Segunda peça

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Victor cuidadosamente pegou a carta e um envelope,procurou por um laço também,para parecer com a carta de Otto,para ficar da maneira mais bela possível.
Existia a insegurança de Otto mudar de idéia,mas existia a possibilidade de isso dar certo.
Pegou a pequena carta na sua grande mão,a textura do papel suave e o laço vermelho que fazia contraste.
Os lábios de cor morango criaram um sorriso e falar para si mesmos:
  - Me responda,Otto.
A voz ecoou e voou pela a sala,sendo interrompido pelo o barulho do relógio.
Relógios eram a coisa que ele mais odiava,o lembrava de quanto tempo passava sozinho.
Mas,agora o relógio dizia palavras de aflição e medo
Foi em direção a porta e abriu,esperando o carteiro,sr Ausgust,que passava todos os dias
O tempo passou e o seu quase amigo não vinha,então por decisão própria foi até o correio,Victor raramente saia de sua casa que era praticamente um casulo para Victor.
O Sol brilhava pelo os cabelos loiros do alemão e cada passo andava mais preocupado de como era Otto,como o rapaz que fez aquela pequena confusão em sua mente.
A primavera em Berlim é mágica,como se saísse de um conto de fadas,e realmente era um conto de fadas,o Otto era seu príncipe encantado ou seu dragão demoníaco.
De quaisquer forma o rapaz solitário chegou aonde queria,o correio,passou o tempo e lhe entregou a carta,com o coração apertado.
Pensava se copiou o endereço que tinha no envelope,se escreveu tudo certo,se assinou Bormanm,se o laço vermelho
Sua alma ardia uma sensação sobre Otto,entretanto não sabia se era boa ou ruim.
Enquanto isso,na casa de Otto,o homem de cabelos castanhos observava o teto de sua casa,vendo o ventilador dar volta e ficar com medo dele cair em cima da cabeça dele
Mas,nisso ele se lembra de algo,Mia e sua resposta,ela provavelmente já respondeu.
Ele saiu de sua cadeira preta em frente à uma tela de computador e calçou um par de chinelos estourados amarelos e sujos
Passando pelo o piso escorregadio e nos móveis como mesas e cadeiras,um entusiasmo para ver a resposta de Mia,seu peito arfava de ansiedade de ver a garota que finalmente retomou o contato
Abriu a maçaneta dourada que se destacava com a porta preta,o barulho era escandaloso e via que se exaltava por uma simples carta.
Abriu sua caixa de correio e ali tinha uma pequena e delicada carta,que mais parecia um bilhete,mas melhor isso do que nada.
Com as próprias unhas,rasgou a carta e puxou o que tinha dentro lendo cada palavra com uma  sensação diferente e virando suas costas para a caixa de correio,dando passos de volta para sua casa enquanto ainda lia e relia.
Os olhos azuis de Otto se concentravam na carta,não porque ela respondeu,mas o que ela respondeu
O que Victor havia respondido
Respirou fundo e pensou com a mente e seriedade
Se realmente iria continuar com o que começou com sua primeira carta.
Victor,por sua vez,se sentou em seu quarto e imaginou sobre como Otto se parecia,com uma xícara de chá que ficou no criado-mudo ao lado da cama,uma imagem de um homem subia a mente,era tanta coisa na sua mente que tinha que colocar no papel.
O alemão sempre foi amante e observador das artes,sendo a fina e delicada aquarela até o duro e grosso grafite preto
Pegou um lápis e borracha da gaveta,sua xícara de chá e um papel em branco,foi em direção a escrivaninha do seu quarto e ligou um abajur para melhorar a vista.
O barulho da caneta deslizando em formatos e linhas e o cheiro quente do chá faziam Victor se encontrar em seus poucos momentos de paz,coisa que não tinha desde que se lembre.
De traço em traço se forma uma figura,era um desenho realista,um homem de cabelos curtos e olhos profundos,porém acolhedores,um sorriso que Victor não cansava de passar o lápis sorrir pensando como era aquele verdadeiro sorriso.
O desenho lhe empolgou tanto que iria pintá-lo,coisa que não fazia a anos,foi em direção a um armário branco que tinha uma maleta no fundo junto com tintas e quadros de uma mulher.
A maleta estava em puro pó que o loiro tossiu um pouco,mas após abrir a maleta revelou um arco-íris de cores.
O pincel,leve e suave,pegava a tinta e pintava o  papel levemente rabiscado
A obra mostrava um loiro de olhos azuis claros e pele branca,estatura média e um sorriso comprido e algre.
O momento de paz e arte foi interrompido pela a lembrança da última vez que pintou um "retrato"
Está é uma memória que o prende no chão e por isso ele nunca vai seguir em frente...

A Última Peça Do Quebra-cabeça Where stories live. Discover now