Medical Army

Capitulo 1

Adm: Alô alô galerinha, é a minha primeira fanfic sobre esse tema. Espero que gostem.
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— Eu preciso de um dreno!!!

Theodora Altman, ou Teddy, como gostava de ser chamada, não estava nem um pouco feliz com a instabilidade do paciente. A militar não tinha motivos para sorrir por aquilo, ela queria enfiar os monitores na cabeça de alguém para que eles parassem de apitar, ela já sabia o que estava acontecendo.

" — Não temos um dreno."

As palavras do auxiliar fizeram om que a mulher loira dos olhos verdes ficasse cada vez mais irritada. Ela não dormia a dois dias e depois de uma cirurgia demorada ela ainda era obrigada a cuidar do pós operatório.

— O QUE? - sua voz elevada fez com que os outros na tenda levantassem o olhar e de despertarem para ajudá-la. Teddy respirou fundo tentando sentir ao máximo o ar em seus pulmões e se virou para o auxiliar. - Tudo bem. Eu vou usar um tubo comum. Bisturi!

Não estava tão supresa com o fato de não terem o equipamento necessário, a tempos ela já convivia diretamente com o improviso.

"— Deixa que eu faço."

A voz familiar se fez presente o que ocasionou com o deslocamento de Teddy para o lado do paciente. Owen Hunt havia entrado no local completamente preparado. O homem com cabelos ruivos evitou dar um sorriso mascarado assim que notou as expressões descontentes da mulher. Ela era sua melhor amiga a dois anos e ele a conhecia melhor do que ninguém.

— Bisturi! - o homem disse de forma imperativa, o que fez com que a mulher sorrisse de canto e aplicasse o resto do líquido da anestesia entre as costelas no paciente.

Theodora posicionou os dedos, já que não havia outra forma de medir o espaço naquele momento, e marcou o lugar rapidamente antes que Owen fizesse a incisão. O paciente sem identificação estava dopado o suficiente pela dor para que não gritasse, o que era um alívio, ninguém gostava muito de desespero por ali. Hunt inseriu o tubo com precisão, retirando todo o sangue acumulado, antes que virasse um coágulo. Coágulos não são como câncer na medicina, porém fazer um estrago tanto quanto.

As luvas da dupla se mancharam de sangue, assim como seus uniformes, mas aquilo era algo que eles já haviam se acostumado. Se não era seu próprio sangue, era o sangue de outra pessoa, e você nunca sabe quando terá que derrama-lo. Assim que os monitores voltaram ao barulho normal, Owen suspirou aliviado, arrancando as luvas e limpado o suor em sua testa. Se dissesse que já havia se acostumado com o calor, estaria mentindo, ele o detestava, mas era obrigado a lidar com ele. Sua aparência relatava cansaço, mas não tanto quanto a da melhor amiga. Ele havia acabo de levantar de um leve momento de sono. 3 horas, não conseguia mais do que isso a um bom tempo. Pesadelos eram um problema, e Teddy era a única que sabia sobre eles.

— Teddy, você precisa de... - a mão da mulher derrubou a bandeja de instrumentos, então Owen agiu rapidamente, levando-a para fora da tenda.

Tinha noção do quanto era teimosa, e se recusaria a dormir até desmaiar em pleno campo de batalha. Não existia muitas mulheres por ali, porém todas as unidades a respeitavam o máximo.

— Você precisa dormir, e dormir direito. Não ouse abrir a boca para discordar, Theodora. Vamos logo com isso, eu vou estar com você, okay? Nada vai acontecer. - Teddy afirmou com a cabeça tentando prestar atenção nas palavras do ruivo. Sabia que ele estava se referindo aos sonhos ruins, mal sabia ele que os pesadelos que ela tinha, geralmente envolviam em o perder.

Arrastada para a tenda, a loira tirou a cobertura que mantinha a temperatura de seu corpo, relevando apenas a blusa branca colada. Owen não olhou, não podia olhar. Ele tinha Beth, a noiva comum, segundo sua irmã, a esperando em casa. Ele não podia, mas se pudesse, desejaria fazer mais que olhar.

— Owen... eu tinha que estar na emergência. E se algo explodir? - Altman bufou se jogando na parte de baixo de uma das beliches, amanhã eles se moveriam para dentro de Bagdá, ela precisava estar pelo menos um pouco mais disposta daqui algumas horas. - Eu vou ouvir, claro. Mas não ouse sair daqui, se não eu vou te caçar e atirar na sua perna, assim você pode voltar pra casa.

Droga, Teddy. Pensou. Por que você nunca pensa quando precisa falar com ele? É apenas o Owen, tente agir normalmente, e não como se estivesse uma queda por ele.

A loira se repreendeu mentalmente e soltou um último suspiro enquanto Hunt se sentava na beirada da cama, retirando as botas dela.

— Nada vai acontecer, então trate de descansar antes que eu mesmo apague você. - Owen riu com a careta feita por ela e encostou a cabeça no suporte da beliche.

O alojamento estava vazio aquela hora do dia, Megan chegaria logo com a unidade, e Riggs estava ocupado demais com a mão dentro de um tórax aleatório. Eles estavam sozinhos, e o silêncio falava por si só. Era como se Owen e Teddy soubessem tudo que o outro estava pensando. Ela virou o corpo, deixando de encarar os olhos do homem e fechou os seus por um breve momento. Como se todas imagens horríveis desaparecessem, um sentimento de alívio percorreu o seu corpo. Ela poderia estar em uma zona de guerra, mas seu melhor amigo ainda podia fazer com que se parecesse um pouco com o paraíso.