Capítulo Dezoito

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- Só isso. - Ele disse depois de um breve silêncio.

- Eu já entendi você não quer mais saber de mim não é mesmo. - Me levantei rapidamente.

- Espera. - Ele disse enquanto segurava em minha mão. - Porquê você acha que eu iria deixar você escapar de mim só por cause de um detalhe…

- Detalhe? - O interrompi

Isso só podia ser impossível ele por incrível que pareça acabou de me dizer que o fato de eu ter câncer era apenas um detalhe.

- Sim. - Ele se levantavou. - Olhe para o céu. - Pediu.

- O que você vê?

- O que você está....

- Só me responde. - Ele me interrompeu e eu olhei em seus lindos olhos e decidi fazer o que ele havia me pedido.- O que você vê?

Eu não estava entendendo o que ele estava tentando fazer me fazendo essa pergunta, porém olhando seus lindos olhos verdes e aquele cabelo loiro que agora sobe a luz da lua parecia ser branco.

Depois de um breve momento percebi que ele me olhava na espera de minha resposta. - Apesar de eu não saber exatamente o que dizer. - Então optei por simplesmente entrar naquela onda e me deixar levar.

- Vejo estrelas a lua…

- Pronto, agora me diga, o que brilha mais no céu a lua ou as estrelas?

- A lua. - Respondi ainda sem entender aonde ele queria chegar com aquilo.

Ate então estava tão feliz por finalmente encontrar alguem que aparenta ter o mesmo pensamento que eu  mais agora com todo aquele suspense um certo receio comecou6a nascer dentro de mim, mais parei de pensar nisso assim que ouvi sua voz suave.

- Então....olha a lua, ela é diferente de tudo o que podemos ver, em meio a tudo no céu ela é a única coisa diferente que podemos observar a olho nu, mais sabe o que é mais interessante, apesar de estar rodeada de estrelas que tambem brilham ela é o que mais chama atenção e agora vou lhe dizer a melhor parte, ela é uma das mais importantes e isso a torna ainda mais encantadora, o fato de ser diferente não a torna em algo ruim muito pelo contrário apenas da um valor maior a sua existência.

- O que isso tem haver comigo?

- Olhe apesar do câncer te tornar alguém diferente pra sociedade, também a torna especial, você é um exemplo disso, todos a sua volta aprendem algo com você de um jeito ou de outro eles aprendem que temos que viver a vida.

Intensamente e que se dane tudo que te impeça de realizar isso, porque a vida é uma pequena sequência de momentos então que sejam todos momentos inesquecíveis, você nos mostra que apesar de tudo que possa acontecer de ruim sempre vai haver uma porta dos fundos aberta a sua espera.

Assim que ele acabou de falar percebi que meu rosto estava molhado e lágrimas escorriam dos meus olhos, eram lágrimas de alegria por finalmente um sonho tão esperado estar se tornando realidade diante dos meus olhos.

Aquilo só podia se mentira e por um momento tive  medo de, de repente acordar e perceber que tudo aquilo não passou de um lindo sonho. Mas mesmo assim prefiro acreditar que é real e com todas as minhas forcas desejar que seja o primeiro de muitos.

Eu sei posso estar parecendo uma idiota agindo assim, mais quando você vive uma vida na qual você e apenas um borrão de tinta em um lindo quadro você fica feliz em saber que para alguem aquele borrão e uma bela obra de artes.

Nos sentamos novamente e o Bry me abraçou, e foi a melhor sensação que eu ja senti, ficamos ali em silêncio apenas sentindo tudo ao nosso redor nos inundar com sua magnitude. E naquele momento parecia que finalmente o universo estava a meu favor e enfim tinha conseguido me livrar de um fardo.

Tudo estava tão perfeito que nem havia me dado conta da hora e quando peguei o meu celular para ver que horas eram me surpreendi.

- Droga. - Saiu de minha boca antes mesmo que eu pudesse controlar.

- O que foi? - Sussurrou me olhando com curiosidade e um ar de quem não havia entendido minha reação.

- Ja esta tarde. - Me levantei rapidamente e fazendo isso só depois percebi que havia saído abruptamente de seus braços, o que por parte era ruim pois estava cada vez melhor estar em seus braços, mais por outro lado era algo necessário a se fazer.

- Tarde, mais ainda vai dar dez horas. - Ele estava olhando pra tela de seu celular e quase mudei de ideia ao ver seus olhos levantarem e novamente olhar fixamente para mim.

- Se você conhecê-se o meu pai não diria isso. - Falei e logo percebi ele se levantando quase que automaticamente o que seria engraçado se aquilo tudo não fosse realmente verdade.

- Então acho melhor irmos logo. - Ele disse sorrindo.

Começamos  a caminhar de volta para o carro quando chegamos no mesmo começou a chover ele abriu a porta do carro para mim, e assim que entrei fiquei a espera dele dar a volta, e ao entrar ele pegou uma toalha que havia no banco de trás e comecou a se secar desesperadamente o que era estranho mais desside manter esse pensamento comigo.

- Nossa parece que alguém resolveu nos dar um motivo para irmos logo.

O caminho de volta também foi muito silêncioso acho que depois da conversa que tivemos nenhuma outra palavra precisava ser dita ou melhor nenhuma palavra que fosse dita, agora poderia mudar ou estragar tamanha felicidade proporcionada por aquele magnifico momento.

Eu ainda tava sem acreditar que tudo aquilo que havia acabo de acontecer o jeito como ele me tratou, mesmo depois de saber a verdade, a forma como seu toque conseguia me anestesiar tudo de ruim e acima de tudo o jeito que ele me enxergou não como alguém doente mais como realmente sou.

Meus olhos começaram a pesar, meu corpo começou a ficar desordenado e a escuridão pouco a pouco foi tomando conta de mim até que não sobrasse mais nada.

Quando finalmente abri os olhos percebi que sol já havia nascido e a sua luz estava sobre mim, e quamdo olho para o ligar onde estou sp entap me dou conta de que estou em minha cama, levanto correndo me perguntando como eu tinha vindo parar aqui e o mais importante. Será que tudo aquilo foi um sonho.

Não.

Não poderia ser. Algo em mim dizia que aquilo não era um sonho mais o meu coração acelerou e o medo começou a aumentar em mim então sai correndo do quarto e fui procurara pelo meu pai.

- Pai. - Sai gritando pela casa.

- Aqui Beca. - Ele respondeu.

Sai correndo em sua direção e quando o encontrei não sabia o que exatamente perguntar nem mesmo o que fazer mais oarrce que estava no modo automático e tudo acontecia quase que por impulso.

- Pai como cheguei em casa. - as palavras começaram a ter vida própria em minha boca e quando me dei conta ja estava gritando de novo. - Me diz pai diz que ontem eu não fiquei em casa no meu quarto. - Minha voz estava alterada e o Jack estava aparentando não estar entendendo o que eu dizia.

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⏰ Last updated: Oct 11, 2017 ⏰

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