Uma Pequena História

Por que o amo tanto? (+2)

"— Ruan, 15 anos, o safado. Eu admito, não consigo ficar um minuto sem partir pra cima do Nathan. Algumas pessoas não entenderiam o porquê mas é tipo, uma carência. Nós dois completamos um ao outro, é o que eu acho."

— Ruan?

— Oi?

— O que você estava pensando?

— Estava pensando no quão feliz estou por ter você.

— Ownntt, seu meloso. Eu também te amo.

— Vem cá! Senta aqui no meu colo!

— Sério?

—Vem logo! *Puxo ele e o coloco no meu colo*

— Safado.

— Sou mesmo. *Abraço ele colocando minha testa em seu ombro*

— Ei, eu não sou muito ativo não é?

— Como assim?

— Você sempre faz as coisas e eu fico que nem boneco inflável.

*Dou uma gargalhada*

— Tudo bem, não tem problema.

*Ele sai do meu colo*

— Deita!

— Ahn? *Ele me empurra e deita em cima de mim*

— O que houve com sua vergonha?

— Hoje acordei me sentindo diferente.

*Ele me beija lentamente colocando suas mãos na minha nuca e então coloco minhas mãos dentro da camisa dele e acaricio sua barriga lisa, fazendo leves movimentos circulares com os dedos.*

— Ver você tão ativo chega até dar medo.

— Eu estou na "bad" hoje.

— Quer conversar?

— Uhum. *Ele me encara*

— Então fala, ué.

— Você não tem amigos? Tipo, quando você era de outra escola e tals?

— Eu tinha 1 amigo, os outros eram colegas que conversava mas não cheguei a ir na casa deles.

— Quem era esse amigo?

— O nome dele é Christian, ele ainda é mais novo que você e bem menor.

— Quantos anos?

— Ele fez 14.

— Nossa que menino adiantado.

— Sim, ele é inteligente mas era, ou ainda é, muito safado.

— Que nem alguém que eu conheço.

"Nem se compara..."

— Por que você parou de falar com ele?

— Eu esqueci... Sei lá, não tenho vontade de falar com ele. O irmão dele me dava medo.

— Irmão?

— Sim, é ele que cuida do Christian. Os pais quase não ficam em casa por causa do trabalho, ele deve ter mais de 18, eu acho.

— Huuumm... Uma garota me pediu em namoro.

— O QUÊ?! QUEM?

*Ele dá uma gargalhada*

— Tô zoando! *Continua rindo da minha cara*

— Idiota!

— O que? Vai me castigar?

/ Ruan fica vermelho /

— Olha quem está vermelho agora!

*Ele põe seu joelho entre minhas pernas e aproxima seu rosto ao meu*

— Não me provoque desse jeito, você pode não gostar do quem vem depois...

— Não sei... Só vamos saber se tentar, não é? *Ele retira minha camisa e beija meu corpo*

— Nathan...? *Ele me cala com seu beijo*

"O que tá acontecendo com ele... estou tão feliz que eu podia morrer."

— Ruan, será que é um crime o que estamos fazendo?

— Isso pode ser várias coisas no olho de muita gente mas o que você realmente acha?

— Eu acho que não aguentarei mais...

— O que? Como assim?! *Palpitação*

"Ele quer se afastar de mim?!"

— Não é isso o que está pensando...

— Então fala! O que é?!

— Esquece... *Ele retira sua camisa e me abraça*

"É tão bom sentir a pele desse jeito... Eu não tinha notado mas... tem alguém duro além de mim. Agora eu entendi o que ele quis dizer..." *Dou um sorriso enquanto eu dou um cafuné*

— Ruan, está escutando um sussurro ali na porta?

— Uhum, espera... *Ele sai de cima de mim e observo a porta*

/ Os pais de Nathan estão na porta observando os dois... /

— NÃO ACREDITO! *Ele corre até a porta e a tranca*

"Ele está vermelho... igual uma pimenta!"

  —  Calma, meu delícia.

  — Como posso ficar calmo com pais desses?

/ Conversas do outro lado da porta são escutadas /

 — Você tá vendo, "mor"? Eu sempre soube que isso ia acontecer! A esperança é a última que morre!

  —  Eu sei! Conseguiu tirar as fotos?

  — Uhum, claro. Estou doida pra postar!!

—  Eu também!

/ Do lado de dentro do quarto do Nathan /

  — Fotos?! Que fotos?! *Ele abre a porta e corre atrás dos meus tios*

  —  Que bobo. *Sorri* 

"É impossível não gostar dele. Meu pai não era muito próximo ao meu tio, por isso eu nunca vi Nathan antes... eu aposto que nos daríamos bem desde o começo e talvez, só talvez... meus pais ainda estariam vivos hoje ao meu lado, junto com o Nathan e os meus tios. Pensar assim não muda, eu tenho o Nathan comigo agora e não preciso de mais nada além dele."

Fim