11 - Kimberley

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- Sério Dreux? - Soltei um riso irônico, foi quase impossível de controlar.

- É claro Amb. - Ele colocou suas mãos em volta da minha cintura e puxou-me para perto dele, fazendo nossos corpos tocarem-se e isso despertou-me certa vontade de ficar ali. Ele era manipulador, mesmo que pra isso não precisasse usar palavras. Ele sabia mover-se. Sabia usar o melhor de si para manipular, e eu já havia percebido isso.

- Dreux, por favor. - Tentei me afastar, mas ele apertou-me mais contra ele e senti-me aquecer.

A quem eu queria enganar? Mesmo me fazendo de forte era dele que eu gostava. Meu sonhos molhados eram dele. Meus gemidos. Minhas contorções. Meus suspiros. Minhas dores de cabeça. Meu corpo. Minha alma. E o pior, meu coração. Era como um ímã, bastava ele chegar perto e eu já me sentia atraída. Sempre foi assim, desde o tempo do colégio. Sempre foi assim. Ele aparecia e tudo mudava. Para bem ou para mal, mas mudava e por isso que eu continuava lá porque sabia que ele conseguia mudar o meu mundo sem usar artimanhas pesadas.

- Eu paro se você me prometer que vai jantar comigo dentro dessa semana. - Ele disse próximo do meu ouvido.

Aquele convite para jantar soava como um "por favor vamos voltar a tentar", algo em mim queria, talvez fosse meu coração, mas outro algo não queria porque sabia que era uma cilada, era minha mente, minha parte consciente. Minha sanidade, a pouca que me restava quando ele invadia meu mundo.

- Eu acho...

- Por favor...

- Está bem.

Logo que ele largou-me. Me recompus e voltei para a festa. As crianças corriam de um lado para o outro com um sorriso enorme nos lábios. Os adultos faziam grupinhos de conversação. O doutor Charles estava com a minha família. Minha mãe já havia apresentado-lhe a todos os nossos familiares lá presentes.

A festa corria maravilhosamente bem. Corri atrás do Drew para cantar os parabéns. Não o via em lado nenhum até encontrá-lo a conversar com uma mulher de altura média, cabelos compridos e um monte de tatuagens pelo corpo já que seu vestido não era tão longo. Assim que a mulher percebeu a minha presença deixou o Drew vir até mim. Ela trazia um pacote embrulhado, parecia ser um presente. Eu não conhecia a mulher de lugar nenhum, podia ser convidada do Dreux por isso procurei não ligar.

- Olá Amber, desculpe o atraso. - Ela dirigiu-se a mim. Ela sabia o meu nome? Okay.

- Olá, não faz mal. - Fui cortez e fingi conhecer, pois não sabia o que dizer.

- Não precisa fingir que me conhece. Eu sou a Kimberley, mas pode me chamar de Kim. - Ela se aproximou e deu-me dois beijos. Retribui o gesto e mostrei-lhe o caminho da festa.

Conversamos um pouco enquanto caminhávamos. Eu tinha o Drew no colo e apenas estava a ser simpática e ela parecia ser boa pessoa.

Assim que chegamos tive de afastar-me dela e chamar todos para cantar parabéns. Cantamos e logo vi o Dreux se afastar com a Kimberley. Ela parecia bem e ele parecia estar desconcertado. Eu o conhecia tão bem que nada me passava despercebido. Mas ele continuava lá a conversar com ela e num dado momento vi ele atacar o braço da menina com agressividade, quis colocar um fim naquilo. Haviam crianças espalhadas por todo lado e outras pessoas também. Aquilo não parecia que ficaria bonito.

Os adultos já haviam percebido algo de estranho então me apressei para que a situação não ficasse feia.

Logo que me aproximei senti o Dreux ficar mais tenso, mas largou a rapariga que endireitou-se e olhou para ele com cara de poucos amigos.

Why Did I Marry With A Rapper?Where stories live. Discover now