5 - Afundando

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-Lorham - Nick me gritou mais alto do que de costume, graças a Deus a porta estava fechada, ja que eu estava sem camisa, chequei o relógio, e eram apenas 10:00 de sexta.
Então me joguei na cama novamente.

- Lhou preciso de você, levanta- com os olhos semicerrados olhei o chão ao, lá estava o seu presente, uma coleção inteira de fallen, com até as histórias dos personagens, tudo ela iria amar, ja que era uma comedora de livros.

Quando ela me chamou mais uma vez, coloquei uma blusa de manga e sai do quarto.

- você é muito chata - franzi o cenho lhe entregando seu presente

- você não pode dizer isso no dia do meu aniversário! - me espriguicei, era feriado e uma folga pra mim.
Na verdade minha mãe estaria em casa então não sei se seria tão bom.

- posso sim - eu a abracei - minha pirralha tá crescendo- ela me olhou brava e abriu o presente.

- AMEIII- gritou e se jogou em cima de mim - vem vamos tomar café, a mãmãe disse que era um café em família ai eu disse ia te chamar.. - forcei um sorriso

(...)

Mary já estava na mesa, tinha um bolinho feito pela mesma com glacê, tinha refrigerante e doces, o café dos sonhos de Nickola.

Quando acabamos uma amiga de Nickola apareceu e elas saíram juntas pra algum lugar.

- não vai trabalhar hoje? - questionei, não sei porque eu ainda tento

- para o meu desprazer, bem mais confortável ficar lá, longe de você. - suspirei, e bebi um pouco de refrigerante

- eu faria de novo pra proteger minha irmã - disse cuspindo as palavras, eu não faria de novo, eu pegaria algo que tivesse certeza que só iria deixar a pessoa inconsciente.

- o exame não deu nada, louco, devia ter internado você naquela época.

- MAS NO MEU EXAME DEU -gritei, e então me arrependi, só queria que a minha mãe me amasse.
Comecei a chorar.

- ridículo depressivo, você acha que eu não sei que você se corta? Se mate de uma vez, ninguém te ama. - ela sorrio e deu as costas

- QUEM SE IMPORTA? - eu gritei novamente, respirei fundo- eu ainda te amo. - dei as costas também, peguei meu celular na estante e sai sem esperar resposta.

Eu fui pra casa de Thalia andando, não era tão perto, mas precisava andar espairecer. Nunca tínhamos brigado daquele jeito.

- Thay- ela sorrio ao me ver

- não consegue ficar um dia sem mim. - ela jogou os cabelos pro lado e me puxou para o interior de sua casa

Me sentei no sofá ao lado dela.

- tá, pode começar. - fiz minha melhor cara de "han?"

- você está triste. Não quer conversar com sua amiga?

- eu só quero alguém pra ficar comigo- me encostei em seu ombro
Ela levantou na mesma hora, então vamos fazer algo pra te animar, saio para a cozinha enquanto seu pai passava.

- oi Sr.living. - ele sorrio

-já mandei você me chamar de Joshua- sempre esqueço- Thay, vou ter que ir trabalhar, precisam de mim.

Ela apenas gritou " é feriado"

- pois é - ele ajeitou a gravata e saio andando- cuide da minha filha Lorham - ele sempre quis que eu e Thalia ficássemos juntos, porém nós éramos amigos demais pra isso.

Ficamos jogados no Sofá comendo besteiras, eu estava deprimido demais pra falar, Thay me entendia, mesmo sem saber oque se passava, me entendia, e isso era bom.
Imponderável.

Isso me deixava mais mal, não queria machucar quem eu amava mostrando minhas cicatrizes abertas... As lagrimas vieram aos olhos e eu a abracei apertado.

- posso ficar aqui? - ela soltou o ar

- você sabe que pode.

Pedaços de um coração partidoWhere stories live. Discover now