Incertezas

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Minha alma dividida pelo incerto

Sem consciência, de certo e errado

Sem diferenciar quem está no controle.

Há uma linha pífia entre a tristeza e o ódio

Entre a lágrima e o sangue,

Entre a raiva e o remorso.

A guerra interna

A cada pergunta,

A cada decisão

Me vem duas respostas.

A tortura de não saber o meu limite

De não saber o meu preço

De não saber o que me motiva.

A um passo da felicidade,

A um passo da insanidade.

O corpo amarrado implora liberdade

Sem saber se quem vai atende-lo é o mal celestial ou o bem traído

E pela mesma janela que admiro as estrelas,

Desejo me juntar ao mar

Podendo assim fazer parte de algo grandioso

Afinal, não é esse o propósito da vida?

A fome insaciável de sentir-se completo,

De descobrir a verdade plena

Mas será que ela realmente existe?

Será que existe algo completo e unilateral?

Ou apenas eu não sou

Seria eu a maldade plena?

Ou só mais uma vitima mundana

Seria eu um anjo caído?

Um ser criado puro e aos poucos corrompido.

Seria eu um demônio alado?

Um ser do qual se espera o pior

Mesmo demonstrando empatia e compaixão.

O corpo amarrado anseia desesperadamente por uma resposta:

- Quem sou eu?!

Mas novamente

Me vem duas respostas.                                               

Delírios, Devaneios e DesejosWhere stories live. Discover now