocando, prestando atenção nas conversas do seu WhatsApp. Estava esperando a resposta de seu amigo, Luís, que disse que estaria no evento e mesmo assim não apareceu. Já sabia o que aquilo queria dizer, já que o amigo não tinha o hábito de quebrar uma promessa. Luís levava essas coisas muito a sério e só faltava a um compromisso quando o caso era realmente grave, então o perdoou por não estar presente no evento e, contrapartida, porque ele esteve presente em todas as cessões de autógrafos e lançamentos que já fizera.

Tirou os olhos do aparelho, entretanto não encarou seu alimento, não sentia fome depois de uma foda tão gostosa. Olhou o homem ao seu lado, os gomos pulando em seu abdômen, e correu a atenção até aquele volume apetitoso entre suas pernas.

Quando seus olhos se recaíram sobre o rosto do rapaz, ele o encarava de volta, sorrindo enquanto mastigava.

— Gosta do que vê? — Júlio sorriu, contudo não respondeu. Colocou o celular no braço do sofá e pegou o sanduiche, deu uma mordida e o comeu lentamente. Estava começando a ficar preocupado com Luís, por tanto tempo ser dar notícias. — Por que mora nesse apartamento sozinho?

Júlio não achava seu apartamento grande. Era ideal para um homem solteiro. André se abaixou para pegar o copo de suco, ao lado do seu pé, e tomou um gole enquanto o outro ainda não tinha respondido.

— Porque eu gosto! Nunca quis me limitar a dividir um apartamento com meus amigos, gosto dessa liberdade de morar sozinho.

— E por que não tem um companheiro?

Júlio não esperava aquela pergunta; por isso, ergueu as sobrancelhas e encarou o outro por algum tempo.

— Eu gosto de morar sozinho! — foi tudo que respondeu, tirando outro pedaço de seu sanduiche.

André assentiu.

Júlio pegou seu copo com suco e tomou um gole para ajudar o sanduiche a descer. Falar de relacionamento era uma coisa, para ele, completamente fora da casinha, porque não pensava mais em si mesmo como um homem que casa e constrói uma família feliz.

— Eu gosto de transar, só! — André deu um risinho, parecendo contrariado.

— Percebi que gosta de uma boa foda, mas pode ter isso com um relacionamento estável.

O celular de Júlio anunciou o recebimento de uma mensagem e aproveitou para ignorar o que André havia acabado de dizer. Pegou para ver de quem era.

LUÍS: Me liga!

Era tudo que dizia e foi o que Júlio fez imediatamente.

O rapaz atendeu no segundo toque.

— Me desculpa. Me desculpa mesmo, por não ter estado lá com você! — Luís parecia meio alarmado.

FRENESI (DEGUSTAÇÃO)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن