#4 Anjo da Guarda

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Era ele, o mesmo garoto que havia esbarrado. Ele me olhava intensamente, estava todo molhado, aquela água escorrendo em seu rosto realçava ainda mais seus olhos azuis. Ele parecia reclamar sobre algo, é então que tiro o fone.

-Você perdeu o juízo, garoto? Você é idiota?

Eu não entendia o porquê de tanta raiva.

-Aro: Eu já te pedi desculpas, não queria esbarrar em você.

Ele parou, segurou os meus dois braços e me olhou com uma cara estranha.

-Não estou falando disso, garoto. Será que da pra você tirar o fone e prestar atenção? Ele falava de um jeito que expressava a sua raiva.

E é quando eu percebo que quase havia sido atropelado, o motorista perguntava se eu estava bem, perguntando se precisava de algo, se queria ir ao hospital. Ele estava se sentindo culpado -Mas a culpa era toda minha- repondo que estava bem e não precisava de nada, ele vai para o carro e segue caminho. Algumas pessoas presenciaram a cena, elas olhavam pra mim com uma cara de reprovação.

Ele continuava me olhando fixamente.

-Aro: Obrigado, eu estava distraído. Se não fosse por você.. Fui interrompido por ele.

-Você foi um idiota, preste mais atenção.

Ele falou com tom de seriedade.

Ele vira as costas e vai embora... As pessoas já haviam seguido os seus respectivos caminhos. Eu fiquei lá, sentado por mais dois minutos, depois me levantei e fui embora.

No ponto de ônibus, algumas pessoas me olhavam estranho e conversavam entre si, pus o fone de ouvido, apertei play e fiquei observando a chuva cair com brutalidade. Eu estava encharcado, estava um pouco frio. Os minutos se passavam e nada do "meu" ônibus passar; Via o ponto secar a cada minuto, até que só restaram duas pessoas, eu e outro garoto.

Ele parecia muito nervoso, espera, Humm, ansioso, essa é a palavra certa. Ele batia o pé com muita força no chão, fazendo um barulho irritante. Dois minutos se passaram e ele não parava de bater o pé.

-Aro: Você quer parar de bater o pé? -Aquilo estava me incomodando muito-

O seu nome era Joaquim, tinha 17 anos, mais alto que eu, barbudo e, bem atraente.

Ele me olhou um pouco sério, deu um sorriso amarelado e disse:


-Joaquim: Não percebi que estava te incomodando, Aro.


-Aro: Como você sabe o meu nome? -fiz uma cara séria, ou tentei. rsrs-

-Joaquim: Nós estudamos juntos. Prazer, me chamo Joaquim.

Ele se aproximou de mim e me deu um leve aperto de mão. Eu não havia percebido que éramos da mesma turma. Após as apresentações conversamos mais um pouco. Cerca de 5 minutos depois, meu ônibus chega.

-Graças a Deus- pensei comigo mesmo. Me despedi do Joaquim e subi no ônibus.


Por causa da chuva o ônibus nao estava muito cheio. Fui até uma cadeira vazia que estava no meio, me sentei e comecei a ler. A chuva fazia o dia parecer mais cedo, era como se as horas não passassem. Li três capítulos do livro, sabe, era muito bom. Mas fui interrompido por meu celular vibrando.

O Garoto Do Ônibus (Romance gay) EM CORREÇÃOWhere stories live. Discover now