Capítulo 6

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Era seu intervalo então a médica resolveu relaxar um pouco na cafeteria em frente ao Hospital. Ela estava sentada em uma mesa com a mão dentro do bolso do jaleco quando a cadeira na sua frente é ocupada.

-Me seguindo, detetive Kim? -A médica indaga em um tom divertido.

-Estou a paisana. -O detetive diz sorrindo- Por isso pode me chamar de Namjoon.

-O que deseja senhor Namjoon? – A médica pergunta.

-Quanta formalidade! – Ele diz com um sorriso.

-O que você quer?  - Ela fala já perdendo a paciência. – Se é sobre o....

-Saia comigo?!

-Como?! – A médica exclama surpresa.

-Saia comigo. – O detetive repete.

-Para que? – A médica pergunta desconfiada.

Ele da de ombros.

-Eu gostei de você. -Ele diz de forma simples.

-Isso não seria antiético ou algo parecido? – Ela indaga.

Mais uma vez ele da de ombros.

-Eu saí da investigação -Ele fala.

-Serio?

-Na verdade me tiraram. -Ele explica. – Meu superior concluiu que não conseguiremos pega-lo pelos crimes que queríamos.

-Que crimes são esses? – A médica pergunta se arrependendo logo em seguida.

-Sequestro, roubo de bancos, assassinatos. – Ele fala – Tudo que temos contra ele nesses casos é puramente circunstancial, por isso eles levaram isso para outro departamento. Eles vão tentar pega-los pela receita federal. Mas de qualquer forma estou em um novo caso.

-Hum... -A médica diz apenas.

-Topa sair comigo então? -Ele insiste na pergunta.

-Eu...

-Já tem namorado? -O detetive pergunta relutante.

-Não tenho, eu...

-Então por que não?

Aquela era uma excelente pergunta. Por que relutar em aceitar? O que impedia a médica de aceitar?

-Você tem razão, por que não? – S/n finamente diz. -Eu aceito sair com você.

Namjoon abre um enorme sorriso.

-Se me permite- Namjoon puxa delicadamente o braço de S/n. Ele sobe um pouco a manga do jaleco da médica e com uma caneta tirada de seu bolso, anota seu telefone na pele exposta.

-Eu já tinha seu número sabe. -Ela fala assim que ele termina de escrever o último digito. – Você me deu seu cartão.

-É, eu lembro. -Ele diz ainda sorrindo. -Mas eu queria marcar sua pele.

...

O resto do dia no hospital transcorreu de forma tranquila, não houve nenhuma emergência, nem nada que levasse muito tempo para ser resolvido. No final do expediente a doutora se despedia dos colegas na recepção enquanto ajeitava sua bolsa no ombro.

-Vejo você terça, doutora. -Uma das enfermeiras sorri.

-Até.

Era sexta e devido aos quatro plantões que S/n havia feito no hospital ela havia conseguido entender seu final de semana.

A médica estava na entrada do hospital quando escutou um chamado.

-Doutora!

Ela se vira e vê Seokjin vindo em sua direção.

-Oh como esta?! -Ela pergunta quando ele se aproxima. -Você parece bem melhor!

-E eu estou! -Ele diz sorrindo. -Graças a você.

A médica sorri.

-Fico feliz em saber que está bem.

-S/n – Uma segunda voz chama a atenção da médica.

-Min Yoongi -Ela diz não contendo um sorriso.

-Eu... – Yoongi começa sorrindo, mas logo fica serio. -O que é isso em seu braço?

-Ham? – A medica olha para seu braço esquerdo amostra pela falta do jaleco. -Haaa é um número.

-Número de quem? – Ele pergunta serio demais, quase com raiva e esse tom despertou algo na médica.

-Não te desrespeito de quem é. – A médica fala em um tom firme e esse tom despertou algo em Yoongi.

-Como?! – Ele exclama. -Você sabe quem eu sou?

-Não. – A medica diz em um tom de indignação. – E nem quero saber. Eu não sou sua propriedade, eu não sou um de seus empregados. Na verdade, eu não sou nada seu, então não me venha exigir coisas.

Yoongi olhava espantado para a mulher a sua frente.

-Fico feliz que esteja bem Seokjin -A médica contínua. – Mas se me der licença eu estou cansada e quero ir para casa.

Sem dizer mais nada seguiu seu caminho deixando os dois homens pasmos para trás.

...

Era domingo e S/n terminava de se arrumar para ir ao encontro com Namjoon quando a campainha toca. Achando que talvez Namjoon tivesse chegado mais cedo S/n corre para abrir a porta.

-Você chegou cedo, Namj... Min Yoongi? O que você está fazendo aqui?

-Desculpa atrapalhar. – Yoongi diz cabisbaixo. – Eu só queria... eu só queria me desculpar pelas minhas atitudes.

S/n cruza os braços com raiva.

-Como você sabia onde eu morava? – Ela indaga.

-Você me disse....

-Eu disse que morava perto do Hospital, mas tem um monte casas e prédios em um raio de 2 quilômetros. – Ela o desafia.

-Eu...

-É esse o seu problema. –Ela exclama. – Você se acha muito, não é assim que pessoas normais agem, não é assim que elas pedem desculpa. Pessoas normais não descobrem o endereço da outra e aparece assim.

-S/n...

-Não Min Yoongi você está todo errado. – Ela continua irritada. – Eu não sei como você é com suas asinhas, e nem como elas reagem com esse tipo de tratamento, mas eu não sou assim, eu não gosto disso.

-Eu sei que você não é, por isso q....

-Namjoon! – S/n exclama.

-S/n. – Namjoon diz se aproximando desconfiado. – Tudo bem por aqui?

-Tudo. – Ela fala abrindo um sorriso um pouco mais forçado do que o normal.

Namjoon para enfrente a porta e Yoongi e ele trocam um olhar mortal antes de Namjoon se virar para S/n e dizer como uma animação maior do que a normal:

-Pronta?

S/n assente. Ela se inclina para dentro da casa e pega a bolsa pendurada atrás da porta antes de sair e bater ela com força.

Namjoon oferece o braço e S/n prontamente entrelaça e assim os dois saem deixando Yoongi para trás.

A Médica e o Mafioso Donde viven las historias. Descúbrelo ahora