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   Já é segunda-feira e nada de estranho aconteceu- graças a Deus- fiquei com medo de algum daqueles caras aparecesse na minha porta querendo informações, sei é loucura dá minha cabeça, mas não vou tirar essa hipótese, sei lá vai que eles apareçam.

   Digito os nomes dos visitantes dá empresa, hoje veio alguns estudantes universitários para ver como funciona a empresa, isso lembra-me quando estava na faculdade, sim já fui uma universitária, fiz o curso de administração, cheguei a terminar e também trabalhar, só que... Me desgostei, enfim não quero me recordar.

- Você já anotou?- Lorena pergunta-me mexendo em seu cabelo.

- O que?- estava destraída não prestei atenção no que ela disse.

- Perguntei se já anotou os nomes- olho para ela processando o que disse- o que você tem? Parece está na lua.

- Nada... Sim terminei de anotar.- olho para tela do computador terminando os afazeres.

- Você está estranha!- Lorena apenas diz isso e volta ao seu trabalho.

   Olho para o balcão em transe, lembrando-me de sábado nunca havia me acontecido isso, não estou com trauma, nada disso só estou com... Medo!

- Vou ao banheiro.- avisa Lorena. Assinto com a cabeça confirmando que compreendi e volto ao olhar a tela do computador.

  Alguém bate no balcão, levo minha vista para pessoa e é um entregador de meia idade com lindas rosas vermelhas na mão. Deve ser bem pra vaca dá Anna, ultimamente está recebendo muitos presentinhos do senhor Johnson.

- Bom dia- diz o entregador e eu respondo um bom dia sorridente- você é Bárbara? Se for minha senhorita essas flores são para você.

- Sim, sou Bárbara- levanto-me e pego as flores em meu braço- quem mandou?

- Não sei senhorita, apenas faço entregas. Deve está escrito no cartão.- o buquê é tão grande que nem percebi que tinha um cartão.

- Oh é mesmo- sorriu- obrigada senhor.- o mesmo retribui o sorriso e dá um aceno com a mão.

  Analiso o buquê e acho que foi caro, só pelo o tamanho e a quantidade de rosas, ponho meu nariz perto das rosas e o cheiro é maravilhoso.

- Mais um para Anna, esse Johnson não cansa de dar presentes para cobra...

- Não são para Anna- interrompo Lorena.

- Se não é para Anna, é para quem então?- minha amiga tem o sorriso enorme de orelha a orelha estampado no rosto. Ela deve está achando que é para ela.

- São minhas!- uma expressão de surpresa toma lugar do sorriso que segundos atrás estava.

- Suas? E quem mandou?

- Já iria ver.- pego o cartão procurando informações.

- O que as ratazanas estão fazendo- a vaca dá Anna aparece na hora que iria ler, ela olha para as rosas- não acredito, que o Johnson me mandou essas rosas, são lindas- ela ergue suas mãos para que eu dê- mal educada, sua mãe não a ensinou que é falta de educação ler as cartas dos outros- ela ergue de novo as mãos- tá esperando o quê ariranha, me dê.

- Essas rosas são minhas!

- Suas- diz com deboche- quem iria mandar rosas pra você? Um cego né, me dê logo minha paciência está zero.

- Já disse essas rosas são minhas.- Lorena se intromete.

- Pensa que é só você que ganha rosas Anna- sei muito bem o que Lorena quis dizer "vadia".

A Amante Where stories live. Discover now