Difícil é esquecer...

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«1 semana depois»

→Âmbar PVO←

Hoje faz uma semana que eu estou enfiada dentro do meu quarto.
Eu mal como ou saio daqui.
Não estou indo para escola, não estou falando com ninguém, a única coisa que não sai da minha cabeça é o Simón.
Eu achei que era apenas um erro e uma bobagem, mas estou realmente apaixonada por ele, mas não posso ficar com ele.
Ele vai ficar melhor sem mim, eu não mereço o amor dele, mereço ficar sozinha e pagar por todas as besteiras que eu já fiz.
Não quero magoa-lo, então é melhor ficar afastada, não fazer ele sofrer e nem machuca-lo.
Luna sempre tenta falar comigo, mas nunca atendo a porta, ou respondo suas chamadas.
Minha madrinha só vem aqui para me dar sermões e dizer que eu sou um fracasso.
No momento estou deitada, com as teimosas lágrimas escorrendo de meu rosto enquanto lembro de Simón.
Eu passei tão pouco tempo com ele, e esse pouco tempo me fez ficar tão apegada a ele, ta necessitada de seus braços acolhedores, de seus lábios macios. Mas lembro de que não posso ter ele, não posso ter o que eu não mereço.
Ouvi batidas a porta e ignorei, até ouvir a voz da minha madrinha me mandando abrir a porta.
Me levantei rapidamente e sequei minhas lágrimas, indo até a porta e a abrindo.

Sharon; Até quando acha que vai ficar trancada nesse quarto?

Âmbar; Não sei madrinha, não me sinto bem em sair daqui.-ela me olhou de cima a baixo-

Sharon; Olha pra você, um fracasso -disse com desgosto-
Você não merece o sobrenome Benson. É só uma fracassada que fica chorando pelos cantos por bobeiras.

Âmbar; Não é uma bobeira! -gritei, sentindo meu rosto queimar com seu tapa ardente em meu rosto.-

Sharon; Não se atreva a gritar comigo! Você não é nada! Não tem o direito de falar nesse tom comigo. Ponha-se no seu lugar, tenho vergonha de que seja alguma coisa minha! -sai-

Âmbar; -ela saiu batendo a porta, meu rosto começou a ficar molhado por causa das lágrimas que insistiam em cair, não as segurei, só me deitei na cama, me encolhendo ali, me permitindo chorar enquanto minha mente e meu coração pediam por Simón naquele momento, para ele me dar aquele abraço acolhedor que só ele sabe.

→Simón PVO←

E novamente, Luna está aqui em casa tentando me convencer de sair de casa e comer alguma coisa.

Simón; Não estou com fome, tá legal?

Luna; Não, não tá legal não! Você tem que comer, emagreceu um pouco, e está a uma semana infurnado nesse quarto!

Simón; Pra que sairia dele? Ninguém me quer mesmo.

Luna; -respirei fundo- Simón, não fala isso.

Simón; É a mais pura verdade Luna! Você nunca gostou de mim enquanto eu gostava de você, e agora a garota que eu mais amo, não me ama e não quer saber de mim!

Luna; Simón, você já parou pra pensar que a vida está te preparando para algo maravilhoso.

Simón; Não acredito nessas coisas Luna, eu sempre me ferro! Eu só queria a Âmbar.

Luna; Por que não vai falar com ela?

Simón; Ela não iria querer me ver. Eu sinto tanta falta dela, e pensar que ela se entregou pra mim...

Luna; Como assim?

Simón; Ela era...você sabe...

Luna; E ela confiou em você?

Simón; Sim, mas eu acho que eu estava errado, ela não confia em mim e nem me ama, ela mesma disse.

Luna; Simón, para nós mulheres, virgindade é uma coisa muito importante, a primeira vez é algo muito importante, e nós só queremos te-la com a pessoa que a gente ama. Acha mesmo que ela não te ama?

Simón; Luna, você não está entendendo, ela disse na minha cara que não me ama.

