Capítulo 1

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Faziam dois dias que meu irmão estava em São Paulo eu estava ansiosa por notícias, será que tudo deu certo?  E o casalzinho se acertado? Como eles podiam me deixar sem qualquer sinal de vida por tanto tempo? Questionava-me...

Sentada em meu escritório e peguei minha agenda de contatos que estava em cima de minha mesa de madeira envernizada, procurei o número do celular de minha amiga, era bem provável que Apolo estivesse com ela. Falando em Lili, precisava esclarecer algumas coisinhas com aquela tratante, como ela ousou sair daqui, deixar apenas uma carta, aquilo me deixou brava o bastante para exigir um pedido de desculpas pelo menos e eu não deixaria barato. Ela sempre arrumava um jeito de colocar barreiras entre nós depois da minha saída de São Paulo e foi uma ótima surpresa tê-la por perto, ou seja, dessa vez eu não permitiria que ela colocasse nenhuma barreira, ela sempre será minha melhor amiga, mesmo que briguemos seremos irmãs de outros pais.

Mexi em meus cabelos cacheados igualzinho ao cabelo de meu irmão, a maior diferença era no tamanho, pois o meu era tão grande quanto o da Rapunzel, brincadeiras a parte, meu cabelo batia no final das costas.

Comecei a dedilhar nas teclas do telefone, que chamou duas vezes e já foi atendido.

—  Alô?

— Alô, ainda se lembra da sua amiga? — Falei brincando.

— Oi Aninha.

— Oi Lili, aliás, precisamos de uma conversa. Sobre sua cartinha quase impessoal, sua descabeçada tinha que ser desse jeito ou não seria você, né? Apesar de tudo você só me peça desculpas, faça meu irmão feliz e estará perdoada.

— Só. —Ela brincou.

— Só, sou um anjo e não tenho a intenção de torturá-la psicologicamente.

— Sinto muito Aninha, sabe como sou impulsiva, me desculpe qualquer dia volto ai para me desculpar com o restante do pessoal.

— Pode vir, acredito que terá que ensaiar bastante já que todos se apegaram a você e não são tão flexissíveis quanto eu.

— Eu sei, mas mudando de assunto hoje mesmo te transfiro o dinheiro pelos dias que fiquei hospedada em sua casa.

— Lili de novo com esse papo?

— Vou me sentir mal, se não retribuir de alguma forma a estadia e a recepção de vocês.

— Lili para de ser besta, não precisa foi bom ter você por perto esses dias.

— Eu insisto Aninha.

— Certo, vamos fazer assim, quando meu irmão maravilhoso se lembrar que tem que voltar algum dia para o casarão eu vou ai e passo alguns dias, resolvido? Nossa esqueci-me de perguntar, Apolo está bem? Está ai com você? Fizeram as pazes? Já se assumiram?

— Calma Ana, uma pergunta por vez . — Disse Alice rindo.

— Ele some e não manda notícias se esquecendo completamente da irmã, eu me preocupo com vocês, seus tratantes.

— Tá certo Aninha, passarei o telefone para ele. — Percebi a felicidade na voz da minha amiga que me fez respirar aliviada.

— Passa logo. Lili quero dar meu sermão nele também. — Ri.

— Mana sua linda.

— Pode parar com a bajulação Apolo. Lembra que tem uma irmã? Sabe aquela pessoa que  quase teve um troço do coração todos esses dois dias, toda vez que o telefone tocava a mente pensava tantas coisas, não sabia se era uma notícia boa ou ruim sua. Então... Essa sou eu.

SENTIMENTO DESCOBERTO - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now