• 11 • Diga que me Ama

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Assim que a porta se abrira Dominic soltou a caneta observando Lady Farriet adentrar em seu escritório. Quando Joseph lhe informara da visita que o esperava não parou de perguntar -se o por que de sua vinda até ali. Ninguém vinha até ele e, isso não era ruim, na verdade, era seu desejo. Não possuía vínculos com Lady Farriet, apenas uma amizade de seu pai com o falecido da viúva. Nada de suma importância.

—Boa tarde Lord Cunningham. —cumprimentou-o de nariz em pé, o que não agradou muito o duque, mas também não o impediu de esticar a mão em um aceno, mostrando a poltrona à sua frente a qual a senhora deveria sentar-se.

Lady Farriet acomodou-se passando seus dedos enrugados sobre a poltrona, sentindo o material ao qual fora usado para ser construída, o mais caro de todos.

—Ao que devo a honra de sua ilustre presença? —recostou-se em sua poltrona vendo Georgina colocar um papel sobre a mesa.

—Está coluna grotesca que falou de várias pessoas da sociedade e que agora usa vossa graça para ganhar público.

—Não passam de coisas inventadas senhora Georgina Farriet. São mentiras.

—Mas...  São insultos, difamações e calúnias. Isto suja vosso nome, o denigre. Tens de fazer algo.

—Então veio até aqui para dizer o que um duque deve fazer?

—Por vossa graça e por todos nós que fomos atingindos.

—Atingidos com a verdade?

Georgina abriu e fechou a boca várias vezes, primeiro tentando entender o que o duque queria dizer e depois ao procurar de uma resposta. —Não passam de insultos e vossa graça falta com respeito ao dizer isto.

—Lady Farriet, todos sabem que pagas qualquer preço por qualquer coisa que lhe garanta a juventude. Talvez Lord Simmons apenas diz o que todos pensam, mas não falam. Ao menos, não frente à frente. —Inclinou-se adiante mirando seus olhos negros em Georgina. Eram sérios e intimidadores. Sua sobrancelha quase arqueada lhe desfiava a rebater suas palavras, mas também lhe prometia que elas teriam retorno, um que talvez não fossem muito agradável.

A senhora mexeu-se na poltrona buscando o conforto que se fazia inexistente. Mal conseguia pensar em algo e tudo isso porque não lhe era possível absorver e compreender as respostas do duque de Burns. Ele devia estar furioso, devia acabar com o colunita fajuto. —Não te importa?

—Nenhum um pouco Lady, em verdade, me alegra e até me divirto. —entrelaçou os dedos sobre a mesa e entortou a boca ao concluir sua fala.

—Mas, mas... Como? Então eres tu o escritor dessa infâmia? Por demônios!
—Shi, shi...  Cuidado com a boca senhora Georgina Farriet. Não esqueça-te que estais na presença de um duque e se ouvir qualquer rumor...  Terá consequências e não serão muito agradáveis. Faça as pazes com o tempo, aceite...  Esse decote não convém com sua idade que não é 49 e sim 59. —Sorriu de maneira demoníaca fazendo a senhora levantar-se brutalmente lhe virando o rosto e se retirando sem ao menos se despedir. Mas, ela ainda ouvira o adeus que o duque lhe dera, seguido de uma risada que lhe deu arrepios e lhe ferveu o sangue. Debochara dela à todo instante como se não passa-se de uma louca, ele que o era e apostava suas riquezas que ambos os loucos: duque e Lord Simmons, eram os mesmos.

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O Destino de Lord Simmons Where stories live. Discover now