Luna; Já passou pela sua cabeça que ela pode estar mentindo?

Simón; Por que ela mentiria?

Luna; Simón, deixa de ser lento! Você não disse que ela falou que você merece alguém que te faça feliz?

Simón; Sim.-disse magoado-

Luna; Simón, Âmbar está achando que não merece seu amor.

Simón; M-mas por que ela não mereceria?

Luna; Você sabe que Âmbar já fez muitas coisas ruins no passado, e você sempre foi doce e carinhoso, ela não deve estar se achando boa o suficiente para você.

Simón; Por que acha isso?

Luna; Eu sempre sei tudo meu filho.-disse beijando meu ombro e rindo-

Simón; Ainda tenho minhas duvidas.

Luna; Simón, para de cu doce e levanta dessa merda de cama! Você vai tomar um banho, vai colocar uma roupa e vai atrás da tua mulher! -o puxei pelo braço, usando todas as minhas forças pra joga-lo no chão, até por que Simón é pesado demais.-

(...)

Luna; Pronto, agora ta cheiroso!

Simón; Isso não vai dar certo...

Luna; Pensamento positivo criatura! Eu já chamei o motorista e eu vou até lá com você.-descemos e o Tino já estava lá embaixo, fiz aquela criatura entrar no carro e entrei logo em seguida pedindo para Tino nos levar até a mansão, em poucos minutos chegamos .- Vem anda! Sai do carro!

Simón; Só você...ela não vai querer falar comigo! -sai do carro-

Luna; Claro que vai! Você vai entrar pela janela.

Simón; Tá louca Luna? O quarto da Âmbar é no andar de cima!

Luna; Para isso que tem a árvore né.

Simón; Tu ta querendo me matar?

Luna; Se tu ficar de teimosia essa vai virar uma possibilidade. Anda!

Simón; -suspirei e fomos até atrás do jardim, onde tinha uma arvore grande, que parava bem perto da varanda da loira. Me apóie ali e subi na árvore, conseguindo chegar até a varanda do quarto dela.
Pulei na varanda e olhei para Luna que tava pulando que nem maluca, ri, essa garota é doida.
Respirei fundo e entrei devagar em seu quarto, me deparando com a loira que estava toda encolhida em sua cama com as mãos no rosto, podia ouvir seu soluço. Rapidamente fui até ela, me sentando ao seu lado e puxando seu corpo fazendo o mesmo colar ao meu. Passei minhas mãos em suas costas e quando ela percebeu que era eu, ela passou seus braços envolta da minha cintura e me abraçou encostando a cabeça em meu peito, permitindo-se chorar.
Acariciei seus lisos e macios fios loiros e beijei sua testa. Que saudade dela, do seu cheirinho de morango...- Não chora não minha loira. Eu to aqui...-ela chorava tanto que eu já estava preocupado, ela soluçava tanto, que seu corpo tremia, estava bem frio aqui, e ela só estava com uma blusa grande e longa.
Me deitei na cama com ela e puxei o Edredom nos cobrindo.- Ei, se acalma...-comecei a cantar perto de seu ouvido e seu choro foi cessando até parar, a apertei em meus braços a aquecendo e ela apertou mais seus braços em minha cintura como se na quisesse me soltar.-

-Naquele momento Âmbar percebeu o quanto Simón era importante para ela, ele virou seu alicerce, aquele que a protegia e a acolhia quando ela necessitava, mas em sua cabecinha, a loirinha achava que não merecia o amor do moreno, todo o carinho que ele a dava, por achar ser uma garota ruim e egoísta, sim, ela já foi malvada, mas o amor de Simón quebrou todo o ódio e ruindade que existia em seu coração, deixando a menina frágil e delicada sair, aquela por quem Simón se apaixonou, era a verdadeira Âmbar, a que sofria, a que chorava, e a que sem perceber amava o moreno.

Continua...

Depois de TudoWhere stories live. Discover now