Era ele, o mesmo garoto que havia esbarrado. Ele me olhava intensamente, estava todo molhado, aquela água escorrendo em seu rosto realçava ainda mais seus olhos azuis. Ele parecia reclamar sobre algo, é então que tiro o fone.
-Você perdeu o juízo, garoto? Você é idiota?
Eu não entendia o porquê de tanta raiva.
-Aro: Eu já te pedi desculpas, não queria esbarrar em você.
Ele parou, segurou os meus dois braços e me olhou com uma cara estranha.
-Não estou falando disso, garoto. Será que da pra você tirar o fone e prestar atenção? Ele falava de um jeito que expressava a sua raiva.
E é quando eu percebo que quase havia sido atropelado, o motorista perguntava se eu estava bem, perguntando se precisava de algo, se queria ir ao hospital. Ele estava se sentindo culpado -Mas a culpa era toda minha- repondo que estava bem e não precisava de nada, ele vai para o carro e segue caminho. Algumas pessoas presenciaram a cena, elas olhavam pra mim com uma cara de reprovação.
Ele continuava me olhando fixamente.
-Aro: Obrigado, eu estava distraído. Se não fosse por você.. Fui interrompido por ele.
-Você foi um idiota, preste mais atenção.
Ele falou com tom de seriedade.
Ele vira as costas e vai embora... As pessoas já haviam seguido os seus respectivos caminhos. Eu fiquei lá, sentado por mais dois minutos, depois me levantei e fui embora.
No ponto de ônibus, algumas pessoas me olhavam estranho e conversavam entre si, pus o fone de ouvido, apertei play e fiquei observando a chuva cair com brutalidade. Eu estava encharcado, estava um pouco frio. Os minutos se passavam e nada do "meu" ônibus passar; Via o ponto secar a cada minuto, até que só restaram duas pessoas, eu e outro garoto.
Ele parecia muito nervoso, espera, Humm, ansioso, essa é a palavra certa. Ele batia o pé com muita força no chão, fazendo um barulho irritante. Dois minutos se passaram e ele não parava de bater o pé.
-Aro: Você quer parar de bater o pé? -Aquilo estava me incomodando muito-
O seu nome era Joaquim, tinha 17 anos, mais alto que eu, barbudo e, bem atraente.
Ele me olhou um pouco sério, deu um sorriso amarelado e disse:
-Joaquim: Não percebi que estava te incomodando, Aro.
-Aro: Como você sabe o meu nome? -fiz uma cara séria, ou tentei. rsrs-
-Joaquim: Nós estudamos juntos. Prazer, me chamo Joaquim.
Ele se aproximou de mim e me deu um leve aperto de mão. Eu não havia percebido que éramos da mesma turma. Após as apresentações conversamos mais um pouco. Cerca de 5 minutos depois, meu ônibus chega.
-Graças a Deus- pensei comigo mesmo. Me despedi do Joaquim e subi no ônibus.
Por causa da chuva o ônibus nao estava muito cheio. Fui até uma cadeira vazia que estava no meio, me sentei e comecei a ler. A chuva fazia o dia parecer mais cedo, era como se as horas não passassem. Li três capítulos do livro, sabe, era muito bom. Mas fui interrompido por meu celular vibrando.
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O Garoto Do Ônibus (Romance gay) EM CORREÇÃO
Romance"Às vezes, quando caminhos se encontram, novas histórias começam." Aro, garoto de 18 anos tenta recomeçar sua vida em uma nova escola, e lá, ele irá encontrar o amor e o ódio. Guerras serão travadas, caminhos cruzados, amores roubados. Nada será co...